12 de out. de 2014

Brasil fica com a medalha de bronze no Mundial da Italia



O Brasil conseguiu se recuperar da derrota para os Estados Unidos no último sábado e conquistou a medalha de bronze no Mundial feminino de vôlei após muito sufoco. As brasileiras venceram a Itália por 3 sets a 2, parciais de 25-15, 25-13, 22-25, 22-25 e 15-7, e superaram a torcida, que lotou o Mediolanum Forum, em Milão.

A medalha de bronze quase escapou pelas mãos em uma virada histórica sofrida pelas brasileiras. O time massacrou as rivais no começo do duelo, mas caiu muito e sofreu para definir a partida, quase perdendo o jogo.

A torcida, que foi um gás especial para as italianas nesta reta final, fez uma linda festa mais uma vez. Apesar de ter caído muito quando o Brasil abriu vantagem, eles cresceram junto com o time e fizeram muito barulho no ginásio.

Apesar de ter ficado com o terceiro lugar, o Brasil termina o torneio com a melhor campanha. A seleção brasileira foi a única a perder apenas um jogo.

Fases do jogo: Quem esperava um início de jogo abatido do Brasil acabou se surpreendendo. As atletas mostraram que digeriram bem a derrota para os EUA e entraram em quadra dispostas a não dar chances para a Itália. Na primeira parada técnica, a seleção já tinha o dobro de pontos das italianas. Quando a diferença ficou grande, o treinador Marco Bonitta colocou Francesca Piccinini em quadra. Mas, nem a experiência da jogadora parou um Brasil quase perfeito no ataque, defesa e bloqueio. Assim, ficou fácil definir o primeiro set com dez pontos de vantagem.

A tranquilidade do primeiro set não apareceu no segundo. O jogo foi equilibrado durante todo o seu começo, o que fez com que o ginásio começasse a gritar a cada ponto italiano. O Brasil só conseguiu uma pequena vantagem graças a Dani Lins, que fez dois pontos seguidos, em uma bola de segunda e um bloqueio. Os pontos da levantadora desmontaram a seleção italiana que estacionou no 11º ponto enquanto a seleção brasileira pontuava em sequência, foram 14 bolas brasileiras até que a Itália conseguisse rodar. Aí já era tarde e a equipe de Zé Roberto definiu a parcial em 25-13.

Carregadas pela jovem Diouf, a Itália teve no terceiro set seu melhor início em uma parcial nesta partida. As italianas até chegaram a abrir uma boa vantagem, que chegaram à segunda parada com cinco pontos à frente. Neste momento, o Brasil voltou a crescer no jogo e pontuou em sequência até encostar no placar. Mas a reação foi insuficiente, pois a parcial acabou vencida pelas italianas em uma bola explorada no bloqueio de Dani Lins.

O quarto set começou melhor para o Brasil, graças a Sheilla. Dois aces e um saque que quebrou completamente o passe adversário colocaram a seleção com uma boa vantagem. Mas a diferença construída foi toda reduzida logo na sequência com as italianas até virando o placar. Um lance curioso chamou atenção na quadra. A arbitragem ficou na dúvida sobre se uma bola teria batido no chão ou no pé de Diouf e mandou a jogada voltar após marcar ponto brasileiro.

O Brasil voltou a reagir em quadra no começo do set decisivo. Quando a equipe deu a impressão de que perderia a medalha, elas cresceram de novo na partida e não deram nenhuma chance para as italianas no tie-break. Fe Garay foi a responsável por definir o duelo.

Toque do técnico: Marco Bonitta pode ser considerado o grande responsável pela reação italiana. Ao perceber que Nadia Centoni não fazia boa partida, ele resolveu apostar na jovem Diouf no fim do primeiro set. Daí para frente, ela ficou como titular e brilhou em quadra.

Melhor – Diouf: Ela tem apenas 21 anos, mas justificou o motivo dos italianos a tietarem muito depois das partidas. Ela saiu do banco de reserva para se tornar a maior pontuadora da equipe e ajudar a Itália a equilibrar a partida.

Pior – Nadia Centoni: Ela era a principal atacante da Itália nesta fase final do Mundial, mas foi praticamente nula no jogo deste domingo. Apenas um ponto no primeiro set fez com que ela perdesse o lugar para Diouf em quadra. Ela até saiu do banco e teve chances na segunda parcial, mas passou em branco. Daí para frente, ela nem retornou para a quadra.

Para lembrar

Torcida italiana. A derrota na semifinal não acabou com a empolgação na Itália. Já no aquecimento das jogadoras, o público no ginásio de Milão gritava a cada "ataque" das atletas.

Coincidência? O Brasil jogou 13 partidas neste Mundial e apenas um deles começou do lado direito da quadra. Justamente na derrota para os EUA. Neste domingo, a equipe voltou para o seu "lado da sorte".

11 de out. de 2014

Brasil tropeça na semifinal contra os EUA



A seleção Brasileira feminina de vôlei, bicampeã olímpica em 2008 e 2012, segue sem um título mundial no currículo. Neste sábado, o time de José Roberto Guimarães, que chegou às semifinais de forma invicta, perdeu por 3 sets a 0 para os Estados Unidos e ficou fora da decisão da competição disputada em Milão, na Itália. As parciais foram de 25/18, 29/27 e 25/20.

A decepção foi ainda maior porque o Brasil chegou a abrir seis pontos de vantagem no início do segundo set, com 10/4, mas sucumbiu à reação americana e perdeu a parcial de virada. Desanimadas, as jogadoras fizeram um terceiro set ruim, assim como o primeiro, e deram adeus ao sonho do título.


Brasil vinha com 100% de aproveitamento até a semifinal

Brasil e Estados Unidos, líder e vice-líder do ranking mundial, respectivamente, fizeram as finais das duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, nas quais as brasileiras levaram a melhor e venceram. O time verde-amarelo também superou as adversárias no dia 5 de outubro, no último jogo da segunda fase. Embora o Brasil tenha vencido com facilidade na ocasião, o duelo não contava com as principais jogadoras de cada seleção, já que os técnicos optaram por utilizar as reservas.

Depois da derrota, o Brasil passa a focar na decisão de terceiro lugar, que será disputada neste domingo, às 12h30 (de Brasília). O adversário sairá do confronto entre Itália e China.

O jogo

Depois de começar vencendo, o Brasil logo sofreu a virada. Tendo dificuldades, a Seleção Brasileira encontrou uma cenário atípico no torneio. Enquanto isso, do outro lado, as americanas, com atuação surpreendente, abriram 16/10 e souberam manter a vantagem para fecharem o set em 25/18.

Dispostas a empatar, as brasileiras voltaram melhores no segundo set. Parecendo estar recuperada do susto do início do jogo, a equipe abriu 6/1 e manteve a vantagem até o final da parcial, até que as americanas reagiram, salvaram set-points e travaram um duelo muito equilibrado para conseguirem vencer e abrir 2 sets a 0.

A perda de chances e a virada no segundo set afetou a Seleção Brasileira, que não conseguiu impor seu ritmo de jogo. Encontrando dificuldades para repetir o que foi visto ao longo da competição, o time de Zé Roberto viu as adversárias abrirem boa vantagem na terceira parcial e não teve forças para correr atrás do resultado.

Com informações de Gazeta Esportiva

Brasil reedita final olímpica contra 'freguês' EUA em busca de taça inédita


Brasil e Estados Unidos sabem o que terão pela frente neste sábado na semifinal do Mundial feminino de vôlei. As duas seleções têm feito duelos decisivos na história recente da modalidade, sempre com final feliz para as brasileiras.

Em 2012 e 2008, anos em que o Brasil conquistou o bicampeonato olímpico, as americanas estiveram no caminho da seleção de José Roberto Guimarães. As duas derrotas dos EUA aconteceram na grande decisão.

Mas, os duelos entre ambos não param por aí. Só neste ano, Brasil e Estados Unidos estiveram frente à frente em sete jogos, em várias dessas oportunidades sem suas principais jogadoras.

E em 2014, a vantagem é americana, que ganhou quatro desses duelos. No entanto, as vitórias não foram em grandes competições. Nas últimas três vezes que as equipes se enfrentaram (duas no Grand Prix e uma no Mundial), o Brasil ganhou.

São exatamente esses jogos recentes que faz com que José Roberto Guimarães acredite que o confronto deste sábado será duro.

"Eles nos conhecem, e nós também. Como o Kiraly (técnico dos EUA0 disse na primeira entrevista, nós o conhecemos e eles também nos conhecem. Então, é um jogo sempre duro", disse o treinador brasileiro.

Ao comentar as qualidades de seu adversário, José Roberto Guimarães ressaltou a velocidade americana e seu poder de reação.

"É um time que tem um grande volume de jogo. É o time que joga com mais velocidade e, logicamente, é um time difícil de ser marcado pela velocidade e pela qualidade das jogadoras. Jogou mal contra a Itália, perdeu por 3 a 0, se recuperou contra a Rússia. O time dos Estados Unidos é isso: volta rápido, porque tem algumas jogadoras maduras e equilibradas que dão o ritmo do time", finalizou.

Brasil e Estados Unidos entram em quadra às 12h30 deste sábado em busca de uma vaga na final. Quem vencer enfrentará o ganhador de Itália e China no domingo.

Brasil vence a República Dominicana e vai invicto à semifinal do Mundial




O Brasil venceu seu 11º jogo no Mundial de vôlei feminino nesta sexta-feira. Dessa vez, a vitória veio contra a República Dominicana por 3 sets a 0, parciais de 25-19, 25-21 e 25-17, e confirmou a seleção de José Roberto Guimarães como líder do grupo na terceira fase.

O jogo foi muito mais fácil que qualquer torcedor brasileiro poderia esperar, afinal, a partida valia a classificação para a República Dominicana. Essa derrota tirou as caribenhas da competição e garantiu a China na semifinal.

Agora, a seleção brasileira vai pegar os Estados Unidos na semifinal. O confronto será às 12h30 (horário de Brasília) deste sábado. Depois disso, Itália e China se enfrentarão. No domingo, o Mundial terá sua decisão.

Fases do jogo: A República Dominicana entrou em quadra ainda abatida pela derrota de virada para a China. Era visível a dificuldade do time caribenho em atacar e seus primeiros pontos vieram apenas em erros de saques brasileiros. Enquanto isso, a seleção ia construindo uma boa vantagem no marcador, em boa parte graças a Fabiana, que fez seis dos 12 primeiros pontos do Brasil. A equipe de Zé Roberto só sofreu sustos quando chegou ao 22º ponto, quando sofreu três contra-ataques seguidos. Mesmo assim, nada que pudesse tirar a parcial do time.

A facilidade do set inicial foi encontrada novamente na segunda parcial. O Brasil não sofria sustos e conseguia marcar pontos de saque e bloqueio com muita facilidade, como aconteceu em jogadas de Dani Lins e Sheilla. Com o tempo, a tranquilidade no placar foi aumentando até que virou desconcentração por parte das brasileiras. Ao chegar ao 23º ponto, a diferença brasileira era de sete pontos e ela caiu para apenas dois com uma sequência de erros, que acabou em um ataque de Sheilla. Novamente a reação dominicana foi em vão.

No terceiro set, a situação brasileira ficou um pouco mais difícil, com o placar apertado no começo, mas nada que assustasse a equipe. Bastou um pouco mais de capricho e bons saques de Sheilla para o Brasil construir novamente uma grande diferença, o que foi suficiente para definir o jogo. O último ponto brasileiro na terceira fase veio das mãos de Fe Garay.

Toque do técnico: Antes do duelo, José Roberto Guimarães alertava para a ameaça que De La Cruz era para o Brasil. A atleta havia saído de quadra do jogo contra a China com quase 40 pontos. Por isso, o treinador orientou suas jogadoras a forçarem o saque em cima da atleta para tentar tirá-la do ataque.

Melhor – Sheilla: Ela tinha um desempenho muito inconstante ao longo de todo campeonato. Alternava bons momentos com jogadas muito ruins. Mas, nesta tarde ela foi a melhor em quadra. Pontuou no ataque, no bloqueio e no saque e ajudou o Brasil a conquistar a vitória tranquila.

Pior - De La Cruz: Se saiu de quadra contra China chamando a atenção por ser excelente desempenho em quadra, a jogadora sumiu contra o Brasil. Pontuou muito pouco e errou ataques e passes.

Para lembrar

Pausa. O jogo chegou a ficar paralisado por muitos minutos, com as jogadoras se movimentando em quadra para manter o aquecimento. A arbitragem questionava o rodízio brasileiro, mas depois da pausa perceberam que ele estava certo.

Defesa. Chamada de Gamova do Caribe por seu treinador, Martinez mostrou sua dedicação em uma bola que foi buscar no fundo da quadra. Ela levantou com dores na mão e mesmo assim voltou ainda para atacar, mas a tentativa acabou indo para fora.

Campanha. Apesar de estar eliminada do Mundial, as atletas da República Dominicana podem se vangloriar de terem feito a melhor campanha da história do seu país.

Título só invicto. Como o Brasil disputará apenas a semifinal e final pela frente, o título inédito virá com direito a vitória em todas as partidas da competição.

8 de out. de 2014

Com atuação de gala Brasil bate a China por 3x0.



A seleção Brasileira feminina de vôlei segue imbatível no Campeonato Mundial da Itália. Nesta quarta-feira, depois de nove vitórias em nove jogos na competição, a equipe comandada por José Roberto Guimarães estreou na terceira fase e não deu a mínima chance para a tradicional seleção chinesa: com atuação muito segura desde o primeiro ponto, triunfou por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/16 e 25/15, em Milão, e ficou muito perto das semifinais.

Isto porque a terceira fase do Mundial de Vôlei classifica as duas primeiras colocadas de cada triangular para as partidas de mata-mata. Com a vitória desta tarde, o Brasil pode até avançar com uma derrota para a República Dominicana, na próxima sexta-feira, às 12h30 (de Brasília). Tudo depende do resultado do embate entre chinesas e dominicanas, na quinta. Se as centro-americanas triunfarem, a Seleção já estará automaticamente qualificada. Se as asiáticas levarem a melhor, porém, o Brasil corre riscos (remotos) de ser eliminado se perder na sexta.

A Seleção Brasileira provou em quadra, nesta quarta-feira, que mereceu todo o favoritismo que recebeu da imprensa quando o Grupo G do Campeonato Mundial de Vôlei foi sorteado, na segunda. Claramente mais forte fisicamente, o time de José Roberto Guimarães não deu respiro às chinesas, que tiveram dificuldades para pontuar desde o início do jogo. Apesar de terem chegado ao duelo com boa campanha (oito vitórias e uma derrota) no torneio, as asiáticas foram dominadas pelo bloqueio brasileiro e nunca ameaçaram o triunfo verde e amarelo.

O primeiro set já dava indícios do que aconteceria em todo o jogo. A Seleção Brasileira começou a partida em ritmo acelerado e fechou a parcial rapidamente. O último ponto foi anotado no erro de saque de Xu. O Brasil manteve a superioridade no segundo set e, apesar de ter relaxado e permitido reação chinesa em certo momento, readquiriu a boa forma na parte final e fechou sem mais problemas. Na terceira parcial, José Roberto deixou as titulares em quadra durante a maior parte do tempo e viu a partida ser finalizada com ainda mais facilidade.

Dani Lins, com grande visão de jogo e boa distribuição nos levantamentos, foi o destaque da partida, que ainda teve as centrais Thaísa e Fabiana como protagonistas. Camila Brait defendeu bem como sempre e Jaqueline e Sheilla contribuíram como coadjuvantes de luxo. O Brasil dominou as estatísticas nos pontos de ataque (49 a 33), bloqueio (11 a 2) e de saques (5 a 2). Além disto, errou menos que as chinesas (9 a 13). Se esse nível de atuação se repetir na Itália, certamente será muito difícil tirar o primeiro título mundial da Seleção Brasileira.




6 de out. de 2014

Motivos para acreditar que o Brasil finalmente será campeão



O Mundial de vôlei feminino inicia nesta semana sua terceira fase. Após duas semanas de disputas, apenas seis times seguem em quadra em busca do título da competição.

O Brasil, que passou para a última fase na liderança de sua chave, segue em busca do único título do vôlei que falta em sua galeria. E, até aqui, a equipe mostrou qualidades que a colocam entre as favoritas ao título.

Antes de chegar ao título, a seleção brasileira terá de passar pela terceira fase em um grupo formado por China e República Dominicana. Itália, Rússia e EUA duelam do outro lado. As duas melhores de cada chave passa para as semifinais.

Motivos para acreditar que o Brasil finalmente será campeão

Invencibilidade
O Brasil é a única seleção que não foi derrotada nesta competição. Até quando esteve com reservas, como contra EUA e Camarões, a equipe de José Roberto Guimarães saiu como vitoriosa. As americanas e as chinesas também mantiveram por longo tempo o 100%, mas caíram no último jogo da segunda fase.

TorcidaO treinador José Roberto Guimarães disse antes do começo do torneio que esperava o apoio do público italiano e ele tem acontecido durante toda a competição. Contra a Rússia, Dani Lins chegou a dizer que parecia que estava jogando no Brasil. Essa torcida só deverá diminuir em um possível duelo contra a Itália, dona da casa, que não acontecerá antes da semifinal.

AlgozA única seleção a vencer o Brasil durante o Grand Prix deste ano foi a Turquia, e a seleção turca já foi eliminada deste Mundial. Durante a primeira fase, ela também deu trabalho para o time de José Roberto Guimarães, que só conseguiu vencer no tie-break. Aliás, este jogo foi o único em que as brasileiras não ganharam os três pontos.

DefesaMuito se questiona o sistema defensivo brasileiro, mas a realidade é que Camila Brait e Jaqueline aparecem como as duas melhores neste quesito dentre as atletas que disputarão a terceira fase da competição. A líbero, que atuou em todas partidas até aqui, aparece na liderança das estatísticas da FIVB.

Time da viradaEm mais de uma oportunidade, o Brasil saiu atrás do placar, como aconteceu em jogos contra a Turquia e a Sérvia, mas mesmo assim a seleção brasileira mostrou disposição para buscar a virada e sair vitoriosa. Ante as turcas, o placar chegou a mostrar 2 a 0 contra, mas a seleção conseguiu uma boa reação.


Um dos principais problemas do Brasil no começo da competição, o bloqueio começou a funcionar. Prova disso é que a seleção possui duas das cinco melhores neste fundamento. Thaísa aparece como a melhor da competição, enquanto Fabiana é a quarta. No jogo mais temido, ante a Rússia, as duas pontuaram várias vezes neste fundamento.

3°Fase:. Brasil caí na chave mais fácil e enfrentarão China e República Dominicana na briga pela semifinal.



O Brasil se deu bem no sorteio dos grupos da terceira fase do Mundial feminino de vôlei. As comandadas de José Roberto Guimarães tiveram sorte, caíram na chave mais fácil e enfrentarão China e República Dominicana na briga pela semifinal.

O primeiro duelo do Brasil será contra as chinesas na próxima quarta-feira. A seleção terá um descanso na quinta-feira antes de encarar a República Dominicana na sexta-feira. O dia livre brasileiro terá o confronto entre dominicanas e China.

Em seus dois dias de disputa, o Brasil fará o primeiro jogo no ginásio de Milão. Depois das brasileiras, as italianas entrarão em quadra para enfrentar seus adversários.

Contra a República Dominicana, o treinador José Roberto Guimarães encontrará um velho conhecido. Marcos Kwiek. Os dois trabalharam juntos na seleção brasileira entre 2003 e 2007.

A República Dominicana chega à terceira fase como a maior surpresa da competição. Em seu trajeto, elas conseguiram inclusive uma vitória sobre as italianas, ainda na primeira fase.

Já a China se mostrou um adversário sólido durante toda a competição. As asiáticas só perderam a invencibilidade na última rodada da segunda fase quando enfrentaram a Itália, donas da casa.

A outra chave terá equipes mais complicadas. Estados Unidos, Rússia e Itália formam o grupo.

Curiosamente, o sorteio acabou por não repetir nenhum dos duelos que os dois cabeças-de-chave tiveram até aqui. A terceira fase apenas inverteu Itália e Brasil de grupos

5 de out. de 2014

Apresentação de gala das reservas brasileiras contra os EUA








O Brasil manteve sua invencibilidade no Mundial feminino de vôlei, mesmo utilizando seu time reserva contra os EUA, que não tinham perdido até aqui. Em Verona, neste domingo, a vitória foi de 3 a 0, parciais de 25-23, 25-22 e 25-21 e garantiu as brasileiras na liderança da chave.

O primeiro lugar não rende nenhuma grande vantagem para as seleções na terceira fase. A única coisa é que o time sai como cabeça-de-chave e não corre o risco de enfrentar o líder do outro grupo, que será ou a Itália ou a China.

A partida entre EUA e Brasil era uma das mais esperadas da segunda fase do Mundial, mas ela acabou sem as principais estrelas pela pouca importância que o duelo passou a ter com ambas as equipes classificadas. Por isso, os dois times entraram em quadra com o foco principal em descansar suas atletas.

Agora, o Brasil tem garantido ao menos dois dias de descanso. Dependendo do sorteio que será feito nesta segunda-feira, o time pode ficar até quinta sem atuar.

Fases do jogo: O time formado quase todo por reservas parece não ter sentido o pouco entrosamento. Elas, que só estiveram em quadra contra Camarões todas juntas, começaram em cima dos EUA e com uma ligeira vantagem. Logo, as americanas, que tinham uma mistura de reservas e titulares passaram à frente. Mesmo assim, o equilíbrio permaneceu em quadra até o 22 a 22. Dois erros das americanas colocaram as brasileiras em vantagem para fechar em 1 a 0.

O ritmo do duelo mudou pouco para o segundo set, e o jogo continuava muito equilibrado. A grande alteração foi que Adenizia começou a jogar e pontuar para o Brasil. Com isso, a seleção começou a se distanciar um pouco mais na liderança do marcador. E foi justamente das mãos de Adenizia, em um ponto de bloqueio, que a seleção fechou a segunda parcial.

A equipe americana começou melhor o terceiro set e abriu uma ligeira vantagem, que acabou em uma bola de segunda de Carol, que rendeu muitos aplausos da torcida. E assim como nas outras duas parciais, o equilíbrio foi muito grande até a reta final. Para sorte das brasileiras, novamente foram elas que conseguiram abrir vantagem no fim e ganhar o duelo, em um lance de ataque de Adenizia.

Toque do técnico: Com medo de perder atletas para a reta final da competição, o técnico José Roberto Guimarães escalou o time quase todo reserva. Apenas Camila Brait apareceu entre as titulares. Jaqueline, que ficou fora de alguns treinos, nem relacionada foi.

Melhor – Fabiola: O desempenho da levantadora deixou as atacantes brasileiras em excelentes condições para atacar. Além disso, ela foi extremamente importante na pontuação da equipe, com duas bolas de segunda e um de bloqueio só no primeiro set.

Pior – Courtney Thompson: A americana teve um aproveitamento muito ruim em seus passes, ela chegou a errar duas vezes a recepção apenas na segunda parcial. Não atoa, as brasileiras a exploraram muitas vezes sua recepção.

Para lembrar

Hino. Pela primeira vez na competição, foi possível ouvir muitos brasileiros cantando o hino nacional enquanto ele era executado no ginásio.

Placar travado. No início do segundo set, o placar eletrônico do ginásio travou e as responsáveis pela pontuação passaram a usar a velha plaquinha para indicar quanto estava o jogo. Mais curioso é que o telão seguiu por um longo tempo mostrando o resultado errado.

Brasil vence Rússia e está garantido na terceira fase


A seleção brasileira feminina de vôlei segue invicta e está classificada para a terceira fase do Campeonato Mundial. Neste sábado, após uma incrível virada na quarta parcial, o Brasil venceu a Rússia por 3 sets a 1 (25/17, 27/25, 25/19 e 27/25), em Verona, na Itália. Com o resultado, o time verde e amarelo alcançou a oitava vitória consecutiva na competição.

No momento, o Brasil aparece em segundo lugar no grupo F, com 17 pontos. Os Estados Unidos lideram com 18, a Sérvia está em terceiro, com 11, a Rússia em quarto, com 10, a Turquia em quinto, com sete, a Bulgária em sexto, com seis, a Holanda em sétimo, com três e o Cazaquistão em oitavo, sem pontos. As três melhores equipes do grupo passarão à terceira fase.

Neste domingo (05.10), as brasileiras duelarão com os Estados Unidos pelo primeiro lugar do grupo F. A partida será disputada às 15h (horário de Brasília) com transmissão ao vivo do SporTV. Brasil e EUA já estão garantidos na próxima fase. Também amanhã, a Sérvia duelará com a Rússia e a equipe que vencer o confronto será a última classificada da chave.

O grupo E já tem as três seleções classificadas para a terceira fase: Itália, China e República Dominicana. As italianas enfrentarão as chinesas também neste domingo pelo primeiro lugar do grupo.

No confronto contra a Rússia, a central Thaísa foi a maior pontuadora, com 22 acertos (12 de ataque, sete de bloqueio e três de saque). A ponteira Jaqueline, com 16, e a bicampeã olímpica Fabiana, com 13, também tiveram boas pontuações. Pelo lado da Rússia, os destaques foram a ponteira Kosheleva, com 21, e a oposto/ponteira Goncharova, com 20.

A bicampeão olímpica Thaísa fez questão de parabenizar o grupo brasileiro pela vitória contra a Rússia.

"Fiquei feliz do nosso bloqueio ter funcionado em momentos importantes da partida. Hoje, foi muito legal termos conseguido essa virada no quarto set. Isso só mostra a força e a união do nosso grupo. Foi a vitória de uma equipe", garantiu Thaísa.

Responsável por uma incrível sequência de saques que ajudou o time verde e amarelo a virar um set que chegou a estar perdendo por 21/10, a ponteira Gabi elogiou a postura da equipe brasileira.

"O jogo de hoje mostrou a força do nosso grupo. Somos 14 jogadoras. Nós conseguimos reverter um momento difícil e mostramos que não tem bola perdida para o nosso time. Estamos trabalhando muito e queremos esse título", disse Gabi, que também comentou sobre o confronto contra os Estados Unidos neste domingo.

"É uma partida importante que vale o primeiro lugar do grupo. O jogo de hoje nos deu ainda mais motivação para a partida contra os Estados Unidos. As norte-americanas têm um jogo diferente em relação a Rússia, com muita velocidade e bolas rápidas", analisou Gabi.

O treinador José Roberto Guimarães fez uma análise da vitória das brasileiras sobre as russas.

"No segundo set, nós estávamos ganhando e acabamos perdendo no final. No quarto, aconteceu o contrário, estávamos perdendo por 20/11, e viramos o placar. Isso foi muito importante. O voleibol é um esporte fascinante porque permite vitórias como essa. O time teve um bom aproveitamento defensivo e o nosso saque funcionou em momentos importantes", disse José Roberto Guimarães.

O JOGO

O Brasil começou bem no saque e fez 3/0. Com dois bloqueios seguidos, a Rússia encostou (3/2). A central Fabiana se destacava no ataque e o time verde e amarelo foi para o primeiro tempo técnico com quatro de vantagem (8/4). Quando as brasileiras venciam por 15/10, o treinador russo inverteu o 5-1 e colocou a levantadora Startseva e a oposto Gamova em quadra. As substituições fizeram bem ao time europeu que encostou (15/13). Nesse momento, as atuais campeãs olímpicas voltaram a bloquear e sacar com eficiência e fizeram 20/13. A ponteira Gabi entrou para sacar no lugar da central Fabiana e fez um ace (22/14). O Brasil seguiu melhor até o final e venceu o primeiro set por 25/17 numa bola de segunda da levantadora Fabíola.

O Brasil manteve o bom momento no início do segundo set e fez 8/2. Com um contra-ataque da oposto Sheilla, o time verde e amarelo abriu oito (11/3). Bem no bloqueio, as russas encostaram (12/10). O treinador José Roberto Guimarães inverteu o 5-1. Entraram Fabíola e Tandara e saíram Sheilla e Dani Lins. A substituição fez bem as atuais campeãs olímpicas que foram para a segunda parada técnica com dois de vantagem (16/14). O final da parcial foi extremamente equilibrado, mas as russas foram melhores nos momentos decisivos e venceram o segundo set por 27/25.

O terceiro set começou equilibrado. Com Jaqueline se destacando no ataque e no bloqueio, as brasileiras abriram três (8/5). Quando o time verde e amarelo fez 12/8, o técnico russo pediu tempo. O bloqueio brasileiro parava os ataques da Rússia e as atuais campeãs olímpicas fizeram 21/15. A central Thaísa brilhou na parte final da parcial e ajudou as brasileiras a fecharem o set por 25/19.

A Rússia iniciou bem o quarto set e fez 6/2. O técnico José Roberto Guimarães pediu tempo. Com dois bloqueios seguidos, as russas fizeram 10/4. Depois de um longo rally, as brasileiras encostaram (12/8). Quando o time europeu vez 15/9, o treinador brasileiro trocou as ponteiras. Entrou Natália e saiu Fê Garay. O Brasil conseguiu uma incrível reação no final da parcial e venceu o set por 27/25 e o jogo por 3 sets a 1

EQUIPES

BRASIL – Dani Lins, Sheilla, Fê Garay, Jaqueline, Fabiana e Thaísa. Líbero - Camila Brait

Entraram: Fabíola, Tandara, Natália e Gabi

Técnico: José Roberto Guimarães

RÚSSIA - Shcherban, Gonchareva, Kosianenko, Fetisova, Kosheleva e Podskalnaya. – Líbero – Malova

Entraram: Gamova e Startseva

Técnico: Yuri Marichev

GALERIA DE FOTOS:

TABELA - Primeira fase:

23.09 - Brasil 3 x 0 Bulgária (25/19, 25/22 e 25/16)

24.09 - Brasil 3 x 0 Camarões (25/14, 25/15 e 25/18)

25.09 - Brasil 3 x 0 Canada (25/14, 25/8 e 25/18)

27.09 - Brasil 3 x 2 Turquia (17/25, 22/25, 25/19, 25/21 e 15/10)

28.09 - Brasil 3 x 1 Sérvia (24/26, 25/21, 25/19 e 25/23)

Segunda fase:

01.10 - Brasil 3 x 0 Cazaquistão (25/22, 25/22 e 25/18)

02.10 - Brasil 3 x 1 Holanda (23/25, 25/20, 25/16 e 25/16)

04.10 - Brasil 3 x 1 Rússia (25/17, 25/27, 25/19 e 27/25)

05.10 - Brasil x Estados Unidos às 15h (horário de Brasília) - SporTV

De Verona, na Itália, Vicente Condorelli – 04.10.2014

1 de out. de 2014

Brasil sua, mas vence Cazaquistão e segue invicto no Mundial


Era para ser um treino de luxo, mas o duelo contra o Cazaquistão acabou exigindo foco a todo momento da Seleção Brasileira na abertura da segunda fase do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei. Mesmo assim, nesta quarta-feira, a equipe brasileira venceu as asiáticas por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/22 e 25/18, em Verona (ITA), pelo Grupo F.

Esta foi a sexta vitoria da equipe no torneio. O próximo desafio é nesta quinta-feira, contra a Holanda, às 15h (de Brasília). Será o último confronto antes das pedreiras Rússia e Estados Unidos, no sábado e no domingo.

O time brasileiro entrou em quadra com todo o favoritismo, mas as asiáticas mostraram desde o início que tinham armas poderosas. Elas até saíram na frente após um bloqueio no ataque pelo meio de Fabiana e repetiram o golpe numa china da mesma brasileira, fazendo 7-6. Mas logo as comandadas de Zé Roberto assumiram a vantagem com alguma folga. Com bons ataques de Fernanda Garay, a Seleção ampliou a diferença para quatro pontos. As cazaques não desistiram, mas o Brasil largou na frente em ataque de Garay, fazendo 25/22.


O cenário não mudou no segundo set. O Cazaquistão entrou no mesmo embalo, com destaque para os bloqueios, que até aquele momento já haviam assombrado as brasileiras cinco vezes. A Seleção ainda cometia erros bobos. Foi aí que começou a aparecer o talento de Thaisa. Com bons ataques e um ace, a central fez o Brasil abrir dois pontos no placar. Mas o bloqueio das asiáticas dava trabalho, e até Jaqueline, melhor atacante da competição, tinha dificuldade. A solução foi devolver no mesma moeda. Foi o que fez Thaisa para fechar a parcial.



Zé Roberto voltou para o terceiro set com Natália no lugar de Fernanda Garay. E o jogo continou apertado até o décimo ponto. Jaqueline explorou bem o bloqueio e fez 10/7. Depois, a partida ficou fácil pela primeira vez. Natália foi entrando no ritmo e soltou o braço pelo fundo. Apesar de ter mostrado a falta de ritmo na recepção em alguns momentos, não comprometeu. A vitória veio com um erro de ataque da central Omelchenko.








28 de set. de 2014

Brasil passa pela forte seleção da Sérvia


A primeira fase do Mundial de vôlei feminino terminou com total domínio brasileiro no Grupo B. A equipe nacional ficou em primeiro luga e sobrou em quadra na maioria dos jogos, inclusive neste domingo, quando bateu a Sérvia, segunda colocada na chave. As jogadores treinadas pelo técnico Zé Roberto até tomaram um susto, perdendo o primeiro set, mas logo reagiram e venceram por 3 a 1 (24/26, 25/21, 25/19 e 25/23). O Brasil venceu todos jogos da primeira fase e, ao todo, só perdeu três sets.

O Brasil começou o jogo desatento. A Sérvia abriu 6 a 1, e o time nacional teve que buscar a igualdade. O placar ficou 18 a 18 e se manteve igual até 24 a 24. Mas o ataque do Brasil estava pouco eficiente e ainda se descontrolou com reclamações contra a arbitragem. Então Sérvia fechou o set vencendo por 26 a 24.

A mudança no segundo tempo foi evidente. A Sérvia continuou bem e manteve a partida equilibrada. Mas o Brasil melhorou na hora decisiva. Sheilla e Thaisa entraram no jogo e foram decisivas ao lado de Jaqueline, que já estava bem. O placar estava 15 a 15, mas logo o Brasil abriu quatro pontos de vantagem e assim venceu por 25 a 21.

O terceiro set foi de total domínio brasileiro. A equipe contou com muitos erros bobos da Sérvia e logo abriu sete pontos de vantagem, 14 a 7. Só no final o Brasil começou a vacilar: o set estava 21 a 12, mas fechou 25 a 19.

Isso deu alguma moral para a Sérvia, que voltou a fazer um jogo equilibrado no terceiro set. Mas o jogo do Brasil pelo meio, tanto nos ataques quanto nos bloqueios de Thaisa, começou a fazer diferença. As adversárias ficaram desestabilizadas, e o Brasil abriu seis pontos (18 a 12). Porém, quando o jogo parecia resolvido, o time nacional começou a falhar demais no ataque e deixou o jogo ficar empatado: 21 a 21. Mas por detalhes e falhas da Sérvia o Brasil conseguiu vencer por 25 a 23.

Fotos __Brasil x Turquia










27 de set. de 2014

De virada Brasil faz 3x2 contra a algoz Turquia


O Brasil sofreu, mas conseguiu bater a “pedra no sapato” Turquia na tarde deste sábado, pela quarta rodada da Liga Mundial de Vôlei, disputada na Itália. Única equipe a vencer a Seleção Brasileira feminina no Grand Prix, as turcas deram trabalho para as brasileiras, mas as meninas do vôlei tiraram forças para virar após estarem dois sets atrás e venceram por 3 sets a 2, parciais de 17/25, 22/25, 25/19, 25/21 e 15/10, para manterem os 100% de aproveitamento.

As comandadas de José Roberto Guimarães viram a Turquia começar arrasadora a partida e abrirem dois sets de vantagem, mas conseguiram reagir no jogo e empataram o confronto. No tie-break, melhor para a Seleção, que se impôs para conseguir a vitória. O Brasil ainda enfrenta a Sérvia, neste domingo, às 15h (de Brasília), pela última rodada do Grupo B.

O primeiro set começou arrasador pela Turquia, que assumiu a dianteira logo de cara e chegou a abrir até nove pontos de vantagem durante a parcial. Sem conseguir reação suficiente, o Brasil ficou entregue durante toda a parcial e sofreu derrota acachapante por 25 a 17.

Ao contrário do primeiro, o segundo set mostrou a Seleção Brasileira mais viva na partida e teve grande equilíbrio. As garotas comandadas por José Roberto Guimarães chegaram a ficar na frente do marcador, mas as turcas conseguiram aumentar o nível para fechar a parcial em 25/22.

A reação brasileira finalmente começou no terceiro set. As meninas nacionais finalmente conseguiram impor seu jogo e não deixaram a Turquia jogar no início da parcial, chegando a abrir nove pontos. Nem mesmo seis pontos seguidos em sequência para as adversárias impediram vitória nacional na parcial por 25 a 19.

Na equilibradíssima quarta parcial, o Brasil conseguiu manter uma leve dianteira por quase todo o set. Na reta final, ambas as equipes passaram a se alternar na frente do placar, mas as brasileiras conseguiram se manter vivas com um 25 a 21. No tie-break, o Brasil chegou a ver a Turquia abrir 8 a 5, mas conseguiu virada na parcial para fechar o set em 15/10.

25 de set. de 2014

Brasil passa tranquilamente pelo Canadá.



O Brasil deixou fácil a partida contra o Canadá pelo Campeonato Mundial feminino de vôlei, em Trieste, na Itália. Fazendo valer sua melhor qualidade desde o 1º ponto, a Seleção precisou de três sets para matar o jogo e sofreu somente 40 pontos durante toda a partida. As parciais foram de 25/14, 25/8 e 25/18.

A destaque do jogo foi a ponteira Jaqueline, com 14 pontos, seguida pelo oposta Sheilla, com 13. Já a boa participação brasileira na partida teve como explicação o saque, que a todo o momento quebrava o passe das adversárias, tornando a partida ainda mais fácil. O ataque também deu um show à parte, com apenas dois erros.

Agora, o Brasil terá um dia de folga no Mundial, mas volta à quadra neste sábado, quando enfrenta a Turquia, às 15h (horário de Brasília). O Brasil lidera isoladamente o Grupo B do torneio, com nove pontos, ainda sem perder nenhum set, e já garantiu vaga à próxima fase.

O primeiro set foi simples para o Brasil. Com Jaqueline e Sheilla inspiradas e pontuando bem (foram cinco pontos para cada uma), a Seleção só viu o Canadá postar alguma ameaça no começo do set, quando manteve o placar próximo, com 13 a 10, em desvantagem.

A partir desse momento, o Brasil conquistou seis pontos seguidos, elevando o placar a 19 a 10 e ganhando mais tranquilidade ainda na parcial. Após isso, foi só ter calma para fechar o set, o que aconteceu em uma bola de Jaqueline (não poderia ser diferente), terminando a parcial em 25 a 14.

A parcial seguinte começou da mesma maneira. O Canadá abriu 2 a 0 e, na sequencia, viu o Brasil emplacar sete pontos e ir à frente no primeiro tempo técnico (8 a 3). Assim como no primeiro set, o Brasil conseguiu uma incrível sequencia de pontos, marcando seis vezes seguidas sem resposta das canadenses, até um erro de saque de Sheilla (14 a 4).

A tranquilidade da Seleção ficava claro, além das expressões das jogadoras em quadra, pelo discurso sereno de José Roberto Guimarães nos tempos técnicos. Austero, como sempre, ele apenas motivava suas atletas a manter a concentração, já que estavam com a partida em mãos.

Mais quatro pontos seguidos e o Brasil já encaminhava a fácil vitória, atingindo 18 a 5 no placar. Dois acertos do Canadá, e mais seis seguidos da Seleção, que conseguiu fechar a parcial sem nem suar, em 25 a 8, mais uma vez pelas mãos de Jaqueline, que teve cinco pontos, assim como Sheilla e Fabiana.

O set final começou à todo vapor, com a Seleção já abrindo quatro a zero no placar e, posteriormente, aumentando a vantagem para 8 a 4. O Brasil começou a dar chances ao alto bloqueio canadense, permitindo mais pontos ao Canadá, antes da parada técnica, do que em todo o segundo set (16 a 11)

Ainda assim, a equipe manteve a tranquilidade durante a parada, apenas atentando para o saque de Dani Lins, a fim de tirar Page do ataque canadense. Na volta, o Brasil ainda abriu sete pontos de vantagem (19 a 12), até o treinador alemão do Canadá parar a partida novamente.

Zé Roberto passou a descansar algumas jogadoras, com as entradas de Adenízia e Gabi nos lugares de Fabiana e Fê Garay. Depois, foi a vez de Natália entrar no posto de Jaqueline.

O Brasil trocou pontos com o Canadá, sem nunca ceder a ampla vantagem que tinha na partida, fechando a partida com extrema facilidade em 3 sets a 0, com a parcial final sendo atingida em 25 a 18. Classificação na mão e invencibilidade mantida.

23 de set. de 2014

Brasil passa sem sustos pela Bulgária na estreia pelo Mundial de Vôlei


A Bulgária não era bem o adversário que a Seleção gostaria de enfrentar na estreia pelo Campeonato Mundial Feminino de Vôlei. O time europeu tinha armas perigosas, além de um estilo de jogo que não costuma encaixar muito bem com o das brasileiras. Mas as comandadas de José Roberto Guimarães souberam driblar as armadilhas e venceram as búlgaras nesta vterça-feira por 3 sets a 0, com parciais de 25-19, 25-23 e 25-16, em Triste (ITA). O Brasil tenta o título inédito depois de bater na trave em 2006 e 2010.

O próximo compromisso das brasileiras será nesta quarta-feira, às 12h (de Brasília), contra Camarões, pelo Grupo B. A chave conta ainda com Canadá, Sérvia e Turquia.

O Brasil entrou em quadra atento a duas armas da Bulgária. A ponteira Vasileva, que jogou a Superliga 2012/2013 pelo Vôlei Amil, e a oposto Radahzieva. Era preciso anular as bolas altas, apontadas pelo técnico José Roberto Guimarães como uma das situações com os quais a Seleção mais encontra dificuldade. Mas as bicampeãs olímpicas mostraram que têm um conjunto mais consistente, sobretudo no fundo de quadra. Sacando bem, o time verde e amarelo encaminhou a vitória. Ela veio após um saque na rede de Radahzieva.

O time búlgaro voltou confiante. Um ataque para fora de Thaisa deixou o placar em 3 a 0. Logo, porém, veio o empate. O bloqueio brasileiro estava ligado para matar na hora certa os golpes das rivais. Nem quando Jaqueline atacou longe da quadra e deixou a Bulgária em vantagem de 9-8 o grupo se assustou. Novamente, a Seleção se reorganizou graças ao saque e ao bloqueio. Mas a recepção mostrava-se frágil. Zé Roberto se viu obrigado a colocar em quadra a novata Gabi para confundiu as sacadoras búlgaras. Uma pancada de Fabiana no contra-ataque decretou a vitória difícil do Brasil no segundo set por 25-23.

O treinador voltou com o time titular para o terceiro set. Suas comandadas não decepcionaram e abriram 8-3, contando com erros da Bulgária. O jogo ficou mais fácil, mas era bom ninguém se iludir. Radahzieva seguia virando suas bolas. Com Sheilla no saque, o Brasil conseguiu ampliar a folha no placar. Jaqueline roubou a cena no final. Com bons ataques e saques da ponteira, o time abriu ainda mais. E num ataque de Thaisa veio a vitória.

21 de set. de 2014

Brasil leva virada contra a Polônia e fica sem o tetra do Mundial de vôlei



Os poloneses sagraram-se assim bicampeões do torneio, 40 anos depois de terem obtido o primeiro troféu, no México. Já o Brasil tem quebrada uma sequência de três títulos mundiais e acumula o quarto vice seguido em competições importantes - também ficou em segundo nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e da Liga Mundial em 2013 e neste ano.

O ponta Lucarelli e o oposto Wallace voltaram a se destacar entre os brasileiros, com 18 pontos cada, mas se encolheram nos momentos decisivos. E do outro lado havia o também Mateusz Mika, que liderou a virada polonesa com 22 bolas no chão.

A medalha de bronze ficou com a Alemanha, que superou o favoritismo francês e venceu por 3 sets a 0, com parciais de 25-21, 26-24 e 25-23.

Após derrota, Bernardinho acusa Fivb de fazer jogo baixo com Brasil


Após a derrota na decisão do Campeonato Mundial de vôlei masculino, o técnico Bernardinho expôs sua insatisfação com a Federação Internacional de Vôlei (FIVB). O comandante da Seleção Brasileira não poupou críticas, acusando a entidade de fazer jogo baixo com o Brasil. Apesar disso, o treinador deu méritos aos poloneses pelos 3 sets a 1 que culminou no título dos donos da casa.

"Foram muitas coisas feias que fica complicado. A Federação Internacional age de uma maneira baixa demais. Teve coisa aqui, escalação de árbitro, no sentido de desestabilizar mesmo. Nada influenciou no jogo, nós perdemos porque eles jogaram nas bolas, com inteligência, tocando a bola, mas é muito baixo", revelou Bernardinho ao canal SporTV.

Bernardinho apontou a escalação dos árbitros da partida, além de um repórter perto do banco da Seleção Brasileira como ações propositais da FIVB.

"Eles botaram os únicos dois árbitros que tivemos problemas seríssimos na Liga Mundial, de maneira proposital. Botaram um repórter que é o maior inimigo do voleibol brasileiro ao lado do nosso banco, olhando e fazendo algumas coisas", declarou.

O técnico terminou falando que teme pelo futuro da modalidade, já que o órgão que rege o esporte, presidido pelo brasileiro Ary Graça, estaria fazendo "gato e sapato" dos membros.

"O jogo baixo que se constrói me preocupa com o futuro do voleibol, como instituição estamos desprotegidos. A Federação Internacional está fazendo gato e sapato da gente", sentenciou.

Gazeta  Esportiva

20 de set. de 2014

Brasil vence a França e vai para 4° final seguida



O sonho do tetra segue vivo. Atual tricampeã mundial de vôlei, a Seleção Brasileira masculina está a apenas uma vitória de conquistar o seu quarto título consecutivo na principal competição do planeta.
 Neste sábado, em seu primeiro jogo de mata-mata no torneio, o time comandado pelo técnico Bernardinho sofreu, mas venceu a surpreendente França na semifinal por 3 sets a 2, em Katowice, na Polônia. 
O duelo teve parciais de 25/18, 23/25, 25/23, 22/25 e 15/12 e colocou o Brasil na decisão do Campeonato Mundial, que será disputada contra o vencedor de Polônia e Alemanha, neste domingo, às 15h25 (de Brasília).

O Brasil chega à final de um Mundial pela quinta vez na história. O retrospecto verde amarelo, até aqui, é de três triunfos (2002, 2006 e 2010) e apenas uma derrota (1982) quando realizou partidas que decidiram o principal título do vôlei. 
Na edição de 2014, o time brasileiro vai à decisão após 14 vitórias em 15 jogos (a única derrota foi para a Polônia, na terceira fase). 
Já a França se despede com 11 vitórias, quatro derrotas e muita dignidade. Na segunda fase, por exemplo, fez campanha melhor que a anfitriã e forte Polônia. Terá, contudo, de decidir o terceiro lugar.

A Seleção Brasileira venceu o primeiro set de maneira arrasadora, diminuiu o ritmo no segundo e voltou à dianteira do placar no terceiro. As últimas parciais, entretanto, apresentaram uma França cheia de confiança e comandada pelo exótico ponteiro Ngapeth.
 O jogador, que tem cabelo vermelho e comemora todos os seus pontos com muita energia, ameaçou a vitória verde e amarela em muitos momentos, mas Lucão e Lucarelli não a deixaram escapar. O Brasil despachou a nova força do vôlei mundial e segue vivo rumo ao tetra. Resta apenas um jogo.

Na segunda parcial, a França melhorou o seu ataque, imprimiu mais intensidade em seus saques e abriu boa vantagem. Chegou a ter 20/16 no placar. Até que Lipe passou a colocar a bola em jogo, e o Brasil reagiu. Conquistou três pontos seguidos, colocou pressão nos europeus e até empatou por 23/23. No fim, porém, não resistiu às excelentes atuações dos ponteiros Ngapeth e Tillie e perdeu por 25/23.

O terceiro set foi mais equilibrado que os dois primeiros. As duas seleções trocaram pontos até a parte final da parcial. O Brasil tomou a dianteira do placar, abrindo dois pontos, mas depois viu a França emendar boa sequência. Os europeus viraram e chegaram a ter 19/18. Bernardinho, então, parou o jogo, e pediu calma aos seus atletas. Eles corresponderam, e a Seleção venceu a parcial por 25/23.

A França, entretanto, começou muito bem o quarto set. Novamente contando com atuação inspirada de Ngapeth, o time azul se manteve cerca de dois pontos à frente do Brasil durante a primeira metade da parcial. A Seleção se recuperou, chegou a virar o placar, mas não ficou à frente por muito tempo. A França voltou à dianteira após um pedido de tempo do seu treinador e fechou a parcial por 25/22.

No tie-break, o Brasil diminuiu seus erros, passou a aproveitar melhor os ataques e, desde o início, ficou na frente do placar. Lucarelli anotou ponto de bloqueio fundamental na parte final da parcial, Lucão manteve o excelente nível apresentado em toda a partida, e a Seleção venceu. Com drama, mas venceu. Resta apenas uma vitória para o tetracampeonato mundial. 

19 de set. de 2014

Mau comportamento rende multa de R$ 4,7 mil à seleção brasileira de vôlei

Bernardinho foi punido por não falar na coletiva
José Ricardo Leite

A FIVB (Federação Internacional de vôlei) aplicou uma multa de US$ 2.000 (aproximadamente R$ 4.700) à seleção brasileira pela ausência do técnico Bernardinho e do capitão Bruninho em duas coletivas pós jogo do Mundial, nos duelos contra Polônia (terça-feira) e Rússia, na quarta.

Os brasileiros não foram à coletiva oficial em que treinadores e capitão participam, na terça, por alegarem que tinham que se recuperar para o jogo do dia seguinte, contra os russos, quando teriam menos de 24 horas para voltar a quadra após um jogo de 2h16min. No dia seguinte, o Brasil foi representado apenas por Lipe.

O time brasileiro deixou a quadra irritado depois da derrota para os poloneses. A reclamação na terça começou em função do ponto que definiu a derrota. Quando a Polônia vencia por 16 a 15 no tie-break, o time vermelho e branco mandou uma bola pra fora. O árbitro assinalou ponto brasileiro e o consequente 16 a 16 no placar. Mas, pouco depois, com o uso das imagens, ele voltou atrás e deu o ponto que decidiu o jogo a favor do time da casa ao marcar toque de Sidão na bola antes de ela sair.

O elenco brasileiro protestou pelo fato de a imagem não ter sido mostrada no mesmo momento em que árbitro voltou atrás, ao contrário do que acontece em lances com o uso de TV. Isso levou um tempo depois do habitual, mas assim que foi mostrada a imagem, apareceu o toque de Sidão, ratificando que o ponto realmente era polonês.

Um dia depois, na quarta, a FIVB fez uma repreensão ao time e criticou as atitudes dos brasileiros na noite anterior, citando oficialmente apenas o fato das ausências nas coletivas e de casos de desrespeito a pessoas do federação em quadra depois do jogo.

O diretor da competição Wojciech Czayka falou ao site polonês przegladsportowy.pl que jamais tinha visto um comportamento em quadra como o dos brasileiros e que um jogador não relacionado (só Murilo e Renan não foram para o jogo) arremessou uma toalha em um dos observadores da federação que fica em quadra, Philip Berbena. Não nenhuma imagem divulgada disso.

Nesta sexta-feira, o presidente da FIVB, o brasileiro Ary Graça, disse em entrevista reproduzida pelo site polonês www.onet.sport, que o comportamento dos brasileiros foi "inaceitável" e que as punições não devem parar por aí. "Impuseram uma punição pecuniária no momento de US$ 1.000 por cada jogo. Mas não consigo imaginar que seja o fim."

Polônia merecia privilégios, disse FIVB

Outra questão polêmica foi quanto ao próprio sorteio. A tabela da terceira fase mostrava que os dois triangulares deveriam ter um primeiro, um segundo e um terceiro colocados da fase anterior em cada chave. Ocorreu que o Brasil, primeiro do Grupo F, acabou tendo sorteado para sua chave dois segundos, Rússia e Polônia.

Enquanto isso, a França, que foi primeira do Grupo F, caiu com dois terceiros colocados, Alemanha e Irã. Aparentemente, pode ter ter havido um erro no sorteio com a não separação dos segundo e terceiro colocados por pote.

Ao ser questionado sobre o assunto, o vice da FIVB disse que tudo pode mudar 24 horas antes de uma partida e que o país organizador tem seus privilégios por questões contratuais. "Muito fácil (responder sobre isso). O comitê tinha previsto isso, mas em 24 horas você pode mudar tudo. É uma condição geral. No Brasil você pode escolher quando quer jogar, no Japão também, e é o mesmo aqui. Nós estamos na Polônia. A Polônia pediu, e a Polsat (detentora dos direitos de transmissão no país) também. Às vezes você tem sorte, outras vezes tem azar", falou Aleksandar Boric, vice da entidade.

Bruno lidera o Brasil e mostra que é mais do que só o filho de Bernardinho




A cara de menino, nome em diminutivo e a lembrança por ser filho de Bernardinho talvez transmitam a imagem do levantador titular da seleção brasileira masculina como a de um jovem protegido que ainda luta para se firmar. Só que Bruno Mossa, o Bruninho, aos 28 anos, é muito mais do que isso dentro do elenco que tenta o inédito tetracampeonato mundial.
Ele teve a grande chance na equipe em 2007, quando foi incorporado de vez ao grupo em função do polêmico corte de Ricardinho, considerado por muitos o melhor levantador de todos os tempos. Passou a ter sobre as costas a pecha de estar na equipe apenas por ser o filho do treinador.
De lá pra cá, já são sete anos de seleção brasileira. No ano passado assumiu o posto de capitão da equipe com o afastamento de Murilo em virtude de uma cirurgia no ombro. O ponteiro, mesmo sem a tarja, assume também responsabilidades de conversar com os mais jovens e ajudar a manter a estabilidade emocional nos momentos mais tensos. Não é do tipo que fala alto e gesticula nas orientações, mas conversa mais reservadamente e suas feições são suficientes para acalmar o time.
Já Bruno, por sua personalidade mais expansiva, tem importante atuação na questão motivacional e de liderança do elenco. É quem mais fala, gesticula e conversa. Não há atuação boa ou ruim que faça o capitão da equipe se ausentar de explicações e declarações. Fala o tempo que for preciso (sua única ausência nesse sentido foi quando o Brasil não foi à coletiva contra a Polônia e incomodou a federação).
Nos jogos do Mundial em que não pôde atuar por uma lesão no dedo, ficou do lado de fora e não parava de incentivar um minuto sequer. Cada atleta que chegava ou saía recebia um tapinha de incentivo e uma palavra de motivação ou consolo.
De fora, olhava atentamente as partidas quase que como um observador técnico em busca de uma leitura que pudesse ajudar com sua análise. Nos tempos pedidos por Bernardinho, se juntava ao time e acompanhava as instruções de forma compenetrada para saber o que está se passando, mesmo de fora.
Isso faz parte de seu estilo "CDF" quando o assunto é vôlei, ainda mais quando é para estudar os adversários de suas equipes. Por conta própria, pede para a comissão técnica vídeos e estatísticas dos rivais e acompanha de seu Ipad. "Acho que trato o vôlei não só como meu trabalho, mas é minha paixão também. Brinco que é meu hobby. Até quando tenho tempo livre gosto de ver os jogos. É o que me dá prazer, gosto de estudar mesmo", declarou.
Quando explica o porquê de sua busca por aperfeiçoamento na base da leitura nas horas vagas, reverencia outros grandes nomes de sua posição e diz até se ver abaixo deles em termos de talento. As palavras seriam quase impossíveis de sair da boca de um jogador egocêntrico e vaidoso.
"Não sou um levantador talentoso como foram Maurício e o Ricardinho, então tenho que tentar buscar outros meios pra me tornar um cara eficiente. É isso que me faz ter esse lado", falou. "Pego vídeos das últimas partidas do adversário pra ver o bloqueio deles, que é a principal função que o levantador tem que ter, de estudar o bloqueio rival", continuou. "Eu era um cara OK nos estudos, nunca fui muito estudioso, mas o mundo do vôlei acabou me despertando esse interesse."
Bruno é do tipo que não tem vergonha de admitir os erros. Nem mesmo se a falha não for só individual e técnica, mas como capitão e líder. Expõe sua falha e se cobra. Como ao analisar os momentos em que o Brasil perdeu a cabeça com a provocação polonesa e deixou a vitória escapar, na terça-feira, no tie-break.
"Ficamos chateados e acho que faltou um pouco de lucidez de minha parte para ajudar o time naquele momento e juntar todo mundo. Acho que faltou comunicação. A gente não pode mais cair numa armadilha dessas."
Quando ficou de fora do time, fez questão de uma conversa mais reservada com o concorrente à posição. "O Bruno veio falar comigo antes do jogo e me deu muita força, falou coisas muito legais e que me deixaram mais confiante", falou o levantador Raphael, logo depois da vitória por 3 a 0 sobre a Finlândia. "Nós trocamos muitas experiências. Ele é um cara muito importante no grupo."
Bruno diz que a maneira pró-ativa de querer participar e se posicionar é algo que talvez tenha vindo do sangue do pai. Mas entende que um capitão não pode passar do ponto e querer impor sua ideia, mas sim juntar todos em um ideal.
"(Querer falar e se posicionar) foi bastante da minha personalidade. Tento falar, mas o principal que eu vejo e procuro enxergar em grandes líderes é ser um cara natural, não faço isso porque acho que tem que ser assim do meu jeito. É meu jeito de ser e a minha personalidade de agir. Eu não estou forçando nada. Acho que isso eu posso ter puxado o lado dele (Bernardinho)."
O fato de o capitão ser filho do técnico só cria uma saia justa no momento de defender o elenco e se posicionar. Ele diz que isso nunca foi problema na relação com jogadores e equipe e entende que o fato de conhecer pessoalmente o Bernardinho técnico como alguém da família é algo mais positivo do que negativo perante os outros jogadores. E nem se importa quando a questão é sobre ser filho do técnico.
"Não, hoje em dia esta tranquilo (essa questão). É difícil porque ele é um cara que cobra muito, como tenho bastante tempo de convivência, tem hora que falamos e tem que escutar apenas e deixar pra outra hora a de dialogar. E os mais experiente têm que passar isso pros mais jovens."
Uma de suas principais funções é a de deixar o elenco "ligado", já que é o mais agitado do time que inicia as partidas. Divide com Murilo as duas faces dos mais experientes em quadra, mesclando energia com serenidade. Mas ambos assumem as funções de dialogar com os mais jovens.
"Eles dois estão sempre conversando com a gente e fazendo de tudo pra que a gente não sinta tanto a pressão e deixando à vontade", falou Lucarelli, o mais jovem do elenco, com 22 anos.
E conversas entre os jogadores não foi o que faltou após a derrota para a Polônia, na terça-feira. O resultado gerou a obrigação de bater a arquirrival Rússia na quarta para o time ter chances de prosseguir no Mundial. Venceu por 3 a 0 está nas semifinais.
"De maneira alguma imaginamos que iríamos ficar de fora. Na preleção comentamos dos inúmeros momentos que passamos para estar ali. Temos provado que temos um time de guerreiros. Fico orgulhoso de ter caras como Murilo e Wallace (que estavam lesionados e jogaram contra a Rússia). Acho que vamos longe."

Por José Ricardo Leite-Uol

Torcedora teve drama com câncer e virou "viciada" no Brasil graças ao vôlei


Polonesa viaja 9 horas e é apaixonada pelo time de vôlei do Brasil

Gratidão e amor pelo que gosta são coisas levadas muito a sério por Hanna Rafinska, uma aposentada polonesa de 55 anos que vive em Bydgoszcz e é apaixonada pela seleção brasileira. Só que não é a de futebol, a mais conhecida do mundo entre as equipes do país, mas sim a de vôlei.

"Até conheço o Neymar e a seleção, gosto dele. Mas meu negócio é a de voleibol. Amo Giba, Bruno, Bernardo e todo o time atual. É muito importante pra mim estar aqui", descreveu ao acompanhar a rodada dupla do último final de semana.

Hanna viajou nove horas de trem de sua cidade natal, Bydgoszcz, para acompanhar o time de Bernardinho jogar o Mundial em Katowice. E não foi apenas uma vez. Fez isso dois finais de semana seguidos e gastou não só com trem, mas também com hotel.
A polonesa é do tipo que faria de tudo para nascer no Brasil. Ela criou tanta identificação com o país que fica irritada se alguém falar mal do Brasil.

Nos jogos do Mundial de vôlei, Hanna fica sozinha na arquibancada junto de uma mochila, com cara pintada, a camisa do ponteiro Giba, bandeira do Brasil e um bicho de pelúcia que apelidou de "o brasileiro". Parece ter a energia de uma adolescente para incentivar a equipe de Bernardinho o tempo inteiro. Grita o nome de todos os que vão sacar sem dar sossego a quem estiver por perto na arquibancada.

Se alguém fizer cara feia, não tem problema. Não dá bola, já que companheiros mesmos são todos os objetos verde e amarelo que carrega na mochila e os jogadores da seleção.

Fã de vôlei desde sua adolescência, ela conta que a paixão pelo time verde e amarelo começou por ter sido muito bem tratada há muitos anos, quando a equipe de Bernardinho foi jogar em sua cidade uma etapa da Liga Mundial. Foi lá que ganhou a camisa de Giba e que se sensibilizou com o carinho dos jogadores. Desde então, sempre que o Brasil vai até a Polônia ela vai aos jogos, seja em qual cidade for, e tenta contato com eles nos hotéis, pega autógrafos e tira fotos.


"Por quê sou tão apaixonada assim pelo Brasil? Porque vocês são pessoas alegres e que me encantaram. Sorridentes e muito dispostos a ajudar todo mundo e com bastante atenção. Toda vez que procuro os jogadores sou muito bem recebida e adoro todos eles", falou.

"Eu amo os jogadores do Brasil, são todos muito amáveis, amigáveis e receptivos. Eles estão sempre alegres e dispostos a receber não só a mim, mas todas as pessoas, dar autógrafos e tirar fotos. Bernardo, Bruno, Raphael, Vissotto, todos me tratam bem, e tem o Giba, que pra mim é inesquecível. Eles são queridos por muita gente no mundo todo. Todas as vezes que os procuro eles me recebem muito bem, o povo brasileiros é muito especial", continuou.

Rafinska passou a viver sozinha há um mês depois que sua única filha se casou. Trabalhava com topografia, mas parou de exercer a profissão em 2000 e foi aposentada por invalidez em função de um câncer que limitou movimentos na sua perna. Diz que apesar de sempre ter gostado de vôlei há muito tempo, o apego ao esporte ajudou ainda mais em toda essa questão.

"Eu sempre gostei de esportes, mas isso acabou me fazendo me apegar ainda mais ao vôlei. Foi uma grande ajuda na minha questão psicológica. Isso me ajudou muito nisso aqui", falava ao apontar os dedos para a cabeça.

A talismã da seleção brasileira, no entanto, pode ser desfalque para a semifinal e final. O único momento em que tira o sorriso do rosto e demonstra abatimento é quando conta que não conseguiu ingressos para as partidas decisivas do campeonato.

Mas isso não fará com que ela fique. No próximo final de semana ela pegará novamente o trem para viajar mais nove horas. "Vou ver se consigo o ingresso na hora. E o Bruno (capitão brasileiro) me prometeu uma camisa caso o time chegue até lá", finalizou, já animada novamente.
Por Ricardo Leite-Uol

17 de set. de 2014

Brasil dá volta por cima, atropela Rússia e vai à semi do Mundial de Vôlei











Na raça, a seleção brasileira masculina de vôlei conseguiu superar adversidades, bateu fácil sua maior rival, a Rússia, pela segunda vez consecutiva, e garantiu sua participação nas semifinais do Mundial de vôlei. O triunfo por 3 sets a 0 (25-22, 25-20 e 25-21) em Lodz foi o suficiente para garantir o avanço.

O time verde e amarelo voltou a quadra menos de 24 horas depois de ser derrotado pela Polônia em um desgastante jogo de cinco sets e 2h16min de duração. Caso perdesse para os russos, o time de Bernardinho estaria fora do torneio. Mas não tomou conhecimento do rival.

A última vaga será definida na quinta, às 15h45 (horário de Brasília), entre os arquirrivais Polônia e Rússia. Quem vencer está classificado. O Brasil volta a jogar no sábado, em horário ainda indefinido, já que precisa esperar o outro resultado do grupo. O adversário na semi pode ser França, Alemanha ou Irã, que decidem o outro triangular.

A equipe de Bernardinho veio cansada após o longo jogo contra os poloneses e com dois jogadores fisicamente em condições débeis, Wallace e Murilo, indo para o sacrifício. O primeiro sofria com uma entorse no tornozelo esquerdo e até participou de alguns momentos da derrota pra Polônia. Já o ex-capitão da equipe nem foi relacionado na terça.

A vitória que mantém viva a chance brasileira do inédito tetracampeonato mundial ocorreu horas depois de a FIVB (Federação Internacional de vôlei) se manifestar publicamente contra o mau comportamento do time após a derrota para a Polônia. Não detalhou qualquer tipo de punição. O único fato concreto que a entidade falou sobre a atitude antidesportiva foi o fato de Bernardinho e Bruninho não terem aparecido para a coletiva de técnicos e campeões.

Fases do jogo:

Com Murilo em quadra, os erros de passes vistos na derrota para a Polônia praticamente desapareceram. O Brasil não tinha um bom aproveitamento nos saques e errava muito, mas a Rússia também. E quando a bola chegava redonda para a recepção dos dois times, os brasileiros é que trabalhavam melhor. Com Wallace inspirado e um time vibrante, o Brasil comandou o placar do primeiro set o tempo todo. Mesmo com pequena vantagem, em nenhum momento perdeu a cabeça.

O Brasil começou bem o segundo set, se aproveitava dos seguidos erros russos e chegou a abrir vantagem de três pontos. Mas, assim como nas parciais contra a Polônia, teve momentos de baixas que custaram pontos seguidos e chegou a levar a virada no 13 a 12. A parcial foi de muitos erros. Os bloqueios praticamente inexistiam e não apareciam, principalmente os do Brasil. Aos poucos, o time colocou a cabeça no lugar e parecia bem mais vibrante do que o time europeu, que errava mais. Na base de boas defesas de um ataque rival perdido, o Brasil depois que voltou à frente não saiu mais.

O terceiro set foi o que o Brasil começou pior. Com erros de saque e ataque, deixou os russos abrirem três pontos de vantagem no começo. Se recuperou e virou no 11 a 10. Depois disso, só deu Brasil com facilidade.

O melhor: Wallace. Visivelmente mais confiante do que na terça-feira. Saltava muito e cravava quase todas as bolas. Virou a bola de segurança. Estava bem mais vibrante do que em outras partidas.

O pior: Muserskiy. O gigante russo de 2,18 m teve atuação apagadíssima. Fora nos bloqueios, não funcionou quase em nada. Errou muitos saques, alguns feios, batendo na parte debaixo da rede.

Toque dos técnicos:

No primeiro set, mesmo com Wallace sendo o maior pontuador brasileiro e o mais acionado, o tirou em determinado momento para colocar Leandro Vissotto. Fez o mesmo com Bruninho, que deixou a quadra para a entrada de Raphael. O ritmo foi o mesmo.

No segundo, colocou Lipe em certo momento somente para o saque. E em um bom serviço do ponteiro, o time voltou a ficar dois pontos à frente do placar e a partir dali teve maior tranquilidade. Fez o mesmo no terceiro set e deu certo de novo.

Para lembrar:

Alguns jogadores do Brasil estavam visivelmente mais vibrantes do que são nos jogos, como Wallace e Murilo, os que jogaram no sacrifício. Mais frios, estavam ligadões e com muitas caretas e gritos.

Na mesma coletiva em que criticou o comportamento dos brasileiros na derrota para a Polônia, a FIVB se pronunciou pela primeira vez sobre a mudança de tabela que prejudicou os brasileiros quando tiveram as datas de seus jogos alteradas e o time da casa é quem ficou com a regalia de fazer duas partidas com um dia de descanso.

"Muito fácil (responder sobre isso). O comitê tinha previsto isso, mas em 24 horas você pode mudar tudo. É uma condição geral. No Brasil você pode escolher quando quer jogar, no Japão também, e é o mesmo aqui. Nós estamos na Polônia. A Polônia pediu, e a Polsat (detentora dos direitos de transmissão no país) também. Às vezes você tem sorte, outras vezes tem azar", disse o vice-presidente da FIVB, Aleksandar Boricic.