28 de set. de 2014

Brasil passa pela forte seleção da Sérvia


A primeira fase do Mundial de vôlei feminino terminou com total domínio brasileiro no Grupo B. A equipe nacional ficou em primeiro luga e sobrou em quadra na maioria dos jogos, inclusive neste domingo, quando bateu a Sérvia, segunda colocada na chave. As jogadores treinadas pelo técnico Zé Roberto até tomaram um susto, perdendo o primeiro set, mas logo reagiram e venceram por 3 a 1 (24/26, 25/21, 25/19 e 25/23). O Brasil venceu todos jogos da primeira fase e, ao todo, só perdeu três sets.

O Brasil começou o jogo desatento. A Sérvia abriu 6 a 1, e o time nacional teve que buscar a igualdade. O placar ficou 18 a 18 e se manteve igual até 24 a 24. Mas o ataque do Brasil estava pouco eficiente e ainda se descontrolou com reclamações contra a arbitragem. Então Sérvia fechou o set vencendo por 26 a 24.

A mudança no segundo tempo foi evidente. A Sérvia continuou bem e manteve a partida equilibrada. Mas o Brasil melhorou na hora decisiva. Sheilla e Thaisa entraram no jogo e foram decisivas ao lado de Jaqueline, que já estava bem. O placar estava 15 a 15, mas logo o Brasil abriu quatro pontos de vantagem e assim venceu por 25 a 21.

O terceiro set foi de total domínio brasileiro. A equipe contou com muitos erros bobos da Sérvia e logo abriu sete pontos de vantagem, 14 a 7. Só no final o Brasil começou a vacilar: o set estava 21 a 12, mas fechou 25 a 19.

Isso deu alguma moral para a Sérvia, que voltou a fazer um jogo equilibrado no terceiro set. Mas o jogo do Brasil pelo meio, tanto nos ataques quanto nos bloqueios de Thaisa, começou a fazer diferença. As adversárias ficaram desestabilizadas, e o Brasil abriu seis pontos (18 a 12). Porém, quando o jogo parecia resolvido, o time nacional começou a falhar demais no ataque e deixou o jogo ficar empatado: 21 a 21. Mas por detalhes e falhas da Sérvia o Brasil conseguiu vencer por 25 a 23.

Fotos __Brasil x Turquia










27 de set. de 2014

De virada Brasil faz 3x2 contra a algoz Turquia


O Brasil sofreu, mas conseguiu bater a “pedra no sapato” Turquia na tarde deste sábado, pela quarta rodada da Liga Mundial de Vôlei, disputada na Itália. Única equipe a vencer a Seleção Brasileira feminina no Grand Prix, as turcas deram trabalho para as brasileiras, mas as meninas do vôlei tiraram forças para virar após estarem dois sets atrás e venceram por 3 sets a 2, parciais de 17/25, 22/25, 25/19, 25/21 e 15/10, para manterem os 100% de aproveitamento.

As comandadas de José Roberto Guimarães viram a Turquia começar arrasadora a partida e abrirem dois sets de vantagem, mas conseguiram reagir no jogo e empataram o confronto. No tie-break, melhor para a Seleção, que se impôs para conseguir a vitória. O Brasil ainda enfrenta a Sérvia, neste domingo, às 15h (de Brasília), pela última rodada do Grupo B.

O primeiro set começou arrasador pela Turquia, que assumiu a dianteira logo de cara e chegou a abrir até nove pontos de vantagem durante a parcial. Sem conseguir reação suficiente, o Brasil ficou entregue durante toda a parcial e sofreu derrota acachapante por 25 a 17.

Ao contrário do primeiro, o segundo set mostrou a Seleção Brasileira mais viva na partida e teve grande equilíbrio. As garotas comandadas por José Roberto Guimarães chegaram a ficar na frente do marcador, mas as turcas conseguiram aumentar o nível para fechar a parcial em 25/22.

A reação brasileira finalmente começou no terceiro set. As meninas nacionais finalmente conseguiram impor seu jogo e não deixaram a Turquia jogar no início da parcial, chegando a abrir nove pontos. Nem mesmo seis pontos seguidos em sequência para as adversárias impediram vitória nacional na parcial por 25 a 19.

Na equilibradíssima quarta parcial, o Brasil conseguiu manter uma leve dianteira por quase todo o set. Na reta final, ambas as equipes passaram a se alternar na frente do placar, mas as brasileiras conseguiram se manter vivas com um 25 a 21. No tie-break, o Brasil chegou a ver a Turquia abrir 8 a 5, mas conseguiu virada na parcial para fechar o set em 15/10.

25 de set. de 2014

Brasil passa tranquilamente pelo Canadá.



O Brasil deixou fácil a partida contra o Canadá pelo Campeonato Mundial feminino de vôlei, em Trieste, na Itália. Fazendo valer sua melhor qualidade desde o 1º ponto, a Seleção precisou de três sets para matar o jogo e sofreu somente 40 pontos durante toda a partida. As parciais foram de 25/14, 25/8 e 25/18.

A destaque do jogo foi a ponteira Jaqueline, com 14 pontos, seguida pelo oposta Sheilla, com 13. Já a boa participação brasileira na partida teve como explicação o saque, que a todo o momento quebrava o passe das adversárias, tornando a partida ainda mais fácil. O ataque também deu um show à parte, com apenas dois erros.

Agora, o Brasil terá um dia de folga no Mundial, mas volta à quadra neste sábado, quando enfrenta a Turquia, às 15h (horário de Brasília). O Brasil lidera isoladamente o Grupo B do torneio, com nove pontos, ainda sem perder nenhum set, e já garantiu vaga à próxima fase.

O primeiro set foi simples para o Brasil. Com Jaqueline e Sheilla inspiradas e pontuando bem (foram cinco pontos para cada uma), a Seleção só viu o Canadá postar alguma ameaça no começo do set, quando manteve o placar próximo, com 13 a 10, em desvantagem.

A partir desse momento, o Brasil conquistou seis pontos seguidos, elevando o placar a 19 a 10 e ganhando mais tranquilidade ainda na parcial. Após isso, foi só ter calma para fechar o set, o que aconteceu em uma bola de Jaqueline (não poderia ser diferente), terminando a parcial em 25 a 14.

A parcial seguinte começou da mesma maneira. O Canadá abriu 2 a 0 e, na sequencia, viu o Brasil emplacar sete pontos e ir à frente no primeiro tempo técnico (8 a 3). Assim como no primeiro set, o Brasil conseguiu uma incrível sequencia de pontos, marcando seis vezes seguidas sem resposta das canadenses, até um erro de saque de Sheilla (14 a 4).

A tranquilidade da Seleção ficava claro, além das expressões das jogadoras em quadra, pelo discurso sereno de José Roberto Guimarães nos tempos técnicos. Austero, como sempre, ele apenas motivava suas atletas a manter a concentração, já que estavam com a partida em mãos.

Mais quatro pontos seguidos e o Brasil já encaminhava a fácil vitória, atingindo 18 a 5 no placar. Dois acertos do Canadá, e mais seis seguidos da Seleção, que conseguiu fechar a parcial sem nem suar, em 25 a 8, mais uma vez pelas mãos de Jaqueline, que teve cinco pontos, assim como Sheilla e Fabiana.

O set final começou à todo vapor, com a Seleção já abrindo quatro a zero no placar e, posteriormente, aumentando a vantagem para 8 a 4. O Brasil começou a dar chances ao alto bloqueio canadense, permitindo mais pontos ao Canadá, antes da parada técnica, do que em todo o segundo set (16 a 11)

Ainda assim, a equipe manteve a tranquilidade durante a parada, apenas atentando para o saque de Dani Lins, a fim de tirar Page do ataque canadense. Na volta, o Brasil ainda abriu sete pontos de vantagem (19 a 12), até o treinador alemão do Canadá parar a partida novamente.

Zé Roberto passou a descansar algumas jogadoras, com as entradas de Adenízia e Gabi nos lugares de Fabiana e Fê Garay. Depois, foi a vez de Natália entrar no posto de Jaqueline.

O Brasil trocou pontos com o Canadá, sem nunca ceder a ampla vantagem que tinha na partida, fechando a partida com extrema facilidade em 3 sets a 0, com a parcial final sendo atingida em 25 a 18. Classificação na mão e invencibilidade mantida.

23 de set. de 2014

Brasil passa sem sustos pela Bulgária na estreia pelo Mundial de Vôlei


A Bulgária não era bem o adversário que a Seleção gostaria de enfrentar na estreia pelo Campeonato Mundial Feminino de Vôlei. O time europeu tinha armas perigosas, além de um estilo de jogo que não costuma encaixar muito bem com o das brasileiras. Mas as comandadas de José Roberto Guimarães souberam driblar as armadilhas e venceram as búlgaras nesta vterça-feira por 3 sets a 0, com parciais de 25-19, 25-23 e 25-16, em Triste (ITA). O Brasil tenta o título inédito depois de bater na trave em 2006 e 2010.

O próximo compromisso das brasileiras será nesta quarta-feira, às 12h (de Brasília), contra Camarões, pelo Grupo B. A chave conta ainda com Canadá, Sérvia e Turquia.

O Brasil entrou em quadra atento a duas armas da Bulgária. A ponteira Vasileva, que jogou a Superliga 2012/2013 pelo Vôlei Amil, e a oposto Radahzieva. Era preciso anular as bolas altas, apontadas pelo técnico José Roberto Guimarães como uma das situações com os quais a Seleção mais encontra dificuldade. Mas as bicampeãs olímpicas mostraram que têm um conjunto mais consistente, sobretudo no fundo de quadra. Sacando bem, o time verde e amarelo encaminhou a vitória. Ela veio após um saque na rede de Radahzieva.

O time búlgaro voltou confiante. Um ataque para fora de Thaisa deixou o placar em 3 a 0. Logo, porém, veio o empate. O bloqueio brasileiro estava ligado para matar na hora certa os golpes das rivais. Nem quando Jaqueline atacou longe da quadra e deixou a Bulgária em vantagem de 9-8 o grupo se assustou. Novamente, a Seleção se reorganizou graças ao saque e ao bloqueio. Mas a recepção mostrava-se frágil. Zé Roberto se viu obrigado a colocar em quadra a novata Gabi para confundiu as sacadoras búlgaras. Uma pancada de Fabiana no contra-ataque decretou a vitória difícil do Brasil no segundo set por 25-23.

O treinador voltou com o time titular para o terceiro set. Suas comandadas não decepcionaram e abriram 8-3, contando com erros da Bulgária. O jogo ficou mais fácil, mas era bom ninguém se iludir. Radahzieva seguia virando suas bolas. Com Sheilla no saque, o Brasil conseguiu ampliar a folha no placar. Jaqueline roubou a cena no final. Com bons ataques e saques da ponteira, o time abriu ainda mais. E num ataque de Thaisa veio a vitória.

21 de set. de 2014

Brasil leva virada contra a Polônia e fica sem o tetra do Mundial de vôlei



Os poloneses sagraram-se assim bicampeões do torneio, 40 anos depois de terem obtido o primeiro troféu, no México. Já o Brasil tem quebrada uma sequência de três títulos mundiais e acumula o quarto vice seguido em competições importantes - também ficou em segundo nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, e da Liga Mundial em 2013 e neste ano.

O ponta Lucarelli e o oposto Wallace voltaram a se destacar entre os brasileiros, com 18 pontos cada, mas se encolheram nos momentos decisivos. E do outro lado havia o também Mateusz Mika, que liderou a virada polonesa com 22 bolas no chão.

A medalha de bronze ficou com a Alemanha, que superou o favoritismo francês e venceu por 3 sets a 0, com parciais de 25-21, 26-24 e 25-23.

Após derrota, Bernardinho acusa Fivb de fazer jogo baixo com Brasil


Após a derrota na decisão do Campeonato Mundial de vôlei masculino, o técnico Bernardinho expôs sua insatisfação com a Federação Internacional de Vôlei (FIVB). O comandante da Seleção Brasileira não poupou críticas, acusando a entidade de fazer jogo baixo com o Brasil. Apesar disso, o treinador deu méritos aos poloneses pelos 3 sets a 1 que culminou no título dos donos da casa.

"Foram muitas coisas feias que fica complicado. A Federação Internacional age de uma maneira baixa demais. Teve coisa aqui, escalação de árbitro, no sentido de desestabilizar mesmo. Nada influenciou no jogo, nós perdemos porque eles jogaram nas bolas, com inteligência, tocando a bola, mas é muito baixo", revelou Bernardinho ao canal SporTV.

Bernardinho apontou a escalação dos árbitros da partida, além de um repórter perto do banco da Seleção Brasileira como ações propositais da FIVB.

"Eles botaram os únicos dois árbitros que tivemos problemas seríssimos na Liga Mundial, de maneira proposital. Botaram um repórter que é o maior inimigo do voleibol brasileiro ao lado do nosso banco, olhando e fazendo algumas coisas", declarou.

O técnico terminou falando que teme pelo futuro da modalidade, já que o órgão que rege o esporte, presidido pelo brasileiro Ary Graça, estaria fazendo "gato e sapato" dos membros.

"O jogo baixo que se constrói me preocupa com o futuro do voleibol, como instituição estamos desprotegidos. A Federação Internacional está fazendo gato e sapato da gente", sentenciou.

Gazeta  Esportiva

20 de set. de 2014

Brasil vence a França e vai para 4° final seguida



O sonho do tetra segue vivo. Atual tricampeã mundial de vôlei, a Seleção Brasileira masculina está a apenas uma vitória de conquistar o seu quarto título consecutivo na principal competição do planeta.
 Neste sábado, em seu primeiro jogo de mata-mata no torneio, o time comandado pelo técnico Bernardinho sofreu, mas venceu a surpreendente França na semifinal por 3 sets a 2, em Katowice, na Polônia. 
O duelo teve parciais de 25/18, 23/25, 25/23, 22/25 e 15/12 e colocou o Brasil na decisão do Campeonato Mundial, que será disputada contra o vencedor de Polônia e Alemanha, neste domingo, às 15h25 (de Brasília).

O Brasil chega à final de um Mundial pela quinta vez na história. O retrospecto verde amarelo, até aqui, é de três triunfos (2002, 2006 e 2010) e apenas uma derrota (1982) quando realizou partidas que decidiram o principal título do vôlei. 
Na edição de 2014, o time brasileiro vai à decisão após 14 vitórias em 15 jogos (a única derrota foi para a Polônia, na terceira fase). 
Já a França se despede com 11 vitórias, quatro derrotas e muita dignidade. Na segunda fase, por exemplo, fez campanha melhor que a anfitriã e forte Polônia. Terá, contudo, de decidir o terceiro lugar.

A Seleção Brasileira venceu o primeiro set de maneira arrasadora, diminuiu o ritmo no segundo e voltou à dianteira do placar no terceiro. As últimas parciais, entretanto, apresentaram uma França cheia de confiança e comandada pelo exótico ponteiro Ngapeth.
 O jogador, que tem cabelo vermelho e comemora todos os seus pontos com muita energia, ameaçou a vitória verde e amarela em muitos momentos, mas Lucão e Lucarelli não a deixaram escapar. O Brasil despachou a nova força do vôlei mundial e segue vivo rumo ao tetra. Resta apenas um jogo.

Na segunda parcial, a França melhorou o seu ataque, imprimiu mais intensidade em seus saques e abriu boa vantagem. Chegou a ter 20/16 no placar. Até que Lipe passou a colocar a bola em jogo, e o Brasil reagiu. Conquistou três pontos seguidos, colocou pressão nos europeus e até empatou por 23/23. No fim, porém, não resistiu às excelentes atuações dos ponteiros Ngapeth e Tillie e perdeu por 25/23.

O terceiro set foi mais equilibrado que os dois primeiros. As duas seleções trocaram pontos até a parte final da parcial. O Brasil tomou a dianteira do placar, abrindo dois pontos, mas depois viu a França emendar boa sequência. Os europeus viraram e chegaram a ter 19/18. Bernardinho, então, parou o jogo, e pediu calma aos seus atletas. Eles corresponderam, e a Seleção venceu a parcial por 25/23.

A França, entretanto, começou muito bem o quarto set. Novamente contando com atuação inspirada de Ngapeth, o time azul se manteve cerca de dois pontos à frente do Brasil durante a primeira metade da parcial. A Seleção se recuperou, chegou a virar o placar, mas não ficou à frente por muito tempo. A França voltou à dianteira após um pedido de tempo do seu treinador e fechou a parcial por 25/22.

No tie-break, o Brasil diminuiu seus erros, passou a aproveitar melhor os ataques e, desde o início, ficou na frente do placar. Lucarelli anotou ponto de bloqueio fundamental na parte final da parcial, Lucão manteve o excelente nível apresentado em toda a partida, e a Seleção venceu. Com drama, mas venceu. Resta apenas uma vitória para o tetracampeonato mundial. 

19 de set. de 2014

Mau comportamento rende multa de R$ 4,7 mil à seleção brasileira de vôlei

Bernardinho foi punido por não falar na coletiva
José Ricardo Leite

A FIVB (Federação Internacional de vôlei) aplicou uma multa de US$ 2.000 (aproximadamente R$ 4.700) à seleção brasileira pela ausência do técnico Bernardinho e do capitão Bruninho em duas coletivas pós jogo do Mundial, nos duelos contra Polônia (terça-feira) e Rússia, na quarta.

Os brasileiros não foram à coletiva oficial em que treinadores e capitão participam, na terça, por alegarem que tinham que se recuperar para o jogo do dia seguinte, contra os russos, quando teriam menos de 24 horas para voltar a quadra após um jogo de 2h16min. No dia seguinte, o Brasil foi representado apenas por Lipe.

O time brasileiro deixou a quadra irritado depois da derrota para os poloneses. A reclamação na terça começou em função do ponto que definiu a derrota. Quando a Polônia vencia por 16 a 15 no tie-break, o time vermelho e branco mandou uma bola pra fora. O árbitro assinalou ponto brasileiro e o consequente 16 a 16 no placar. Mas, pouco depois, com o uso das imagens, ele voltou atrás e deu o ponto que decidiu o jogo a favor do time da casa ao marcar toque de Sidão na bola antes de ela sair.

O elenco brasileiro protestou pelo fato de a imagem não ter sido mostrada no mesmo momento em que árbitro voltou atrás, ao contrário do que acontece em lances com o uso de TV. Isso levou um tempo depois do habitual, mas assim que foi mostrada a imagem, apareceu o toque de Sidão, ratificando que o ponto realmente era polonês.

Um dia depois, na quarta, a FIVB fez uma repreensão ao time e criticou as atitudes dos brasileiros na noite anterior, citando oficialmente apenas o fato das ausências nas coletivas e de casos de desrespeito a pessoas do federação em quadra depois do jogo.

O diretor da competição Wojciech Czayka falou ao site polonês przegladsportowy.pl que jamais tinha visto um comportamento em quadra como o dos brasileiros e que um jogador não relacionado (só Murilo e Renan não foram para o jogo) arremessou uma toalha em um dos observadores da federação que fica em quadra, Philip Berbena. Não nenhuma imagem divulgada disso.

Nesta sexta-feira, o presidente da FIVB, o brasileiro Ary Graça, disse em entrevista reproduzida pelo site polonês www.onet.sport, que o comportamento dos brasileiros foi "inaceitável" e que as punições não devem parar por aí. "Impuseram uma punição pecuniária no momento de US$ 1.000 por cada jogo. Mas não consigo imaginar que seja o fim."

Polônia merecia privilégios, disse FIVB

Outra questão polêmica foi quanto ao próprio sorteio. A tabela da terceira fase mostrava que os dois triangulares deveriam ter um primeiro, um segundo e um terceiro colocados da fase anterior em cada chave. Ocorreu que o Brasil, primeiro do Grupo F, acabou tendo sorteado para sua chave dois segundos, Rússia e Polônia.

Enquanto isso, a França, que foi primeira do Grupo F, caiu com dois terceiros colocados, Alemanha e Irã. Aparentemente, pode ter ter havido um erro no sorteio com a não separação dos segundo e terceiro colocados por pote.

Ao ser questionado sobre o assunto, o vice da FIVB disse que tudo pode mudar 24 horas antes de uma partida e que o país organizador tem seus privilégios por questões contratuais. "Muito fácil (responder sobre isso). O comitê tinha previsto isso, mas em 24 horas você pode mudar tudo. É uma condição geral. No Brasil você pode escolher quando quer jogar, no Japão também, e é o mesmo aqui. Nós estamos na Polônia. A Polônia pediu, e a Polsat (detentora dos direitos de transmissão no país) também. Às vezes você tem sorte, outras vezes tem azar", falou Aleksandar Boric, vice da entidade.

Bruno lidera o Brasil e mostra que é mais do que só o filho de Bernardinho




A cara de menino, nome em diminutivo e a lembrança por ser filho de Bernardinho talvez transmitam a imagem do levantador titular da seleção brasileira masculina como a de um jovem protegido que ainda luta para se firmar. Só que Bruno Mossa, o Bruninho, aos 28 anos, é muito mais do que isso dentro do elenco que tenta o inédito tetracampeonato mundial.
Ele teve a grande chance na equipe em 2007, quando foi incorporado de vez ao grupo em função do polêmico corte de Ricardinho, considerado por muitos o melhor levantador de todos os tempos. Passou a ter sobre as costas a pecha de estar na equipe apenas por ser o filho do treinador.
De lá pra cá, já são sete anos de seleção brasileira. No ano passado assumiu o posto de capitão da equipe com o afastamento de Murilo em virtude de uma cirurgia no ombro. O ponteiro, mesmo sem a tarja, assume também responsabilidades de conversar com os mais jovens e ajudar a manter a estabilidade emocional nos momentos mais tensos. Não é do tipo que fala alto e gesticula nas orientações, mas conversa mais reservadamente e suas feições são suficientes para acalmar o time.
Já Bruno, por sua personalidade mais expansiva, tem importante atuação na questão motivacional e de liderança do elenco. É quem mais fala, gesticula e conversa. Não há atuação boa ou ruim que faça o capitão da equipe se ausentar de explicações e declarações. Fala o tempo que for preciso (sua única ausência nesse sentido foi quando o Brasil não foi à coletiva contra a Polônia e incomodou a federação).
Nos jogos do Mundial em que não pôde atuar por uma lesão no dedo, ficou do lado de fora e não parava de incentivar um minuto sequer. Cada atleta que chegava ou saía recebia um tapinha de incentivo e uma palavra de motivação ou consolo.
De fora, olhava atentamente as partidas quase que como um observador técnico em busca de uma leitura que pudesse ajudar com sua análise. Nos tempos pedidos por Bernardinho, se juntava ao time e acompanhava as instruções de forma compenetrada para saber o que está se passando, mesmo de fora.
Isso faz parte de seu estilo "CDF" quando o assunto é vôlei, ainda mais quando é para estudar os adversários de suas equipes. Por conta própria, pede para a comissão técnica vídeos e estatísticas dos rivais e acompanha de seu Ipad. "Acho que trato o vôlei não só como meu trabalho, mas é minha paixão também. Brinco que é meu hobby. Até quando tenho tempo livre gosto de ver os jogos. É o que me dá prazer, gosto de estudar mesmo", declarou.
Quando explica o porquê de sua busca por aperfeiçoamento na base da leitura nas horas vagas, reverencia outros grandes nomes de sua posição e diz até se ver abaixo deles em termos de talento. As palavras seriam quase impossíveis de sair da boca de um jogador egocêntrico e vaidoso.
"Não sou um levantador talentoso como foram Maurício e o Ricardinho, então tenho que tentar buscar outros meios pra me tornar um cara eficiente. É isso que me faz ter esse lado", falou. "Pego vídeos das últimas partidas do adversário pra ver o bloqueio deles, que é a principal função que o levantador tem que ter, de estudar o bloqueio rival", continuou. "Eu era um cara OK nos estudos, nunca fui muito estudioso, mas o mundo do vôlei acabou me despertando esse interesse."
Bruno é do tipo que não tem vergonha de admitir os erros. Nem mesmo se a falha não for só individual e técnica, mas como capitão e líder. Expõe sua falha e se cobra. Como ao analisar os momentos em que o Brasil perdeu a cabeça com a provocação polonesa e deixou a vitória escapar, na terça-feira, no tie-break.
"Ficamos chateados e acho que faltou um pouco de lucidez de minha parte para ajudar o time naquele momento e juntar todo mundo. Acho que faltou comunicação. A gente não pode mais cair numa armadilha dessas."
Quando ficou de fora do time, fez questão de uma conversa mais reservada com o concorrente à posição. "O Bruno veio falar comigo antes do jogo e me deu muita força, falou coisas muito legais e que me deixaram mais confiante", falou o levantador Raphael, logo depois da vitória por 3 a 0 sobre a Finlândia. "Nós trocamos muitas experiências. Ele é um cara muito importante no grupo."
Bruno diz que a maneira pró-ativa de querer participar e se posicionar é algo que talvez tenha vindo do sangue do pai. Mas entende que um capitão não pode passar do ponto e querer impor sua ideia, mas sim juntar todos em um ideal.
"(Querer falar e se posicionar) foi bastante da minha personalidade. Tento falar, mas o principal que eu vejo e procuro enxergar em grandes líderes é ser um cara natural, não faço isso porque acho que tem que ser assim do meu jeito. É meu jeito de ser e a minha personalidade de agir. Eu não estou forçando nada. Acho que isso eu posso ter puxado o lado dele (Bernardinho)."
O fato de o capitão ser filho do técnico só cria uma saia justa no momento de defender o elenco e se posicionar. Ele diz que isso nunca foi problema na relação com jogadores e equipe e entende que o fato de conhecer pessoalmente o Bernardinho técnico como alguém da família é algo mais positivo do que negativo perante os outros jogadores. E nem se importa quando a questão é sobre ser filho do técnico.
"Não, hoje em dia esta tranquilo (essa questão). É difícil porque ele é um cara que cobra muito, como tenho bastante tempo de convivência, tem hora que falamos e tem que escutar apenas e deixar pra outra hora a de dialogar. E os mais experiente têm que passar isso pros mais jovens."
Uma de suas principais funções é a de deixar o elenco "ligado", já que é o mais agitado do time que inicia as partidas. Divide com Murilo as duas faces dos mais experientes em quadra, mesclando energia com serenidade. Mas ambos assumem as funções de dialogar com os mais jovens.
"Eles dois estão sempre conversando com a gente e fazendo de tudo pra que a gente não sinta tanto a pressão e deixando à vontade", falou Lucarelli, o mais jovem do elenco, com 22 anos.
E conversas entre os jogadores não foi o que faltou após a derrota para a Polônia, na terça-feira. O resultado gerou a obrigação de bater a arquirrival Rússia na quarta para o time ter chances de prosseguir no Mundial. Venceu por 3 a 0 está nas semifinais.
"De maneira alguma imaginamos que iríamos ficar de fora. Na preleção comentamos dos inúmeros momentos que passamos para estar ali. Temos provado que temos um time de guerreiros. Fico orgulhoso de ter caras como Murilo e Wallace (que estavam lesionados e jogaram contra a Rússia). Acho que vamos longe."

Por José Ricardo Leite-Uol

Torcedora teve drama com câncer e virou "viciada" no Brasil graças ao vôlei


Polonesa viaja 9 horas e é apaixonada pelo time de vôlei do Brasil

Gratidão e amor pelo que gosta são coisas levadas muito a sério por Hanna Rafinska, uma aposentada polonesa de 55 anos que vive em Bydgoszcz e é apaixonada pela seleção brasileira. Só que não é a de futebol, a mais conhecida do mundo entre as equipes do país, mas sim a de vôlei.

"Até conheço o Neymar e a seleção, gosto dele. Mas meu negócio é a de voleibol. Amo Giba, Bruno, Bernardo e todo o time atual. É muito importante pra mim estar aqui", descreveu ao acompanhar a rodada dupla do último final de semana.

Hanna viajou nove horas de trem de sua cidade natal, Bydgoszcz, para acompanhar o time de Bernardinho jogar o Mundial em Katowice. E não foi apenas uma vez. Fez isso dois finais de semana seguidos e gastou não só com trem, mas também com hotel.
A polonesa é do tipo que faria de tudo para nascer no Brasil. Ela criou tanta identificação com o país que fica irritada se alguém falar mal do Brasil.

Nos jogos do Mundial de vôlei, Hanna fica sozinha na arquibancada junto de uma mochila, com cara pintada, a camisa do ponteiro Giba, bandeira do Brasil e um bicho de pelúcia que apelidou de "o brasileiro". Parece ter a energia de uma adolescente para incentivar a equipe de Bernardinho o tempo inteiro. Grita o nome de todos os que vão sacar sem dar sossego a quem estiver por perto na arquibancada.

Se alguém fizer cara feia, não tem problema. Não dá bola, já que companheiros mesmos são todos os objetos verde e amarelo que carrega na mochila e os jogadores da seleção.

Fã de vôlei desde sua adolescência, ela conta que a paixão pelo time verde e amarelo começou por ter sido muito bem tratada há muitos anos, quando a equipe de Bernardinho foi jogar em sua cidade uma etapa da Liga Mundial. Foi lá que ganhou a camisa de Giba e que se sensibilizou com o carinho dos jogadores. Desde então, sempre que o Brasil vai até a Polônia ela vai aos jogos, seja em qual cidade for, e tenta contato com eles nos hotéis, pega autógrafos e tira fotos.


"Por quê sou tão apaixonada assim pelo Brasil? Porque vocês são pessoas alegres e que me encantaram. Sorridentes e muito dispostos a ajudar todo mundo e com bastante atenção. Toda vez que procuro os jogadores sou muito bem recebida e adoro todos eles", falou.

"Eu amo os jogadores do Brasil, são todos muito amáveis, amigáveis e receptivos. Eles estão sempre alegres e dispostos a receber não só a mim, mas todas as pessoas, dar autógrafos e tirar fotos. Bernardo, Bruno, Raphael, Vissotto, todos me tratam bem, e tem o Giba, que pra mim é inesquecível. Eles são queridos por muita gente no mundo todo. Todas as vezes que os procuro eles me recebem muito bem, o povo brasileiros é muito especial", continuou.

Rafinska passou a viver sozinha há um mês depois que sua única filha se casou. Trabalhava com topografia, mas parou de exercer a profissão em 2000 e foi aposentada por invalidez em função de um câncer que limitou movimentos na sua perna. Diz que apesar de sempre ter gostado de vôlei há muito tempo, o apego ao esporte ajudou ainda mais em toda essa questão.

"Eu sempre gostei de esportes, mas isso acabou me fazendo me apegar ainda mais ao vôlei. Foi uma grande ajuda na minha questão psicológica. Isso me ajudou muito nisso aqui", falava ao apontar os dedos para a cabeça.

A talismã da seleção brasileira, no entanto, pode ser desfalque para a semifinal e final. O único momento em que tira o sorriso do rosto e demonstra abatimento é quando conta que não conseguiu ingressos para as partidas decisivas do campeonato.

Mas isso não fará com que ela fique. No próximo final de semana ela pegará novamente o trem para viajar mais nove horas. "Vou ver se consigo o ingresso na hora. E o Bruno (capitão brasileiro) me prometeu uma camisa caso o time chegue até lá", finalizou, já animada novamente.
Por Ricardo Leite-Uol

17 de set. de 2014

Brasil dá volta por cima, atropela Rússia e vai à semi do Mundial de Vôlei











Na raça, a seleção brasileira masculina de vôlei conseguiu superar adversidades, bateu fácil sua maior rival, a Rússia, pela segunda vez consecutiva, e garantiu sua participação nas semifinais do Mundial de vôlei. O triunfo por 3 sets a 0 (25-22, 25-20 e 25-21) em Lodz foi o suficiente para garantir o avanço.

O time verde e amarelo voltou a quadra menos de 24 horas depois de ser derrotado pela Polônia em um desgastante jogo de cinco sets e 2h16min de duração. Caso perdesse para os russos, o time de Bernardinho estaria fora do torneio. Mas não tomou conhecimento do rival.

A última vaga será definida na quinta, às 15h45 (horário de Brasília), entre os arquirrivais Polônia e Rússia. Quem vencer está classificado. O Brasil volta a jogar no sábado, em horário ainda indefinido, já que precisa esperar o outro resultado do grupo. O adversário na semi pode ser França, Alemanha ou Irã, que decidem o outro triangular.

A equipe de Bernardinho veio cansada após o longo jogo contra os poloneses e com dois jogadores fisicamente em condições débeis, Wallace e Murilo, indo para o sacrifício. O primeiro sofria com uma entorse no tornozelo esquerdo e até participou de alguns momentos da derrota pra Polônia. Já o ex-capitão da equipe nem foi relacionado na terça.

A vitória que mantém viva a chance brasileira do inédito tetracampeonato mundial ocorreu horas depois de a FIVB (Federação Internacional de vôlei) se manifestar publicamente contra o mau comportamento do time após a derrota para a Polônia. Não detalhou qualquer tipo de punição. O único fato concreto que a entidade falou sobre a atitude antidesportiva foi o fato de Bernardinho e Bruninho não terem aparecido para a coletiva de técnicos e campeões.

Fases do jogo:

Com Murilo em quadra, os erros de passes vistos na derrota para a Polônia praticamente desapareceram. O Brasil não tinha um bom aproveitamento nos saques e errava muito, mas a Rússia também. E quando a bola chegava redonda para a recepção dos dois times, os brasileiros é que trabalhavam melhor. Com Wallace inspirado e um time vibrante, o Brasil comandou o placar do primeiro set o tempo todo. Mesmo com pequena vantagem, em nenhum momento perdeu a cabeça.

O Brasil começou bem o segundo set, se aproveitava dos seguidos erros russos e chegou a abrir vantagem de três pontos. Mas, assim como nas parciais contra a Polônia, teve momentos de baixas que custaram pontos seguidos e chegou a levar a virada no 13 a 12. A parcial foi de muitos erros. Os bloqueios praticamente inexistiam e não apareciam, principalmente os do Brasil. Aos poucos, o time colocou a cabeça no lugar e parecia bem mais vibrante do que o time europeu, que errava mais. Na base de boas defesas de um ataque rival perdido, o Brasil depois que voltou à frente não saiu mais.

O terceiro set foi o que o Brasil começou pior. Com erros de saque e ataque, deixou os russos abrirem três pontos de vantagem no começo. Se recuperou e virou no 11 a 10. Depois disso, só deu Brasil com facilidade.

O melhor: Wallace. Visivelmente mais confiante do que na terça-feira. Saltava muito e cravava quase todas as bolas. Virou a bola de segurança. Estava bem mais vibrante do que em outras partidas.

O pior: Muserskiy. O gigante russo de 2,18 m teve atuação apagadíssima. Fora nos bloqueios, não funcionou quase em nada. Errou muitos saques, alguns feios, batendo na parte debaixo da rede.

Toque dos técnicos:

No primeiro set, mesmo com Wallace sendo o maior pontuador brasileiro e o mais acionado, o tirou em determinado momento para colocar Leandro Vissotto. Fez o mesmo com Bruninho, que deixou a quadra para a entrada de Raphael. O ritmo foi o mesmo.

No segundo, colocou Lipe em certo momento somente para o saque. E em um bom serviço do ponteiro, o time voltou a ficar dois pontos à frente do placar e a partir dali teve maior tranquilidade. Fez o mesmo no terceiro set e deu certo de novo.

Para lembrar:

Alguns jogadores do Brasil estavam visivelmente mais vibrantes do que são nos jogos, como Wallace e Murilo, os que jogaram no sacrifício. Mais frios, estavam ligadões e com muitas caretas e gritos.

Na mesma coletiva em que criticou o comportamento dos brasileiros na derrota para a Polônia, a FIVB se pronunciou pela primeira vez sobre a mudança de tabela que prejudicou os brasileiros quando tiveram as datas de seus jogos alteradas e o time da casa é quem ficou com a regalia de fazer duas partidas com um dia de descanso.

"Muito fácil (responder sobre isso). O comitê tinha previsto isso, mas em 24 horas você pode mudar tudo. É uma condição geral. No Brasil você pode escolher quando quer jogar, no Japão também, e é o mesmo aqui. Nós estamos na Polônia. A Polônia pediu, e a Polsat (detentora dos direitos de transmissão no país) também. Às vezes você tem sorte, outras vezes tem azar", disse o vice-presidente da FIVB, Aleksandar Boricic.

16 de set. de 2014

Brasil perde em "caldeirão polonês" e se complica no Mundial de Vôlei



Por José Ricardo Leite

O caldeirão polonês feito nesta terça-feira na Atlas Arena, em Lodz, complicou muito a vida brasileira no Mundial Masculino de Vôlei. A derrota por 3 sets a 2 (25-22, 22-25,14-25, 25-18 e 17-15) para os anfitriões agora obriga uma vitória contra a Rússia, na quarta, e também a dependência de outro resultado.

O revés veio em uma jogada polêmica. Quando o jogo estava 16 a 15 para os poloneses, o árbitro chegou a dar ponto brasileiro que rendeu o empate. Depois, voltou atrás e deu toque de Sidão no bloqueio brasileiro, o que gerou a revolta de todo o time e comissão técnica. Demorou para as duas equipes saírem de quadra.

Os frenéticos fãs poloneses cantaram e gritaram durante toda a partida. Os saques brasileiros eram vaiados, e a cada ponto do time azul e branco faziam um barulho ensurdecedor. Palmas, buzinas, mosaicos, músicas, bandeiras, mascotes, cheerleaders.

Agora, o Brasil depende de uma vitória sobre a Rússia para continuar vivo no Mundial. Se perder, está fora. Ainda com o possível triunfo não estará garantido, vide que terá que esperar o resultado de Polônia x Rússia, na quinta, para saber como fica a situação. Apenas os dois melhores avançam.

O Brasil foi o único time que nas duas primeiras fases venceu suas nove partidas. Mas isso de nada adianta neste triangular final, já que os critérios de desempate de vitórias, set average e pontos se resumem somente à terceira fase. A primeira derrota na competição veio com um sabor pra lá de amargo.

 A equipe sentiu demais a falta de Murilo, que foi desfalque em função de uma lesão na virilha. O ponteiro é vinha sendo destaque nos passes, fundamento no qual a equipe errou demais nesta terça.

Fases do jogo:

O Brasil começou ligadíssimo e não deu a menor bola pro barulho e caldeirão polonês. Bruninho começou apostando nas chamadas bolas de segurança, com Lucarelli e Lucão quando o time polonês sacava, e ambas funcionavam. Em uma sequência de saques de Leandro Vissotto, o time polonês errou e alguns bloqueios funcionaram, e o Brasil abriu 7 a 3. Tudo ia bem até a vantagem de 15 a 10. Mas, depois de bons saques poloneses, os brasileiros se complicaram na recepção e não conseguiam construir boas jogadas. Paravam no bloqueio ou erravam passes que nem chegavam a gerar o ataque. O jogo foi para 15 a 15, e a partir dali a torcida pareceu pesar. O saque brasileiro parou de entrar, enquanto a defesa tinha dificuldade na recepção dos serviços poloneses, que estavam todos entrando. Depois de uma sequência de erros, o Brasil pareceu sentir o golpe. Os poloneses cresceram moralmente até fechar a partida.

O Brasil deixou a apatia do final do primeiro set no vestiário. Bem mais ligada, errava menos passes e parecia mais rápida na distribuição das jogadas. Lipe começou a aparecer muito bem no ataque, e Vissotto reconquistou confiança após errar muito no primeiro set. Com uma defesa regular, e um ataque potente, os brasileiros abriram 14 a 9. Na base da empolgação com as boas sequências de saque, a Polônia encostou em um ponto no 21 a 20. Explorava, sobretudo, o dia ruim de Lipe na recepção. Mas, desta vez, os brasileiros mantiveram a cabeça no lugar e contaram com um pouco de sorte em erro de saque polonês para fechar em 25 a 22.

No terceiro set, a Polônia continuava arriscando saques de maneira kamikaze. Mas o índice de acertos diminuiu muito. Muitas bolas na rede, e em alguns momentos a falta de confiança os fazia sacar mais fraco. Com bolas fáceis, o Brasil deitava e rolava. Mesmo errando seus saques forçados, o Brasil ia muito bem no ataque. Lipe se recuperou dos erros de passe e acertou muitas bolas de ataque, e o Brasil abriu 13 a 6. O time de Bernardinho fazia pontos de todas as maneiras e passeava. A fragilidade polonesa não resistiu e levou um 25 a 14.

A Polônia voltou dando mais trabalho no quarto. Equilibrou a partida desde o começo e arriscava um pouco menos no começo. Ninguém abriu dois pontos até o 15º ponto, quando o time da casa fez 15 a 13. O Brasil passou a adotar uma postura mais conservadora no saque e não forçava mais. Com moral alta, os poloneses atacavam fácil. O Brasil se desconcentrou e mais uma vez foi freado na base da empolgação dos donos da casa.  Os anfitriões levaram o jogo para o tie-break.

O quinto já tinha um Brasil perdido psicologicamente. Lento, sem poder de reação e apático, viu a Polônia abrir 7 a 2. Depois disso, os donos da casa não tiraram o pé em nenhum momento e impuseram a primeira derrota brasileira.

O melhor: Wlazly. Imparável no ataque. Foi a maior dor de cabeça brasileira, de forma disparada. Foi quem incendiou a torcida com suas bolas pra lá de eficientes.

O pior: Winiarski. A principal arma polonesa decepcionou na partida e pontuou muito pouco. Não foi efetivo quando acionado.

Toque dos técnicos:

No primeiro set, o Brasil chegou a abrir 15 a 10, mas após Vissotto ser bloqueado, a diferença foi pra 15 a 13. Bernardinho não hesitou em pedir tempo pela primeira em uma partida que seguia tranquila. Logo na sequência, trocou duplamente e colocou Raphael e Wallace nas vagas de Bruninho e Vissotto. Naquele momento, de nada adiantou taticamente. O Brasil parecia assustado com a reação dos rivais e nada fazia.

O técnico tentou por diversas vezes motivar a equipe na base do grito e substituições, mas as baixas brasileiras no jogo eram muito fortes, rendendo muitos pontos seguidos aos donos da casa.

Pra lembrar:

Murilo, que sofreu uma fisgada na coxa direita, não pôde atuar nesta terça-feira. O ponteiro pode não encarar a Rússia, na quarta. "Eu estou bem chateado, para ser sincero. Todo mundo pode imaginar a situação. A Seleção está imvicta, fiz nove jogos e na fase mais importante não vou poder ajudar hoje. Hoje, não cosnigo jogar. Fiz teste de manhã, está difícil saltar, incomoda. Sensação que o músculo vai rasgar. O combinado com o departamento médico é avaliar dia após dia. Amanhã tem outro jogo importante. De manhã, vou tentar de novo, se não der amanhã, se Deus quiser vai dar para semi ou final", falou ao Sportv antes do jogo.  

14 de set. de 2014

Brasil dá um chega pra lá no gigante russo "Muserskiy O Bundão"








Se ganhar é bom, bater o maior rival é melhor ainda. Foi isso que a seleção brasileira masculina de vôlei vivenciou neste domingo ao vencer a arquirrival Rússia, em Katowice, na Polônia, por 3 sets a 1, parciais de 25-19, 24-26, 25-21 e 25-19. De quebra, o resultado garantiu o time brasileiro com o primeiro colocado do Grupo F e pôs fim à invencibilidade russa no Mundial.

O triunfo no maior clássico do vôlei mundial empolgou a Spodek Arena, que vibrou com os brasileiros o tempo todo em função da rivalidade com os russos.

Até agora, somente a equipe verde e amarela venceu todos os nove compromissos no torneio e tem a melhor campanha. Antes, havia batido Canadá, Bulgária, China, Cuba, Coreia do Sul, Finlândia, Tunísia e Alemanha. Terminou com 21 pontos, contra 17 da Rússia.

O Brasil agora aguarda sorteio que deve acontecer por volta das 20h (horário de Brasília) para saber quais times farão parte de seu grupo em um dos triangulares finais do torneio. O único fato concreto é que não cruzará com o primeiro do Grupo E. Já os segundo e terceiro colocados que vão para os triangulares serão definidos via sorteio.

Existe até a chance de um novo confronto com os russos caso eles sejam os segundos colocados sorteados para o grupo brasileiro. A terceira vaga do Grupo F para a fase final será decidia na partida entre Alemanha e Canadá.

No Grupo E, a França já está classificada, mas sem posição definida. As outras duas vagas são disputadas por Polônia, Estados Unidos e Irã.

Fases do jogo:
Se em muitos jogos anteriores o Brasil começou sonolento, parece ter guardado as energias para o duelo contra os russos. Concentrados e com um incrível poder de saque, os brasileiros nem pareciam estar jogando contra seu maior rival. Quando os serviços forçados entravam, era muito difícil perder o ponto. Ou ace ou o bloqueio parava os rivais. Foram sete aces só no primeiro set. Já a Rússia não conseguia encaixar seus saques. O Brasil era rápido e envolvente e chegou a abrir 18 a 10.

O time europeu, aos poucos, começou a encaixar o saque e tirou quatro pontos de diferença. Mas depois de um pedido de tempo, esfriaram e mesmo acertando os saques não conseguiram mais tirar a diferença.  

No segundo, o Brasil começou bem novamente, mas a parcial foi equilibrada durante o tempo todo. Os saques forçados russos, que já começaram a entrar no fim do primeiro set, continuaram efetivos. A recepção brasileira passou a ter dificuldades para trabalhar as jogadas, e o ataque teve que forçar muitas bolas, resultando em erros.  O Brasil liderou até 21 a 19, quando o gigante Muserskiy, de 2,17 m, acertou uma boa sequência de saques e veio a virada o time vermelho.

A Rússia pareceu sentir a dificuldade de jogar sem um oposto de origem com a saída de Morov, lesionado, no fim do segundo set. Pareceu sentir o golpe, e o Brasil cresceu no jogo novamente. Só sofria perigo nos saques de Muserskiy, mas ainda assim a defesa trabalhava bem as pancadas e o ataque virava bolas, sobretudo as de meio, com Lucão. Leandro Vissotto entrou bem ao substituir Wallace. Passeio verde e amarelo na terceira parcial.

No terceiro, Bernardinho colocou alguns jogadores do banco, como Lipe e Éder nas vagas de Murilo e Sidão, e o ritmo não caiu. Os êrussos já pareciam combalidos psicologicamente e não ofereceram resistência. Foi só questão de tempo para fechar a partida. 

O melhor: Bruninho. A rapidez para os levantamentos pareciam confundir os russos, muitas das vezes fora da jogada e deixando o caminho livre para o ataque. O capitão brasileiro também deu diversos aces em bolas com efeito.

O pior: Ilinykh. O ponteiro foi muito mal e só virou uma bola no primeiro set. Acabou sacado e só voltou para jogar na função de posto em função da lesão de Moroz. Atuação apagada.

Toque dos técnicos:

O forte ritmo imposto pelo Brasil logo no começo deve ter surpreendido até Bernardinho pela facilidade. Difícil imaginar o comandante brasileiro menos agitado nos gestos do que o habitual justo em um duelo contra o arquirrival. Depois de ver o time abrir oito pontos, brecou e pediu seu primeiro tempo quando essa diferença chegou a somente quatro, no 19 a 15. A parada parece ter brecado os russos, que não conseguiram mais tirar a diferença. Mesmo nos melhores momentos da equipe rival, manteve o equilíbrio.

Já o técnico russo, Andrey Voronkov, se mexia de um lado para o outro e parecia não saber o que fazer. Por várias vezes falou com os membros de comissão técnica, gritou com os jogadores.  Seu maior problema foi quando perdeu Moroz. Ficou sem oposto, já que o outro que tinha Pablov, está machucado e não foi relacionado. Sem jogadores de ofício na posição, fez quase que um revezamento entre o gigante Muserskiy e Ilinykh.

Para lembrar:

Dois jogadores deixaram a partida lesionados, um de cada lado. Pelo Brasil, Wallace saiu mancando ainda no segundo set, aparentemente com uma pancada no tornozelo. Já a Rússia perdeu o oposto Moroz, que saiu de maca depois de uma queda no final do mesmo set que o Brasil perdeu Wallace.

Brasil e Rússia ainda podem se enfrentar até mais duas vezes dentro do Mundial. Basta serem sorteados para o mesmo triangular final e depois disso se encontrarem em uma eventual semifinal ou até decisão.

A rivalidade entre russos e poloneses fez o Brasil ter seu primeiro jogo com apoio quase que maciço das arquibancadas da Spodek Arena. Foi o recorde de público do ginásio no torneio, com 10.300 pessoas.

13 de set. de 2014

Brasil vence o Candá e vai para a 3° fase do Mundial



 Em um teste importante para as pretensões no torneio, o Brasil não foi perfeito, mas venceu neste sábado o Canadá por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/23 e 29/27, em Katowice (POL), e garantiu uma das três vagas do Grupo F na próxima etapa do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei.

Classificar-se com uma rodada de antecedência era o objetivo principal, mas quando entrou em quadra a Seleção pensava também em parar Gavin Schmitt, de 2,08m. O canadense foi o maior pontuador da partida com 18 acertos, mas o time de Bernardinho cumpriu a tarefa de controlar o gigante.

Pelo lado brasileiro, o central Lucão colocou a bola no chão da quadra adversária em 15 oportunidades, sendo 14 em ataques e uma de bloqueio.

Com a vitória, o time verde e amarelo mantém a liderança do grupo F, com 18 pontos, e assegura uma das três vagas da chave para a fase seguinte da competição. Já o Canadá fica estacionado na quarta posição, com 10 pontos.

O próximo desafio do Brasil é o último e mais difícil dessa segunda fase e deve definir o líder do grupo F. Os brasileiros vão enfrentar neste domingo, às 11h30 (de Brasília), a Rússia do gigante Dmitry Muserskiy.


O jogo

O Canadá começou mais ligado e agressivo na partida e abriram, logo de cara, 5 a 1 no placar. Depois a defesa brasileira se ajustou e o jogo tornou-se mais equilibrado, com o marcador em 8/6 a favor dos canadenses na primeira parada técnica. Os times voltaram à quadra e o Brasil mostrou o porquê é um dos grandes favoritos ao título. Com boas jogadas de Murilo e Lucarelli e alguns erros da equipe adversária, a equipe verde e amarela foi para o segundo tempo técnico vencendo por 16/14. Após isso, a Seleção Brasileira ainda ampliou a vatagem e, com um ponto do central Sidão, fechou o primeiro set em 25/19.

Se o primeiro set foi determinado por momentos superiores de cada equipe, o segundo foi diferente. O equilíbrio foi a tônica e os dois times trocaram pontos e, depois das duas paradas técnicas, o placar apontou 16/15 a favor do Brasil. Nenhuma das seleções conseguiu se desgarrar no placar, e Bernardinho teve de pedir tempo quando o Canadá fez 21/20. E deu certo. Os comandados de Bernardinho voltaram melhores tanto na defesa quanto no ataque e, com um ataque do ponteiro Vissotto, fecharam a segunda parcial em 25/23.

Assim como na segunda parcial, Brasil e Canadá começaram trocando pontos no terceiro set. No entanto, os canadenses forçaram o saque a abriram 15/11 antes da segunda parada técnica. Bernardinho arrumou o time, que reagiu e empatou o jogo em 16/16.

O time do norte da América queria "beliscar" o tricampeão mundial e manteve a partida equilibrada. No entanto, o Brasil foi muito eficiente no ataque e, depois de quatro match points e um rali incrível, os comandados de Bernardinho fecharam o set, com um ponto de bloqueio, em 29/27 e a partida em 3 sets a 0.

11 de set. de 2014

Brasil alcança a 100° vitória ao bater a China no Mundial de Volei



Além de manter a invencibilidade na edição deste ano, o Brasil alcançou sua 100ª vitória em Campeonatos Mundiais, nesta quinta-feira. Em Katowice, na Polônia, o time do técnico Bernardinho garantiu a marca ao vencer a China por 3 sets a 0, com parciais de 25/14, 25/23 e 25/18. Esta foi a sétima vitória no sétimo jogo disputado pelos brasileiros no Mundial da Polônia.

O grande destaque do confronto foi Lucarelli, que terminou como maior pontuador ao anotar 19 pontos, seguido por Wallace e Lucas, com nove cada. Do lado dos chineses, quem mais marcou foi Weijun Zhong, com 14 anotados.

Com duas vitórias na segunda fase da competição, o Brasil tem folga nesta sexta-feira e volta à quadra neste sábado para enfrentar o Canadá. No domingo, a equipe jogará contra a Rússia, em duelo que encerrará a segunda etapa e que deverá sem o maior desafio da equipe brasileira.

Assim como no jogo contra a Bulgária, nesta quarta-feira, o Brasil não encontrou dificuldades no primeiro set. A única vez que a equipe ficou atrás no placar foi logo no início do jogo, quando os japoneses começaram pontuando. A partir daí, os brasileiros abriram 7/3 e não tiveram problemas para ampliar a vantagem e fechar a parcial em 25/14.

Ao contrário do primeiro, o segundo set foi mais complicado. Depois de começar perdendo, os atuais campeões conseguiram a virada com ponto de bloqueio de Wallace: 7/6. O duelo seguiu equilibrado até o Brasil abrir três pontos de vantagem (13/10), diferença que foi mantida até o placar apontar 18/15. Dispostos a empatarem, os chineses encostaram e obrigaram Bernardinho a pedir tempo. Obedecendo as recomendações do treinador, o time voltou a jogar bem e abriu 2 sets a 0.

Depois da dificuldade, os brasileiros tiveram um caminho fácil para alcançarem a 100ª vitória em mundiais. Abrindo 6/4 no início, os favoritos foram ampliando a vantagem ao longo da parcial, chegando a abrir dez pontos de diferença (18 a 8). Relaxados, eles foram sofreram poucas ameaças, deixaram os adversários marcarem no fim, mas logo sacramentaram o triunfo.


Brasil atropela Bulgária e segue invicto no Mundial
Primeira fase
01/09 - Brasil 3 x 0 Alemanha (25/21, 25/19 e 25/17)
03/09 - Brasil 3 x 0 Tunísia (25/18, 25/10 e 25/17)
05/09 - Brasil 3 x 0 Finlândia (27/25, 25/21 e 26/24)
06/09 - Brasil 3 x 2 Coréia do Sul (21/15, 25/13, 25/21, 17/25 e 15/13)
07/09 - Brasil 3 x 1 Cuba (22/25, 25/23, 25/18 e 25/17)

Segunda fase
10/09 - 11h40 - Brasil x Bulgária (25/15, 25/21 e 25/21)
11/09 - 11h40 - Brasil x China
13/09 - 11h40 - Brasil x Canadá
14/09 - 11h40 - Brasil x Rússia

10 de set. de 2014

Brasil impecável contra a Bulgaria.




O Brasil começou a segunda fase do Mundial de Vôlei de forma espetacular. Nesta quarta-feira, a Seleção Brasileira enfrentou a Bulgária e atropelou o adversário por 3 sets a 0, parciais de 25/15, 25/21 e 25/21, em Katowice (POL).

Com um estilo de jogo muito agressivo e um forte bloqueio, os comandados do técnico Bernardinho não deixaram os bulgaros jogar. Apesar de ser uma seleção muito forte defensivamente, a Búlgaria não conseguiu bloquear os ataques dos atacantes brasileiros, além de contar com uma fraca recepção.

Pelo novo regulamento, os pontos da primeira fase continuam contabilizados contra os times que se classificaram. Com isso, o Brasil chega a 12 pontos e é o líder isolado do grupo F.

Nesta quinta-feira, a Seleção Brasileira enfrentará a equipe chinesa. Na primeira fase, o Brasil teve dificuldades no jogo contra equipe asiática – o adversário na fase anterior foi a Coreia do Sul. (Crédito das fotos: FIVB/Divulgação)



7 de set. de 2014

Brasil passa por Cuba de virada.



O Brasil começou assustando o torcedor presente em Katowice, na Polônia, perdendo o primeiro set, mas depois se recuperou e conseguiu garantir a vitória no Campeonato Mundial de vôlei masculino. O time comandado por Bernardinho triunfou sobre a seleção de Cuba por 3 sets a 1, com parciais de 22/25, 25/23, 25/18 e 25/17, no encerramento da primeira fase da competição.

Já garantido na segunda fase, o Brasil ficou com a primeira posição do Grupo B, com 14 pontos. As outras seleções classificadas da chave brasileira foram Alemanha, com 12, Finlândia, com oito, e Cuba, com seis. Coreia do Sul e Tunísia deram adeus ao torneio.

Na próxima fase do torneio, o Brasil irá fazer parte da chave F. Os adversários dos brasileiros no grupo serão Rússia, Alemanha, Canadá, Bulgária, Finlândia, Cuba e China.

O jogo

Após tomar um grande sufoco contra a Coreia do Sul no sábado, o Brasil teve um começo de jogo similar contra Cuba neste domingo. A equipe brasileira foi derrotada no primeiro set por 25 a 22.

A recuperação brasileira veio nos sets seguintes. Na segunda parcial, Brasil e Cuba fizeram um duelo equilibrado, se alternando na liderança do marcado, mas os comandados de Bernardinho saíram com o triunfo por 25/23.

No terceiro set, o Brasil teve melhor domínio e não sofreu como nas parciais anteriores. A equipe brasileira impôs o placar de 25/18 sobre a seleção caribenha.

O quarto set foi amplamente do Brasil. Os jogadores brasileiros tiveram poucos erros e confirmavam os pontos, conseguindo uma boa diferença no placar da etapa contra os cubanos, vencendo por 25/17, e fechando por 3 sets a 1.

6 de set. de 2014

Porto Rico vence a Itália com grande atuação de Torres e Jackson




E teve zebra no Mundial de Vôlei. Em jogo válido pelo grupo D, o já eliminado ganhou da tricampeã Itália por 3 a 1 (19-25, 25-19, 25-23, 25-22) e conquistou a sua primeira vitória no mundial. 

Porto Rico teve grande atuação de dois jogadores: Maurice Torres, com 27 pontos e Jackson, com 20. Pelo lado da Itália, Ivan Zaytsev fez 15 pontos e não evitou a derrota. 

A Itália vai decidir a sua classificação contra os Estados Unidos na última rodada. Já Porto Rico encerra a sua participação no Mundial jogando contra o Irã.

Time reserva encontra muita dificuldade ao vencer Coréia do Sul no Mundial de Vôlei


A Seleção Brasileira vinha de grandes exibições na Copa do Mundo de Vôlei, em Katowice (POL). Porém, neste sábado, a situação foi diferente. Em duelo contra a Coréia do Sul, o Brasil venceu por 3 sets a 2, parciais de 21-25, 25-13, 25-21 e 15-13, mas teve uma imensa dificuldade para conquistar o quarto triunfo consecutivo.
Apesar da vitória, a equipe do técnico Bernardinho perdeu seu primeiro set no torneio para uma das equipes mais fracas de seu grupo e teve alguns apagões durante o jogo. Com classificação garantida desde o último jogo, o Brasil parecia mais relaxado em quadra. Contou com a instabilidade de seu adversário, que errou muito, além de não ter um poder defensivo muito forte com jogadores baixos.
Com mais um resultado positivo, a Seleção Brasileira conquistou apenas dois pontos por ter ido até o tie-break, mas ainda é o líder isolado do grupo B com 11 pontos. Em segundo lugar está a Alemanha, com nove pontos.
Agora, o Brasil voltará à quadra neste domingo, às 15h30 (de Brasília) para enfrentar Cuba. Está será a última partida da primeira fase.
A partida começou muito equilibrada. Apesar de todos acreditarem em uma grande superioridade por parte do Brasil, os sul-coreanos chegaram à primeira parada técnica na frente do placar com o 8 a 6. E assim o jogo continuou. A Coréia do Sul, que não apresentou um bom jogo desde o ínicio do torneio, parecia jogar com mais facilidade contra a Seleção Brasileira e manteve o placar a seu favor a todo instante aplicando a primeira derrota em sets para a equipe do técnico Bernardinho no torneio, fechando em 25-21.
O sul-coreanos começaram o segundo set abrindo o placar,.mas ainda em tempo, o Brasil começou a reação chegando ao primeiro tempo técnico com 8 a 3 no placar. Ainda um pouco apática, a equipe do técnico Bernardinho aproveitou os erros do adversário para estar na frente do placar. No segundo tempo obrigatório, o Brasil já tinha uma grande vantagem de oito pontos, com 15 a 7. Após a parada, a Seleção Brasileira só aumentou a vantagem até fechar a primeira parcial a seu favor em 25-13.
O Brasil começou o teceiro set como deveria ter iniciado a partida. Com domínio total do início da parcial, até abrir 5 a 2. Mas, logo em seguida, um apagão, onde os sul-coreanos chegaram ao primeiro tempo técnico do set a frente do placar com 8 a 7, deixando Bernardinho furioso. E a parada ajudou aos jogadores do Brasil a colocar os ânimos no lugar. Rapidamente a equipe voltou a equilibrar a partida, e o jogo voltou a ficar disputado ponto a ponto, assim como no primeiro set. Até que a Seleção Brasileira abriu 24 a 21 em um reação no final da parcial e fechou mais um set para ir em busca de uma vitória.
O que poderia ser o último set do jogo, começou como um pesadelo para os brasileiros. Os sul-coreanos, desde o início da parcial, ficaram a frente do placar. E, a cada disputa de ponto, a Coréia do Sul abria mais a vantagem em cima do Brasil, que não havia perdido um set ainda no torneio, mas caminhava para . Na metade do set, a Seleção Brasileira perdia por incríveis 17 a 9. Apesar do elástico placar, ainda havia possibilidade de reação, mas os comandados de Bernardinho erravam muito e acabaram, mais uma vez, perdendo um set para os sul-coreanos por 25-17.
O Brasil começou o tie-break abrindo 2 a 0 no placar, em um set que termina com quem fizer 15 pontos primeiros. Mas, logo em seguida, os coreanos viraram o placar e ficaram um ponto a frente e disputaram ponto a ponto com o Brasil a vitória da partida. Porém, após muitas dificuldades, a Seleção Brasileira conseguiu impor um jogo mais forte, voltou a frente do placar e fechou em 15-13 a parcial e a partida.

1 de set. de 2014

Brasil derruba 'canhão' alemão e vence jogo chave no Mundial de Vôlei na Polônia


Por José Ricardo Leite

Já viu disco voador? A seleção masculina de vôlei pode falar sobre isso
O 'canhão' alemão Gyorgy Grozer não faz milagre sozinho. Mesmo com boa atuação, seu time não foi páreo para a seleção brasileira, que passou fácil pelo time europeu com um 3 a 0 (25-21, 25-19 e 25-17) em sua estreia no Mundial masculino de vôlei, nesta segunda-feira, na cidade de Katowice, na Polônia.

O ponteiro húngaro naturalizado alemão, principal jogador de seu time, tem saques que chegam a 128 km/h e incomodam muito as recepções rivais. Deu seu cartão logo de visitas logo no primeiro saque, em que a defesa brasileira se complicou e viu o time rival marcar o ponto. Mas, depois disso, nem mesmo a boa atuação de Grozer foi suficiente para impedir uma fácil vitória da equipe verde e amarela.

O resultado representa um bom encaminhamento para a primeira posição em sua chave, já que a equipe considera a Alemanha o time mais forte do grupo B, que ainda tem as seleções de Cuba, Finlândia, Coreia do Sul e Tunísia. O triunfo de hoje era considerado chave para ser primeiro, vide que a seleção cubana está com uma equipe muito jovem e os outros rivais ainda estão um pouco abaixo no nível técnico. A equipe de Bernardinho volta a jogar na próxima quarta-feira, às 15h15 (horário de Brasília), com Placar UOL Esporte.

Fases do jogo: O Brasil teve sua formação inicial com Bruninho, Lucão, Murilo, Lucarelli, Wallace e os líberos Felipe e Mário Jr. O time não começou bem o primeiro set e parecia desatento. Viu o time rival abrir três pontos de vantagem e liderar até o décimo ponto. Só foi tomar a ponta em uma boa sequência de saques de Gustavo, no momento em que virou o jogo para 13 a 10. A partir daí passou a tomar conta. Conseguiu neutralizar os fortes saques de Grozer, enquanto Gustavo, Lucão e Lucarelli passaram a virar quase todas as bolas. O time dominou o restante da parcial até marcar 25 a 21.

O segundo set foi equilibrado, sem nenhum time deslanchar no placar. Mas o Brasil comandou o tempo todo. As fintas de Bruninho surtiam efeito na distribuição, e o Brasil atacava quase sempre com liberdade e o bloqueio rival fora da jogada. No fim da parcial, Bernardinho ainda fez testes ao colocar Leandro Vissotto, o levantador reserva Raphael e Lipe, que já havia entrado no fim do primeiro set. O ritmo não caiu e a equipe fechou em 25 a 19.

No terceiro set, a Alemanha passou a arriscar e forçar mais no saque. No começo não deu resultado e o Brasil recebia bem ou se aproveitava dos erros, encontrando ainda mais facilidade do que antes. Chegou a abrir 18 a 11. A tranquilidade fez Bernardinho novamente fazer testes. Raphael, Lipe e Vissotto voltaram à quadra. Mais uma vez o time soube controlar a partida até fechar em 25 a 17.

O melhor: Lucão - Junto com Murilo, foi decisivo nos momentos em que a equipe estava atrás no primeiro set ao virar bolas importantes. Depois, no segundo, foi bem no bloqueio e fez ace que deu moral ao time.

O pior: Gunthor - O grandão alemão de 2,07 m foi parado diversas vezes em que foi acionado, mesmo com o bloqueio brasileiro sendo mais baixo em algumas das disputas.

Toque dos técnicos: A primeira parada de Bernardinho foi providencial. O pior momento do time na partida foi no começo do segundo set, quando via o time alemão comandar o placar e abrir três pontos. Optou por parar o jogo no 8 a 5. Ali foi o momento de virada da equipe, que desde então não sofreu mais sustos.

Para lembrar:
A vitória tranquila não significa vida fácil para o elenco. Folga, apenas no restante desta segunda-feira. Na terça-feira a equipe já faz treinamento visando ao jogo de quarta, contra a Tunísia.