21 de ago. de 2016
Bruninho diz que "é hora de Bernardinho descansar" e dedica ouro a Murilo
A seleção masculina de vôlei venceu o ouro olímpico há pouco no Maracanãzinho, mas a atenção já está voltada aos Jogos de Tóquio, em 2020. Bernardinho não sabe se continuará no comando da equipe no próximo ciclo, mas já ouve apelo do próprio filho para que tenha mais tempo para si.
“Ele tem de decidir por ele, está na hora de descansar um pouco mais. Essa loucura de fazer Rexona e seleção não dá”, opina Bruninho, referindo-se aos dois empregos de Bernardinho: no vôlei feminino do Rio de Janeiro Vôlei Clube e na seleção masculina.
“Falo como filho, tem uma idade em que é preciso aproveitar um pouco mais a vida e não ficar só trabalhando. Já deu demais para gente”, completa o levantador, campeão olímpico sob comando do pai na Rio-2016.
Ainda sem pensar no futuro, o treinador não quer antecipar sua decisão. “Sou plenamente substituível. Temos pessoas prontas para assumir, só talvez sem a experiência que eu tenho. Não estou dizendo que vou sair, preciso pensar”, despista Bernardinho, que quer dedicar mais tempo à família.
“Estou devendo muito para as outras pessoas. Tenho uma (filha) de seis e uma de 14 anos. Não vi a de seis nascer e estou perdendo algumas coisas da de 14 também”, explica o técnico, que descarta se afastar do esporte. “Eu não conseguiria largar o vôlei. O dia-a-dia me alimenta. Mas temos pessoas absolutamente prontas para assumir a sequência (da seleção)”, entende.
Ouro dedicado a Murilo
Cortado da seleção a dias da Olimpíada, Murilo Endres acabou ficando sem a medalha de ouro. Ele bateu na trave duas vezes, em Pequim-2008 e Londres-2012, mas não conseguiu estar entre os convocados para a Rio-2016. Apesar da ausência, o ponteiro foi homenageado pelos ex-companheiros de seleção, que levaram uma camisa sua com o número 8 ao pódio olímpico.
“É um momento da redenção. Conquistar o ouro olímpico em casa depois de tudo pelo que passamos... É o ouro do Bruno, do Wallace, do Murilo, Sidão, Lucão. Essa galera que merecia demais isso. É o dia da redenção depois de tanta bola na trave. Hoje, ela bateu e entrou”, celebra Bruninho, lembrando os atletas que perderam a final para a Rússia em Londres e viram o ouro escapar.
Guilherme Costa, Gustavo Franceschini e Leandro Carneiro
Olimpíadas-Uol
Bruninho diz que "é hora de Bernardinho descansar" e dedica ouro a Murilo
China é campeã com viradas e semelhanças com Brasil de 2012
No Rio, a China foi de uma campanha ruim na primeira fase ao tricampeonato olímpico.
O voleibol das chinesas parecia haver sumido. Depois de uma boa primeira no Grand Prix deste ano, a técnica Lang Ping mandou um time reserva para as finais na Tailândia (a exemplo do que fizera no ano passado), e, quando chegou ao Rio, suas comandadas fizeram uma primeira fase das mais tímidas.
Dos cinco primeiros jogos que disputaram por aqui, só ganharam da inócua seleção de Porto Rico e de uma Itália bastante despretensiosa, e colecionou derrotas para EUA, Holanda e Sérvia. O quarto lugar no grupo colocou o time em rota de colisão com a melhor equipe da competição até então, o Brasil. Foi aí o rumo mudou.
A vitória sobre o Brasil nas quartas de final foi ponto de virada na campanha – a primeira de duas viradas fundamentais. O drama de cinco sets diante das donas da casa, na terça-feira, somado ao 3 a 1 de virada sobre a Sérvia na decisão do sábado (19-25, 25-17, 25-22, 25-23) fizeram a conquista das orientais na Rio 2016 guardar grande semelhança com o ouro brasileiro em Londres – quarto lugar na fase de grupos, vencer no tie break o primeiro mata-mata, largar atrás na final e terminar com a medalha de ouro pendurada no pescoço.
Ressaltem-se no título chinês a ponteira Ting Zhu e a treinadora Lang Ping.
Zhu foi eleita melhor jogadora da competição. Foi a maior pontuadora do torneio, a atacante com melhor aproveitamento e, na final, venceu o duelo particular contra a oposta Tijana Boskovic, para ser a principal anotadora do jogo do título – assinalou 25 pontos contra 23 da adversária. Os feitos da ponta chinesa no Rio ficam ainda mais impressionantes quando se diz que ela tem apenas 21 anos de idade. Seu rendimento e premiação não surpreendem quem a acompanha por todo este ciclo olímpico.
Lang Ping, por seu turno, teve uma carreira brilhante como jogadora nos anos 1980, e se tornou, pela conquista da Copa do Mundo do ano passado e das Olimpíadas deste ano, uma treinadora vitoriosa – não esquecendo, é claro, o surpreendente vice-campeonato mundial em 2014, além das pratas olímpicas com a China, em Atlanta 1996, e com os EUA, em Pequim 2008. Com o conhecimento que tem do jovem plantel chinês e sem hesitar em utilizá-lo, ela se mostrou uma treinadora da mais corajosas no Rio.
Contra o Brasil, ela pôs 11 das 12 jogadoras para jogar, pelo menos, como titular em um set. Diante da Sérvia, no sábado, ela tirou a levantadora Qiuyue Wei e a ponteira Changning Zhang ao final do primeiro set e pôs Xia Ding na armação de jogadas e Fangxu Yang para atuar na saída de rede. Deu certo: a partir da segunda parcial, as sérvias, que haviam feito 1 a 0 com facilidade, passaram sempre a correr atrás no marcador.
Foi a terceira medalha de ouro conquistada pelo vôlei feminino da China em Jogos Olímpicos. A primeira foi em Los Angeles 1984, com a própria Lang Ping no time, e a segunda em Atenas 2004. No Rio, o time se tornou o primeiro campeão olímpico do vôlei com três derrotas na mesma edição.
João Batista Junior (SaídaDeRede )
20 de ago. de 2016
Rio 2016: Bernardinho relembra trajetória de superação e evolução no torneio
O Brasil está na final do torneio masculino de vôlei dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A seleção brasileira venceu a Rússia nesta sexta-feira (19/08) por 3 sets a 0 (25/21, 25/20 e 25/17), em 1h23 de partida e disputará a medalha de ouro contra a Itália, que passou pelos Estados Unidos na outra semifinal. A decisão será no próximo domingo, às 13h15, novamente no ginásio do Maracanãzinho, onde acontece a disputa da modalidade.
Os brasileiros chegam para a final com três vitórias e dois resultados negativos na fase classificatória, pelo Grupo A, e depois de bater a Argentina nas quartas de final e a Rússia na semi. Os italianos venceram quatro e perderam na primeira fase e depois passaram por Ira, nas quartas, e Estados Unidos na partida anterior a grande decisão.
O técnico Bernardinho falou sobre a evolução da seleção brasileira para chegar até a final dos Jogos Olímpicos do Rio.
“Talvez o nosso saque não tenha entrado nos primeiros jogos e isso condicionou um pouco certas atuações. A partir do jogo da França, mostramos capacidade de lidar com a situação difícil, lutar e sobreviver. Contra a Argentina, uma equipe que vinha como primeiro da chave, mas teoricamente menos capacitado, a pressão estava toda do lado de cá, dois jogadores se contundem e o time demonstrou o mais importante, que é dar o seu melhor. Nem sempre isso é suficiente e isso é do esporte, mas tem que dar o seu melhor. A equipe veio hoje com um desempenho técnico superior as outras, mas, certamente, contra a Itália vai ser um jogo totalmente diferente”, destacou Bernardinho.
No feminino EUA repetem vitória sobre Holanda e ficam com o bronze no vôlei feminino
Depois de perder para a Sérvia em um jogo eletrizante na semifinal, os Estados Unidos, ao menos, não saíram de mão abanando no vôlei feminino dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Neste sábado (20), no Maracanãzinho, as norte-americanas repetiram a vitória da primeira fase sobre a Holanda, dessa vez por 3 sets a 1, com parciais de 25/23, 25/27, 25/22 e 25/19, e encerraram sua participação com uma medalha de bronze.
A norte-americana Kimberly Hill, com 18 pontos, foi a maior pontuadora da partida. Já pelo lado da Holanda, as destaques foram Lonneke Slöetjes e Anne Buijs, ambas com 15 pontos.
Essa é a quinta medalha olímpica do vôlei feminino norte-americano. Antes da Rio-2016, os EUA conquistaram três pratas (Los Angeles-1984, Pequim-2008 e Londres-2012) e um bronze (Barcelona-1992).
A Holanda, apesar de mais uma vez dar trabalho aos Estados Unidos, continua sem saber o que é conquistar uma medalha olímpica no vôlei feminino. Na primeira fase, as holandesas venceram quatro de cinco partidas, perdendo apenas para as norte-americanas, que avançaram na liderança do Grupo B.
Rio 2016: Brasil bate a Rússia e está na quarta final olímpica consecutiva
Na noite desta sexta-feira (19/08), a Seleção Brasileira Masculina de Vôlei mostrou que realmente merece ser respeitada. Após estar prestes a ser eliminado da Olimpíada do Rio de Janeiro, o Brasil deu a volta por cima, superou problemas físicos de Lipe e Lucarelli e chega a sua quarta decisão olímpica consecutiva. A vaga para a final foi conquistada através de uma convincente vitória diante da Rússia, por 3 sets a 0, com parciais de 25-21, 25-20 e 25-17.
O resultado tem um sabor ainda mais especial: os russos ficaram com a medalha de ouro nos Jogos de Londres (2012), ao protagonizarem uma virada espetacular contra nossa seleção. Na ocasião, os brasileiros chegaram a desperdiçar match points e terminaram com a prata da competição.
No duelo desta noite, o técnico Bernardinho escalou os titulares Serginho, Bruninho (2 pontos), Lucão (7),Maurício Souza (4), Lipe (8), Lucarelli (10) e Wallace (18). O levantador William e o oposto Evandrotambém foram utilizados.
O oposto Wallace foi o grande pontuador do jogo, com 18 bolas no chão (13 em ataques, 4 em bloqueios e 1 em saque). Entre os russos, os destaques ficaram por conta de Maxim Mikhaylov, com 16 pontos (14 em ataques e 2 em bloqueios), Egor Kliuka, com 10 (9 em ataques e 1 em saque) e Sergey Tetyukhin, com 8 (7 em ataques e 1 em saque).
A grande final do torneio masculino de voleibol da Rio 2016 ocorrerá no próximo domingo (21/08), às 13h15. O Brasil precisará quebrar a invencibilidade da Itália para conquistar o terceiro ouro olímpico do país na história do vôlei masculino.
Daniel Rodrigues(MelhorDoVolei)
18 de ago. de 2016
Sérvia é 1ª finalista do vôlei feminino com tio de Djokovic como técnico
A Sérvia é a primeira finalista do vôlei feminino dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira, no Maracanãzinho, a seleção europeia fez uma partida eletrizante contra os Estados Unidos e, de virada, venceu por 3 sets a 2, com parciais de 20/25, 25/17, 25/21, 16/25 e 15/13.
Essa será a primeira final olímpica da família Djokovic, que será representada por Terzic Zoran, técnico da equipe e tio do melhor tenista do mundo.
A seleção norte-americana começou melhor, mas não conseguiu manter o ritmo no segundo e terceiro set, deixando a Sérvia virar. Com a vantagem, as sérvias se acomodaram e deixaram os Estados Unidos acordarem na partida. No tie-break, porém, as meninas comandadas pelo tio de Djoko levaram a melhor e garantiram a final olímpica.
Agora, a Sérvia espera o vencedor da partida entre China, responsável por eliminar a seleção brasileira, e Holanda, que acontece ainda nesta quinta-feira (18), às 22h15 (de Brasília).
REUTERS/Ricardo Moraes
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