12 de out. de 2014

Brasil fica com a medalha de bronze no Mundial da Italia



O Brasil conseguiu se recuperar da derrota para os Estados Unidos no último sábado e conquistou a medalha de bronze no Mundial feminino de vôlei após muito sufoco. As brasileiras venceram a Itália por 3 sets a 2, parciais de 25-15, 25-13, 22-25, 22-25 e 15-7, e superaram a torcida, que lotou o Mediolanum Forum, em Milão.

A medalha de bronze quase escapou pelas mãos em uma virada histórica sofrida pelas brasileiras. O time massacrou as rivais no começo do duelo, mas caiu muito e sofreu para definir a partida, quase perdendo o jogo.

A torcida, que foi um gás especial para as italianas nesta reta final, fez uma linda festa mais uma vez. Apesar de ter caído muito quando o Brasil abriu vantagem, eles cresceram junto com o time e fizeram muito barulho no ginásio.

Apesar de ter ficado com o terceiro lugar, o Brasil termina o torneio com a melhor campanha. A seleção brasileira foi a única a perder apenas um jogo.

Fases do jogo: Quem esperava um início de jogo abatido do Brasil acabou se surpreendendo. As atletas mostraram que digeriram bem a derrota para os EUA e entraram em quadra dispostas a não dar chances para a Itália. Na primeira parada técnica, a seleção já tinha o dobro de pontos das italianas. Quando a diferença ficou grande, o treinador Marco Bonitta colocou Francesca Piccinini em quadra. Mas, nem a experiência da jogadora parou um Brasil quase perfeito no ataque, defesa e bloqueio. Assim, ficou fácil definir o primeiro set com dez pontos de vantagem.

A tranquilidade do primeiro set não apareceu no segundo. O jogo foi equilibrado durante todo o seu começo, o que fez com que o ginásio começasse a gritar a cada ponto italiano. O Brasil só conseguiu uma pequena vantagem graças a Dani Lins, que fez dois pontos seguidos, em uma bola de segunda e um bloqueio. Os pontos da levantadora desmontaram a seleção italiana que estacionou no 11º ponto enquanto a seleção brasileira pontuava em sequência, foram 14 bolas brasileiras até que a Itália conseguisse rodar. Aí já era tarde e a equipe de Zé Roberto definiu a parcial em 25-13.

Carregadas pela jovem Diouf, a Itália teve no terceiro set seu melhor início em uma parcial nesta partida. As italianas até chegaram a abrir uma boa vantagem, que chegaram à segunda parada com cinco pontos à frente. Neste momento, o Brasil voltou a crescer no jogo e pontuou em sequência até encostar no placar. Mas a reação foi insuficiente, pois a parcial acabou vencida pelas italianas em uma bola explorada no bloqueio de Dani Lins.

O quarto set começou melhor para o Brasil, graças a Sheilla. Dois aces e um saque que quebrou completamente o passe adversário colocaram a seleção com uma boa vantagem. Mas a diferença construída foi toda reduzida logo na sequência com as italianas até virando o placar. Um lance curioso chamou atenção na quadra. A arbitragem ficou na dúvida sobre se uma bola teria batido no chão ou no pé de Diouf e mandou a jogada voltar após marcar ponto brasileiro.

O Brasil voltou a reagir em quadra no começo do set decisivo. Quando a equipe deu a impressão de que perderia a medalha, elas cresceram de novo na partida e não deram nenhuma chance para as italianas no tie-break. Fe Garay foi a responsável por definir o duelo.

Toque do técnico: Marco Bonitta pode ser considerado o grande responsável pela reação italiana. Ao perceber que Nadia Centoni não fazia boa partida, ele resolveu apostar na jovem Diouf no fim do primeiro set. Daí para frente, ela ficou como titular e brilhou em quadra.

Melhor – Diouf: Ela tem apenas 21 anos, mas justificou o motivo dos italianos a tietarem muito depois das partidas. Ela saiu do banco de reserva para se tornar a maior pontuadora da equipe e ajudar a Itália a equilibrar a partida.

Pior – Nadia Centoni: Ela era a principal atacante da Itália nesta fase final do Mundial, mas foi praticamente nula no jogo deste domingo. Apenas um ponto no primeiro set fez com que ela perdesse o lugar para Diouf em quadra. Ela até saiu do banco e teve chances na segunda parcial, mas passou em branco. Daí para frente, ela nem retornou para a quadra.

Para lembrar

Torcida italiana. A derrota na semifinal não acabou com a empolgação na Itália. Já no aquecimento das jogadoras, o público no ginásio de Milão gritava a cada "ataque" das atletas.

Coincidência? O Brasil jogou 13 partidas neste Mundial e apenas um deles começou do lado direito da quadra. Justamente na derrota para os EUA. Neste domingo, a equipe voltou para o seu "lado da sorte".

11 de out. de 2014

Brasil tropeça na semifinal contra os EUA



A seleção Brasileira feminina de vôlei, bicampeã olímpica em 2008 e 2012, segue sem um título mundial no currículo. Neste sábado, o time de José Roberto Guimarães, que chegou às semifinais de forma invicta, perdeu por 3 sets a 0 para os Estados Unidos e ficou fora da decisão da competição disputada em Milão, na Itália. As parciais foram de 25/18, 29/27 e 25/20.

A decepção foi ainda maior porque o Brasil chegou a abrir seis pontos de vantagem no início do segundo set, com 10/4, mas sucumbiu à reação americana e perdeu a parcial de virada. Desanimadas, as jogadoras fizeram um terceiro set ruim, assim como o primeiro, e deram adeus ao sonho do título.


Brasil vinha com 100% de aproveitamento até a semifinal

Brasil e Estados Unidos, líder e vice-líder do ranking mundial, respectivamente, fizeram as finais das duas últimas edições dos Jogos Olímpicos, nas quais as brasileiras levaram a melhor e venceram. O time verde-amarelo também superou as adversárias no dia 5 de outubro, no último jogo da segunda fase. Embora o Brasil tenha vencido com facilidade na ocasião, o duelo não contava com as principais jogadoras de cada seleção, já que os técnicos optaram por utilizar as reservas.

Depois da derrota, o Brasil passa a focar na decisão de terceiro lugar, que será disputada neste domingo, às 12h30 (de Brasília). O adversário sairá do confronto entre Itália e China.

O jogo

Depois de começar vencendo, o Brasil logo sofreu a virada. Tendo dificuldades, a Seleção Brasileira encontrou uma cenário atípico no torneio. Enquanto isso, do outro lado, as americanas, com atuação surpreendente, abriram 16/10 e souberam manter a vantagem para fecharem o set em 25/18.

Dispostas a empatar, as brasileiras voltaram melhores no segundo set. Parecendo estar recuperada do susto do início do jogo, a equipe abriu 6/1 e manteve a vantagem até o final da parcial, até que as americanas reagiram, salvaram set-points e travaram um duelo muito equilibrado para conseguirem vencer e abrir 2 sets a 0.

A perda de chances e a virada no segundo set afetou a Seleção Brasileira, que não conseguiu impor seu ritmo de jogo. Encontrando dificuldades para repetir o que foi visto ao longo da competição, o time de Zé Roberto viu as adversárias abrirem boa vantagem na terceira parcial e não teve forças para correr atrás do resultado.

Com informações de Gazeta Esportiva

Brasil reedita final olímpica contra 'freguês' EUA em busca de taça inédita


Brasil e Estados Unidos sabem o que terão pela frente neste sábado na semifinal do Mundial feminino de vôlei. As duas seleções têm feito duelos decisivos na história recente da modalidade, sempre com final feliz para as brasileiras.

Em 2012 e 2008, anos em que o Brasil conquistou o bicampeonato olímpico, as americanas estiveram no caminho da seleção de José Roberto Guimarães. As duas derrotas dos EUA aconteceram na grande decisão.

Mas, os duelos entre ambos não param por aí. Só neste ano, Brasil e Estados Unidos estiveram frente à frente em sete jogos, em várias dessas oportunidades sem suas principais jogadoras.

E em 2014, a vantagem é americana, que ganhou quatro desses duelos. No entanto, as vitórias não foram em grandes competições. Nas últimas três vezes que as equipes se enfrentaram (duas no Grand Prix e uma no Mundial), o Brasil ganhou.

São exatamente esses jogos recentes que faz com que José Roberto Guimarães acredite que o confronto deste sábado será duro.

"Eles nos conhecem, e nós também. Como o Kiraly (técnico dos EUA0 disse na primeira entrevista, nós o conhecemos e eles também nos conhecem. Então, é um jogo sempre duro", disse o treinador brasileiro.

Ao comentar as qualidades de seu adversário, José Roberto Guimarães ressaltou a velocidade americana e seu poder de reação.

"É um time que tem um grande volume de jogo. É o time que joga com mais velocidade e, logicamente, é um time difícil de ser marcado pela velocidade e pela qualidade das jogadoras. Jogou mal contra a Itália, perdeu por 3 a 0, se recuperou contra a Rússia. O time dos Estados Unidos é isso: volta rápido, porque tem algumas jogadoras maduras e equilibradas que dão o ritmo do time", finalizou.

Brasil e Estados Unidos entram em quadra às 12h30 deste sábado em busca de uma vaga na final. Quem vencer enfrentará o ganhador de Itália e China no domingo.

Brasil vence a República Dominicana e vai invicto à semifinal do Mundial




O Brasil venceu seu 11º jogo no Mundial de vôlei feminino nesta sexta-feira. Dessa vez, a vitória veio contra a República Dominicana por 3 sets a 0, parciais de 25-19, 25-21 e 25-17, e confirmou a seleção de José Roberto Guimarães como líder do grupo na terceira fase.

O jogo foi muito mais fácil que qualquer torcedor brasileiro poderia esperar, afinal, a partida valia a classificação para a República Dominicana. Essa derrota tirou as caribenhas da competição e garantiu a China na semifinal.

Agora, a seleção brasileira vai pegar os Estados Unidos na semifinal. O confronto será às 12h30 (horário de Brasília) deste sábado. Depois disso, Itália e China se enfrentarão. No domingo, o Mundial terá sua decisão.

Fases do jogo: A República Dominicana entrou em quadra ainda abatida pela derrota de virada para a China. Era visível a dificuldade do time caribenho em atacar e seus primeiros pontos vieram apenas em erros de saques brasileiros. Enquanto isso, a seleção ia construindo uma boa vantagem no marcador, em boa parte graças a Fabiana, que fez seis dos 12 primeiros pontos do Brasil. A equipe de Zé Roberto só sofreu sustos quando chegou ao 22º ponto, quando sofreu três contra-ataques seguidos. Mesmo assim, nada que pudesse tirar a parcial do time.

A facilidade do set inicial foi encontrada novamente na segunda parcial. O Brasil não sofria sustos e conseguia marcar pontos de saque e bloqueio com muita facilidade, como aconteceu em jogadas de Dani Lins e Sheilla. Com o tempo, a tranquilidade no placar foi aumentando até que virou desconcentração por parte das brasileiras. Ao chegar ao 23º ponto, a diferença brasileira era de sete pontos e ela caiu para apenas dois com uma sequência de erros, que acabou em um ataque de Sheilla. Novamente a reação dominicana foi em vão.

No terceiro set, a situação brasileira ficou um pouco mais difícil, com o placar apertado no começo, mas nada que assustasse a equipe. Bastou um pouco mais de capricho e bons saques de Sheilla para o Brasil construir novamente uma grande diferença, o que foi suficiente para definir o jogo. O último ponto brasileiro na terceira fase veio das mãos de Fe Garay.

Toque do técnico: Antes do duelo, José Roberto Guimarães alertava para a ameaça que De La Cruz era para o Brasil. A atleta havia saído de quadra do jogo contra a China com quase 40 pontos. Por isso, o treinador orientou suas jogadoras a forçarem o saque em cima da atleta para tentar tirá-la do ataque.

Melhor – Sheilla: Ela tinha um desempenho muito inconstante ao longo de todo campeonato. Alternava bons momentos com jogadas muito ruins. Mas, nesta tarde ela foi a melhor em quadra. Pontuou no ataque, no bloqueio e no saque e ajudou o Brasil a conquistar a vitória tranquila.

Pior - De La Cruz: Se saiu de quadra contra China chamando a atenção por ser excelente desempenho em quadra, a jogadora sumiu contra o Brasil. Pontuou muito pouco e errou ataques e passes.

Para lembrar

Pausa. O jogo chegou a ficar paralisado por muitos minutos, com as jogadoras se movimentando em quadra para manter o aquecimento. A arbitragem questionava o rodízio brasileiro, mas depois da pausa perceberam que ele estava certo.

Defesa. Chamada de Gamova do Caribe por seu treinador, Martinez mostrou sua dedicação em uma bola que foi buscar no fundo da quadra. Ela levantou com dores na mão e mesmo assim voltou ainda para atacar, mas a tentativa acabou indo para fora.

Campanha. Apesar de estar eliminada do Mundial, as atletas da República Dominicana podem se vangloriar de terem feito a melhor campanha da história do seu país.

Título só invicto. Como o Brasil disputará apenas a semifinal e final pela frente, o título inédito virá com direito a vitória em todas as partidas da competição.

8 de out. de 2014

Com atuação de gala Brasil bate a China por 3x0.



A seleção Brasileira feminina de vôlei segue imbatível no Campeonato Mundial da Itália. Nesta quarta-feira, depois de nove vitórias em nove jogos na competição, a equipe comandada por José Roberto Guimarães estreou na terceira fase e não deu a mínima chance para a tradicional seleção chinesa: com atuação muito segura desde o primeiro ponto, triunfou por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/16 e 25/15, em Milão, e ficou muito perto das semifinais.

Isto porque a terceira fase do Mundial de Vôlei classifica as duas primeiras colocadas de cada triangular para as partidas de mata-mata. Com a vitória desta tarde, o Brasil pode até avançar com uma derrota para a República Dominicana, na próxima sexta-feira, às 12h30 (de Brasília). Tudo depende do resultado do embate entre chinesas e dominicanas, na quinta. Se as centro-americanas triunfarem, a Seleção já estará automaticamente qualificada. Se as asiáticas levarem a melhor, porém, o Brasil corre riscos (remotos) de ser eliminado se perder na sexta.

A Seleção Brasileira provou em quadra, nesta quarta-feira, que mereceu todo o favoritismo que recebeu da imprensa quando o Grupo G do Campeonato Mundial de Vôlei foi sorteado, na segunda. Claramente mais forte fisicamente, o time de José Roberto Guimarães não deu respiro às chinesas, que tiveram dificuldades para pontuar desde o início do jogo. Apesar de terem chegado ao duelo com boa campanha (oito vitórias e uma derrota) no torneio, as asiáticas foram dominadas pelo bloqueio brasileiro e nunca ameaçaram o triunfo verde e amarelo.

O primeiro set já dava indícios do que aconteceria em todo o jogo. A Seleção Brasileira começou a partida em ritmo acelerado e fechou a parcial rapidamente. O último ponto foi anotado no erro de saque de Xu. O Brasil manteve a superioridade no segundo set e, apesar de ter relaxado e permitido reação chinesa em certo momento, readquiriu a boa forma na parte final e fechou sem mais problemas. Na terceira parcial, José Roberto deixou as titulares em quadra durante a maior parte do tempo e viu a partida ser finalizada com ainda mais facilidade.

Dani Lins, com grande visão de jogo e boa distribuição nos levantamentos, foi o destaque da partida, que ainda teve as centrais Thaísa e Fabiana como protagonistas. Camila Brait defendeu bem como sempre e Jaqueline e Sheilla contribuíram como coadjuvantes de luxo. O Brasil dominou as estatísticas nos pontos de ataque (49 a 33), bloqueio (11 a 2) e de saques (5 a 2). Além disto, errou menos que as chinesas (9 a 13). Se esse nível de atuação se repetir na Itália, certamente será muito difícil tirar o primeiro título mundial da Seleção Brasileira.




6 de out. de 2014

Motivos para acreditar que o Brasil finalmente será campeão



O Mundial de vôlei feminino inicia nesta semana sua terceira fase. Após duas semanas de disputas, apenas seis times seguem em quadra em busca do título da competição.

O Brasil, que passou para a última fase na liderança de sua chave, segue em busca do único título do vôlei que falta em sua galeria. E, até aqui, a equipe mostrou qualidades que a colocam entre as favoritas ao título.

Antes de chegar ao título, a seleção brasileira terá de passar pela terceira fase em um grupo formado por China e República Dominicana. Itália, Rússia e EUA duelam do outro lado. As duas melhores de cada chave passa para as semifinais.

Motivos para acreditar que o Brasil finalmente será campeão

Invencibilidade
O Brasil é a única seleção que não foi derrotada nesta competição. Até quando esteve com reservas, como contra EUA e Camarões, a equipe de José Roberto Guimarães saiu como vitoriosa. As americanas e as chinesas também mantiveram por longo tempo o 100%, mas caíram no último jogo da segunda fase.

TorcidaO treinador José Roberto Guimarães disse antes do começo do torneio que esperava o apoio do público italiano e ele tem acontecido durante toda a competição. Contra a Rússia, Dani Lins chegou a dizer que parecia que estava jogando no Brasil. Essa torcida só deverá diminuir em um possível duelo contra a Itália, dona da casa, que não acontecerá antes da semifinal.

AlgozA única seleção a vencer o Brasil durante o Grand Prix deste ano foi a Turquia, e a seleção turca já foi eliminada deste Mundial. Durante a primeira fase, ela também deu trabalho para o time de José Roberto Guimarães, que só conseguiu vencer no tie-break. Aliás, este jogo foi o único em que as brasileiras não ganharam os três pontos.

DefesaMuito se questiona o sistema defensivo brasileiro, mas a realidade é que Camila Brait e Jaqueline aparecem como as duas melhores neste quesito dentre as atletas que disputarão a terceira fase da competição. A líbero, que atuou em todas partidas até aqui, aparece na liderança das estatísticas da FIVB.

Time da viradaEm mais de uma oportunidade, o Brasil saiu atrás do placar, como aconteceu em jogos contra a Turquia e a Sérvia, mas mesmo assim a seleção brasileira mostrou disposição para buscar a virada e sair vitoriosa. Ante as turcas, o placar chegou a mostrar 2 a 0 contra, mas a seleção conseguiu uma boa reação.


Um dos principais problemas do Brasil no começo da competição, o bloqueio começou a funcionar. Prova disso é que a seleção possui duas das cinco melhores neste fundamento. Thaísa aparece como a melhor da competição, enquanto Fabiana é a quarta. No jogo mais temido, ante a Rússia, as duas pontuaram várias vezes neste fundamento.

3°Fase:. Brasil caí na chave mais fácil e enfrentarão China e República Dominicana na briga pela semifinal.



O Brasil se deu bem no sorteio dos grupos da terceira fase do Mundial feminino de vôlei. As comandadas de José Roberto Guimarães tiveram sorte, caíram na chave mais fácil e enfrentarão China e República Dominicana na briga pela semifinal.

O primeiro duelo do Brasil será contra as chinesas na próxima quarta-feira. A seleção terá um descanso na quinta-feira antes de encarar a República Dominicana na sexta-feira. O dia livre brasileiro terá o confronto entre dominicanas e China.

Em seus dois dias de disputa, o Brasil fará o primeiro jogo no ginásio de Milão. Depois das brasileiras, as italianas entrarão em quadra para enfrentar seus adversários.

Contra a República Dominicana, o treinador José Roberto Guimarães encontrará um velho conhecido. Marcos Kwiek. Os dois trabalharam juntos na seleção brasileira entre 2003 e 2007.

A República Dominicana chega à terceira fase como a maior surpresa da competição. Em seu trajeto, elas conseguiram inclusive uma vitória sobre as italianas, ainda na primeira fase.

Já a China se mostrou um adversário sólido durante toda a competição. As asiáticas só perderam a invencibilidade na última rodada da segunda fase quando enfrentaram a Itália, donas da casa.

A outra chave terá equipes mais complicadas. Estados Unidos, Rússia e Itália formam o grupo.

Curiosamente, o sorteio acabou por não repetir nenhum dos duelos que os dois cabeças-de-chave tiveram até aqui. A terceira fase apenas inverteu Itália e Brasil de grupos

5 de out. de 2014

Apresentação de gala das reservas brasileiras contra os EUA








O Brasil manteve sua invencibilidade no Mundial feminino de vôlei, mesmo utilizando seu time reserva contra os EUA, que não tinham perdido até aqui. Em Verona, neste domingo, a vitória foi de 3 a 0, parciais de 25-23, 25-22 e 25-21 e garantiu as brasileiras na liderança da chave.

O primeiro lugar não rende nenhuma grande vantagem para as seleções na terceira fase. A única coisa é que o time sai como cabeça-de-chave e não corre o risco de enfrentar o líder do outro grupo, que será ou a Itália ou a China.

A partida entre EUA e Brasil era uma das mais esperadas da segunda fase do Mundial, mas ela acabou sem as principais estrelas pela pouca importância que o duelo passou a ter com ambas as equipes classificadas. Por isso, os dois times entraram em quadra com o foco principal em descansar suas atletas.

Agora, o Brasil tem garantido ao menos dois dias de descanso. Dependendo do sorteio que será feito nesta segunda-feira, o time pode ficar até quinta sem atuar.

Fases do jogo: O time formado quase todo por reservas parece não ter sentido o pouco entrosamento. Elas, que só estiveram em quadra contra Camarões todas juntas, começaram em cima dos EUA e com uma ligeira vantagem. Logo, as americanas, que tinham uma mistura de reservas e titulares passaram à frente. Mesmo assim, o equilíbrio permaneceu em quadra até o 22 a 22. Dois erros das americanas colocaram as brasileiras em vantagem para fechar em 1 a 0.

O ritmo do duelo mudou pouco para o segundo set, e o jogo continuava muito equilibrado. A grande alteração foi que Adenizia começou a jogar e pontuar para o Brasil. Com isso, a seleção começou a se distanciar um pouco mais na liderança do marcador. E foi justamente das mãos de Adenizia, em um ponto de bloqueio, que a seleção fechou a segunda parcial.

A equipe americana começou melhor o terceiro set e abriu uma ligeira vantagem, que acabou em uma bola de segunda de Carol, que rendeu muitos aplausos da torcida. E assim como nas outras duas parciais, o equilíbrio foi muito grande até a reta final. Para sorte das brasileiras, novamente foram elas que conseguiram abrir vantagem no fim e ganhar o duelo, em um lance de ataque de Adenizia.

Toque do técnico: Com medo de perder atletas para a reta final da competição, o técnico José Roberto Guimarães escalou o time quase todo reserva. Apenas Camila Brait apareceu entre as titulares. Jaqueline, que ficou fora de alguns treinos, nem relacionada foi.

Melhor – Fabiola: O desempenho da levantadora deixou as atacantes brasileiras em excelentes condições para atacar. Além disso, ela foi extremamente importante na pontuação da equipe, com duas bolas de segunda e um de bloqueio só no primeiro set.

Pior – Courtney Thompson: A americana teve um aproveitamento muito ruim em seus passes, ela chegou a errar duas vezes a recepção apenas na segunda parcial. Não atoa, as brasileiras a exploraram muitas vezes sua recepção.

Para lembrar

Hino. Pela primeira vez na competição, foi possível ouvir muitos brasileiros cantando o hino nacional enquanto ele era executado no ginásio.

Placar travado. No início do segundo set, o placar eletrônico do ginásio travou e as responsáveis pela pontuação passaram a usar a velha plaquinha para indicar quanto estava o jogo. Mais curioso é que o telão seguiu por um longo tempo mostrando o resultado errado.

Brasil vence Rússia e está garantido na terceira fase


A seleção brasileira feminina de vôlei segue invicta e está classificada para a terceira fase do Campeonato Mundial. Neste sábado, após uma incrível virada na quarta parcial, o Brasil venceu a Rússia por 3 sets a 1 (25/17, 27/25, 25/19 e 27/25), em Verona, na Itália. Com o resultado, o time verde e amarelo alcançou a oitava vitória consecutiva na competição.

No momento, o Brasil aparece em segundo lugar no grupo F, com 17 pontos. Os Estados Unidos lideram com 18, a Sérvia está em terceiro, com 11, a Rússia em quarto, com 10, a Turquia em quinto, com sete, a Bulgária em sexto, com seis, a Holanda em sétimo, com três e o Cazaquistão em oitavo, sem pontos. As três melhores equipes do grupo passarão à terceira fase.

Neste domingo (05.10), as brasileiras duelarão com os Estados Unidos pelo primeiro lugar do grupo F. A partida será disputada às 15h (horário de Brasília) com transmissão ao vivo do SporTV. Brasil e EUA já estão garantidos na próxima fase. Também amanhã, a Sérvia duelará com a Rússia e a equipe que vencer o confronto será a última classificada da chave.

O grupo E já tem as três seleções classificadas para a terceira fase: Itália, China e República Dominicana. As italianas enfrentarão as chinesas também neste domingo pelo primeiro lugar do grupo.

No confronto contra a Rússia, a central Thaísa foi a maior pontuadora, com 22 acertos (12 de ataque, sete de bloqueio e três de saque). A ponteira Jaqueline, com 16, e a bicampeã olímpica Fabiana, com 13, também tiveram boas pontuações. Pelo lado da Rússia, os destaques foram a ponteira Kosheleva, com 21, e a oposto/ponteira Goncharova, com 20.

A bicampeão olímpica Thaísa fez questão de parabenizar o grupo brasileiro pela vitória contra a Rússia.

"Fiquei feliz do nosso bloqueio ter funcionado em momentos importantes da partida. Hoje, foi muito legal termos conseguido essa virada no quarto set. Isso só mostra a força e a união do nosso grupo. Foi a vitória de uma equipe", garantiu Thaísa.

Responsável por uma incrível sequência de saques que ajudou o time verde e amarelo a virar um set que chegou a estar perdendo por 21/10, a ponteira Gabi elogiou a postura da equipe brasileira.

"O jogo de hoje mostrou a força do nosso grupo. Somos 14 jogadoras. Nós conseguimos reverter um momento difícil e mostramos que não tem bola perdida para o nosso time. Estamos trabalhando muito e queremos esse título", disse Gabi, que também comentou sobre o confronto contra os Estados Unidos neste domingo.

"É uma partida importante que vale o primeiro lugar do grupo. O jogo de hoje nos deu ainda mais motivação para a partida contra os Estados Unidos. As norte-americanas têm um jogo diferente em relação a Rússia, com muita velocidade e bolas rápidas", analisou Gabi.

O treinador José Roberto Guimarães fez uma análise da vitória das brasileiras sobre as russas.

"No segundo set, nós estávamos ganhando e acabamos perdendo no final. No quarto, aconteceu o contrário, estávamos perdendo por 20/11, e viramos o placar. Isso foi muito importante. O voleibol é um esporte fascinante porque permite vitórias como essa. O time teve um bom aproveitamento defensivo e o nosso saque funcionou em momentos importantes", disse José Roberto Guimarães.

O JOGO

O Brasil começou bem no saque e fez 3/0. Com dois bloqueios seguidos, a Rússia encostou (3/2). A central Fabiana se destacava no ataque e o time verde e amarelo foi para o primeiro tempo técnico com quatro de vantagem (8/4). Quando as brasileiras venciam por 15/10, o treinador russo inverteu o 5-1 e colocou a levantadora Startseva e a oposto Gamova em quadra. As substituições fizeram bem ao time europeu que encostou (15/13). Nesse momento, as atuais campeãs olímpicas voltaram a bloquear e sacar com eficiência e fizeram 20/13. A ponteira Gabi entrou para sacar no lugar da central Fabiana e fez um ace (22/14). O Brasil seguiu melhor até o final e venceu o primeiro set por 25/17 numa bola de segunda da levantadora Fabíola.

O Brasil manteve o bom momento no início do segundo set e fez 8/2. Com um contra-ataque da oposto Sheilla, o time verde e amarelo abriu oito (11/3). Bem no bloqueio, as russas encostaram (12/10). O treinador José Roberto Guimarães inverteu o 5-1. Entraram Fabíola e Tandara e saíram Sheilla e Dani Lins. A substituição fez bem as atuais campeãs olímpicas que foram para a segunda parada técnica com dois de vantagem (16/14). O final da parcial foi extremamente equilibrado, mas as russas foram melhores nos momentos decisivos e venceram o segundo set por 27/25.

O terceiro set começou equilibrado. Com Jaqueline se destacando no ataque e no bloqueio, as brasileiras abriram três (8/5). Quando o time verde e amarelo fez 12/8, o técnico russo pediu tempo. O bloqueio brasileiro parava os ataques da Rússia e as atuais campeãs olímpicas fizeram 21/15. A central Thaísa brilhou na parte final da parcial e ajudou as brasileiras a fecharem o set por 25/19.

A Rússia iniciou bem o quarto set e fez 6/2. O técnico José Roberto Guimarães pediu tempo. Com dois bloqueios seguidos, as russas fizeram 10/4. Depois de um longo rally, as brasileiras encostaram (12/8). Quando o time europeu vez 15/9, o treinador brasileiro trocou as ponteiras. Entrou Natália e saiu Fê Garay. O Brasil conseguiu uma incrível reação no final da parcial e venceu o set por 27/25 e o jogo por 3 sets a 1

EQUIPES

BRASIL – Dani Lins, Sheilla, Fê Garay, Jaqueline, Fabiana e Thaísa. Líbero - Camila Brait

Entraram: Fabíola, Tandara, Natália e Gabi

Técnico: José Roberto Guimarães

RÚSSIA - Shcherban, Gonchareva, Kosianenko, Fetisova, Kosheleva e Podskalnaya. – Líbero – Malova

Entraram: Gamova e Startseva

Técnico: Yuri Marichev

GALERIA DE FOTOS:

TABELA - Primeira fase:

23.09 - Brasil 3 x 0 Bulgária (25/19, 25/22 e 25/16)

24.09 - Brasil 3 x 0 Camarões (25/14, 25/15 e 25/18)

25.09 - Brasil 3 x 0 Canada (25/14, 25/8 e 25/18)

27.09 - Brasil 3 x 2 Turquia (17/25, 22/25, 25/19, 25/21 e 15/10)

28.09 - Brasil 3 x 1 Sérvia (24/26, 25/21, 25/19 e 25/23)

Segunda fase:

01.10 - Brasil 3 x 0 Cazaquistão (25/22, 25/22 e 25/18)

02.10 - Brasil 3 x 1 Holanda (23/25, 25/20, 25/16 e 25/16)

04.10 - Brasil 3 x 1 Rússia (25/17, 25/27, 25/19 e 27/25)

05.10 - Brasil x Estados Unidos às 15h (horário de Brasília) - SporTV

De Verona, na Itália, Vicente Condorelli – 04.10.2014

1 de out. de 2014

Brasil sua, mas vence Cazaquistão e segue invicto no Mundial


Era para ser um treino de luxo, mas o duelo contra o Cazaquistão acabou exigindo foco a todo momento da Seleção Brasileira na abertura da segunda fase do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei. Mesmo assim, nesta quarta-feira, a equipe brasileira venceu as asiáticas por 3 sets a 0, com parciais de 25/22, 25/22 e 25/18, em Verona (ITA), pelo Grupo F.

Esta foi a sexta vitoria da equipe no torneio. O próximo desafio é nesta quinta-feira, contra a Holanda, às 15h (de Brasília). Será o último confronto antes das pedreiras Rússia e Estados Unidos, no sábado e no domingo.

O time brasileiro entrou em quadra com todo o favoritismo, mas as asiáticas mostraram desde o início que tinham armas poderosas. Elas até saíram na frente após um bloqueio no ataque pelo meio de Fabiana e repetiram o golpe numa china da mesma brasileira, fazendo 7-6. Mas logo as comandadas de Zé Roberto assumiram a vantagem com alguma folga. Com bons ataques de Fernanda Garay, a Seleção ampliou a diferença para quatro pontos. As cazaques não desistiram, mas o Brasil largou na frente em ataque de Garay, fazendo 25/22.


O cenário não mudou no segundo set. O Cazaquistão entrou no mesmo embalo, com destaque para os bloqueios, que até aquele momento já haviam assombrado as brasileiras cinco vezes. A Seleção ainda cometia erros bobos. Foi aí que começou a aparecer o talento de Thaisa. Com bons ataques e um ace, a central fez o Brasil abrir dois pontos no placar. Mas o bloqueio das asiáticas dava trabalho, e até Jaqueline, melhor atacante da competição, tinha dificuldade. A solução foi devolver no mesma moeda. Foi o que fez Thaisa para fechar a parcial.



Zé Roberto voltou para o terceiro set com Natália no lugar de Fernanda Garay. E o jogo continou apertado até o décimo ponto. Jaqueline explorou bem o bloqueio e fez 10/7. Depois, a partida ficou fácil pela primeira vez. Natália foi entrando no ritmo e soltou o braço pelo fundo. Apesar de ter mostrado a falta de ritmo na recepção em alguns momentos, não comprometeu. A vitória veio com um erro de ataque da central Omelchenko.