11 de mai. de 2016

EUA são favoritos na briga pelo ouro, mas há brechas para vencê-las


As americanas são as atuais campeãs mundiais (foto: FIVB)
Dos grandes adversários do Brasil na corrida pelo ouro nas Olimpíadas do Rio, os Estados Unidos foram os últimos a divulgar sua lista de atletas (veja mais abaixo). Alguns fãs brasileiros podem questionar a ausência da ponta Alix Klineman, jogadora do Dentil/Praia Clube, maior pontuadora da Superliga 2015/2016. Mas Alix jamais foi convocada para a seleção A dos EUA nem foi cogitada pelo técnico Karch Kiraly.
Talvez cause alguma estranheza o nome de Courtney Thompson entre as quatro levantadoras que serão testadas no GP, depois de suas atuações inconstantes pelo Rexona Ades na Superliga. Na semifinal, ela acabou perdendo espaço para Roberta Ratzke e foi dispensada pelo clube após o final da temporada. Porém, Thompson é um nome constante na seleção dos EUA desde o ciclo olímpico anterior, tendo sido a reserva de Lindsey Berg em Londres 2012. Neste ciclo, foi campeã mundial, novamente como suplente, desta vez de Alisha Glass. No pré-olímpico da Norceca (Confederação da América do Norte, Central e Caribe), Thompson também estava lá.
Time a ser batidoMuitos veem os EUA como o time a ser batido pelas brasileiras, embora ressaltem a força de Rússia e China, além da ascensão da Sérvia no ano passado, que culminou com o vice-campeonato na Copa do Mundo.
Sob o comando de Kiraly, os EUA conseguiram quebrar a escrita de jamais terem vencido nada além de GPs ao conquistar o Mundial 2014, com direito a um contundente 3-0 sobre o favorito Brasil na semifinal.
A conquista de um torneio desse porte, depois de bater na trave algumas vezes, aumentou a confiança das jogadoras, segundo a central Foluke Akinradewo.
Veio 2015 e os EUA levaram, em casa, o Grand Prix, com um voleibol ainda mais rápido do que na temporada anterior, mas medindo forças contra seleções B de seus principais adversários – das então titulares do Brasil, apenas Dani Lins esteve em Omaha, Nebraska, nas finais do GP.
Semanas depois, na Copa do Mundo, veio o baque. Com duas vagas para o Rio 2016 em jogo, as americanas ficaram em terceiro. Até superaram as campeãs chinesas, mas foram surpreendidas pela perigosa (mas instável) Sérvia por 3-2 e perderam em sets diretos para a Rússia na última rodada, sendo obrigadas a disputar o pré-olímpico da Norceca.
Esse tropeço, no entanto, não diminuiu o status de favorito dos EUA, que vêm ao Rio de Janeiro em agosto dispostos a finalmente conquistar o ouro que viram ficar com as brasileiras em Pequim 2008 e em Londres 2012.
Mas apesar de uma velocidade atípica, de um sistema defensivo sólido, com um bloqueio eficiente, de saques que minam a linha de passe adversária e de contar com algumas das melhores atacantes do mundo, os EUA podem ser contidos, como mostraram russas e sérvias.
Pontos fracosResta pouca dúvida que o time montado por Karch Kiraly, lenda como jogador nas duas últimas décadas do século XX, é o mais consistente do mundo. Porém, há aspectos que podem ser explorados.
A levantadora Alisha Glass segue a cartilha do treinador e acelera ao máximo o jogo, mas a recepção dos EUA pode ser quebrada, como vimos no Japão, durante a Copa do Mundo – a ponta Kim Hill foi o principal alvo das sacadoras adversárias e sua eficiência não é a mesma das colegas de linha de passe.
Hoje, é verdade, a recepção americana é menos vulnerável do que no ciclo anterior, quando tinham uma líbero frágil como Nicole Davis. Tanto Kayla Banwarth como Natalie Hagglund são superiores à antecessora.
Há outros pontos dos quais os adversários podem se beneficiar. A própria Glass, que vê Carli Lloyd se aproximar como sua principal concorrente, peca às vezes na precisão em meio a correria do jogo americano. Lloyd, diga-se, fez boa temporada na Itália, atuando pelo Casalmaggiore, que conquistou a Liga dos Campeões da Europa. Mas Carli Lloyd não tem experiência como titular da seleção em grandes torneios, o que pode ser um problema, caso ela venha a tomar o lugar de Glass, algo não tão provável.
Na saída de rede nenhuma das três que estão na corrida têm o alcance e a potência de Destinee Hooker, que após dois partos, passagens pela inexpressiva liga porto-riquenha e pela razoável liga sul-coreana, além do seu comportamento errático, é uma sombra do que foi. Aquela Hooker foi neutralizada pelo Brasil em 2012. E era, não tecnicamente mas em eficiência, superior às opostas americanas de hoje, que embora com mais recursos do que Hooker não chegam a assustar, por exemplo, como a russa Nataliya Goncharova ou a juvenil sérvia Tijana Boskovic. As três americanas relacionadas por Kiraly se adequam ao seu jogo rápido, mas a ausência de uma matadora no time dos EUA é um alento.
O que vem por aíO primeiro passo na temporada de seleções classificadas para as Olimpíadas é, entre os torneios oficiais, a disputa do Grand Prix, que começa dia 9 de junho. Mas o foco, claro, é o Rio 2016, cujo torneio de vôlei feminino começa em 6 de agosto. Entre os principais favoritos, a China havia sido a primeira a convocar suas jogadoras, seguida pelo Brasil e depois a Rússia.
Confira a lista divulgada esta semana pela Federação Americana com 22 atletas, que já estão treinando em Anaheim, na Califórnia. Nenhuma surpresa entre os nomes.
Levantadoras: Alisha Glass, Carli Lloyd, Courtney Thompson e Molly Kreklow
Opostas: Karsta Lowe, Kelly Murphy e Nicole Fawcett
Ponteiras: Cassidy Lichtman, Jordan Larson, Kelsey Robinson, Kimberly Hill, Krista Vansant, Kristin Hildebrand e Megan Hodge-Easy
Centrais: Alexis Crimes, Christa Harmotto, Foluke Akinradewo, Lauren Gibbemeyer, Lauren Paolini e Rachel Adams
Líberos: Kayla Banwarth e Natalie Hagglund
ConeglianoNos próximos dias o Saída de Rede publicará uma análise sobre a influência do estilo de jogo americano na campanha vitoriosa da equipe do Conegliano, campeã da liga italiana, que conta com quatro atletas dos EUA. O próprio Karch Kiraly já disse que o ritmo do Conegliano, que tem como levantadora titular Alisha Glass, lembra o da seleção que ele comanda.

Por Sidrônio Henrique( Uol)

3 de mai. de 2016

Zé Roberto diz que era "monstro" com mulheres e que Rio é o maior desafio

AP

O técnico da seleção brasileira feminina de vôlei feminino, José Roberto Guimarães, relembrou um pouco sua carreira como treinador ao Fantástico, da Rede Globo e ressaltou como era difícil treinar as mulheres antigamente, sem conhecimento sobre o “mundo feminino”, além de definir a Rio-2016 como o seu maior desafio.
Zé Roberto foi sincero e disse que “deveria ser um monstro” quando assumiu a seleção feminina de vôlei. “Eu acho que trabalhar com homem é mais fácil. Com mulher tem que ler nas entrelinhas. Eu deveria ser um monstro antigamente, porque eu falava que tinha que se jogar na bola mesmo com dor nas costas. TPM? Não sabia disso e depois que eu conversei com fisioterapeutas, com ginecologista e aí entendi”, comentou o treinador.
Além de entender as mulheres, Zé Roberto e todos que trabalham com ele com a seleção feminina precisaram mudar o jeito de treina-las, o que aconteceu depois da marcante derrota para Rússia, nas Olimpíadas de Atenas, quando o Brasil perdeu após ter cinco match points.
“Quando aquela bola caiu para fora, minha vida caiu com ela. A gente tinha que entender não porque a Rússia tinha vencido, mas por que tínhamos perdido. Tínhamos que quebrar paradigmas de como treinar a brasileira e tínhamos que deixa-las muito fortes e foi o que aconteceu quando ganhamos a primeira medalha”, relembrou.
Agora na Olimpíada do Rio de Janeiro, as brasileiras são as grandes favoritas à medalha de ouro e Zé sabe muito bem o desafio de jogar em casa. “Acho que 2016 será o maior desafio das nossas vidas, a expectativa é grande e é isso que me preocupa”, completou. 

8 de abr. de 2016

Zé Roberto convoca mais do que planejado e terá de cortar 7 para Rio-20168

Zé Roberto Guimarães durante convocação da seleção brasileira de vôlei para Rio-16


O técnico José Roberto Guimarães anunciou nesta segunda-feira (04), no Rio de Janeiro, uma lista de 19 jogadoras convocadas para a temporada 2016 da seleção brasileira de vôlei feminino, que terá como principais competições o Grand Prix e a Rio-2016. O grupo é maior do que o treinador planejava, o que reflete uma série de questões com atletas (Fabíola está grávida, Léia sofreu uma lesão muscular grave, Sheilla tem atuado pouco na Turquia e Jaqueline tem um problema pulmonar, por exemplo). Com isso, ele será obrigado a fazer sete cortes no elenco até o início dos Jogos Olímpicos, em agosto.
A preparação da seleção brasileira será feita em Saquarema (RJ). Léia e Fabiana serão as duas únicas que se apresentarão nesta segunda-feira, e outras 15 atletas são aguardadas no dia 11 de abril. Fernanda Garay e Sheilla, que ainda estão em meio de temporada, devem ser integradas ao grupo apenas depois dos amistosos. Veja as convocadas:

Levantadoras: Dani Lins, Fabíola, Naiane e Roberta.
Opostas: Tandara, Sheilla e Monique
Centrais: Thaísa, Fabiana, Juciely, Carol e Adenizia.
Ponteiras: Jaqueline, Natália, Gabi, Mari Paraíba e Fernanda Garay
Líberos: Camila Brait e Léia

"Vocês sabem que eu não gosto de cortes, né? Não vamos reduzir o grupo antes porque não queremos passar por situações como tirar uma jogadora do grupo e depois precisar chamá-la de volta", disse o treinador. Em 2012, com uma dúvida entre a ponteira Natália (que foi escolhida) ou uma segunda líbero, ele deixou para fechar o elenco na vila olímpica de Londres. "Isso pode acontecer de novo, sim", completou.

Zé Roberto pode inscrever 14 jogadoras para o Grand Prix, mas a lista pode mudar a cada fase. Portanto, é possível que ele trabalhe com todo o grupo convocado. Na Rio-2016 são apenas 12 vagas – além das duas competições, a convocação desta segunda-feira servirá apenas para dois amistosos em São José dos Pinhais (PR), nos dias 27 e 29 de abril, ainda sem rival definido.

"Nós gostaríamos de trabalhar com um grupo mais reduzido, mas não podemos ficar com a conta do chá, muito em cima do número de jogadoras. Temos de pensar em vários aspectos de treinamento e de evolução técnica ou tática, mas temos alguns problemas e tivemos de tentar resolver em primeira mão. Dar oportunidade para essas jogadoras tentarem se recuperar para depois fazer um grupo definitivo. Elaboramos um planejamento de treinamento para estes quatro meses que é um pouco diferente do que fizemos nas outras vezes [ouro olímpico em 2008 e 2012]. Vamos conseguir atender esse número de jogadoras e esperamos no fim de maio ter alguma definição", explicou o treinador da equipe nacional.

Entre as jogadoras remanescentes do título de Londres-2012, a ponteira Jaqueline é uma das maiores preocupações. Além de ter feito uma temporada tecnicamente aquém do ideal, a jogadora do Sesi-SP foi internada nesta segunda-feira e ainda não sabe quando poderá se apresentar à seleção.

"Eu continuo preocupado com a Jaqueline. Hoje de manhã ela teve de passar no hospital. Ela está com um problema pulmonar. Estava marcada a apresentação dela em Saquarema, mas ela não se sentiu muito bem e está sendo avaliada neste momento no Sírio. Preocupa nesse sentido. Fisicamente a gente sempre está com atenção grande em relação a ela. É uma jogadora importante, que tem fundamentos significativos a dar para a seleção. A gente espera que ela esteja bem e que possa se apresentar o mais rápido possível", disse Zé Roberto.

Outras jogadoras, como a oposto Sheilla, tiveram temporadas atribuladas no aspecto técnico. A jogadora do Vafifbank (Turquia) chegou a criar uma rotina específica de treinamentos para estar em situação ideal para a seleção brasileira.

"Quando aconteceu o pré-olímpico em Ancara, tive oportunidade de assistir e passei quatro dias com a Sheilla em Istambul. Acompanhei os treinamentos, e a gente conversou muito sobre a preparação dela. Havia uma preocupação por ela não estar jogando, e ela sempre foi um ícone em todos os times", contou Zé Roberto. "Tenho mantido contatos semanais com ela a respeito de preparação e jogos. Notei que ela está muito voltada a disputar uma boa Olimpíada. Está se cuidando muito, dando foco à parte física, com expectativa de jogar sábado ou domingo na semifinal da Champions League", adicionou.

Fabíola também tem uma situação bem específica. A levantadora está grávida e criou um plano totalmente especial para dar à luz e recuperar a forma a tempo da Rio-2016. Ela seria a reserva imediata de Dani Lins, mas a incerteza acerca desse processo abriu espaço para Roberta (Rexona/Ades-RJ) e Naiane (Camponesa-Minas-MG).

"Sobre a Fabíola, nós estamos todos nos empenhando para que ela consiga treinar e participar. Vai depender muito do que acontecer no futuro. É necessário que seja um parto normal, ela não pode ter outro tipo de parto, e tudo tem de caminhar da melhor maneira possível para que ela tenha tempo hábil para treinamento. O tempo vai ser curto, mas por toda a experiência que essa jogadora tem a gente achou por bem tentar", encerrou o treinador da seleção brasileira.

2 de abr. de 2016

Brasileira Mariana Silva é prata em Grand Prix de judô na Turquia

Mariana Silva durante o Pan do ano passado; judoca foi prata no Grand Prix neste sábado


A brasileira Mariana Silva conquistou, neste sábado, a medalha de prata no Grand Prix de Samsun, na Turquia, na categoria até 63 kg. Foi o primeiro pódio da judoca, 28ª colocada no ranking mundial, na temporada.
O melhor resultado de Mariana foi nas quartas de final, quando ela bateu a austríaca Kathrin Unterwurzacher, quarta colocada do ranking mundial, com um ippon em 19 segundos de luta. Na final, a derrota para a francesa Margaux Pinot veio apenas no golden score.
Mesmo sem o ouro, Mariana tem o que comemorar. Até o Grand Prix de Samsun, a judoca do Minas Tênis não havia passado da segunda rodada em nenhum dos três torneios disputados em 2016. Com 172 pontos de vantagem para Ketleyn Quadros, no entanto, ela segue como favorita para a vaga brasileira na categoria até 63 kg da Rio-2016.
Além de Mariana Silva, Victor Penalber, Maria Portela e Alex Pombo também entraram no tatame neste sábado. Nenhum, no entanto, conseguiu avançar ao bloco final. Na última sexta, somente Sarah Menezes chegou ao pódio com um bronze frustrante para a atual campeã olímpica, que admitiu que esperava mais da competição.
Neste domingo, Tiago Camilo, Rafael Buzacarini, David Moura, Rafael Silva e Rochele Nunes fecham a participação brasileira no Grand Prix. 

Rio-2016 vira "sombra" na decisão do principal torneio de vôlei do país



Marcado para 9h (de Brasília) do próximo domingo (03), em Brasília, o confronto entre Rexona/Ades (RJ) e Dentil/Praia Clube (MG) definirá o título da principal competição nacional de vôlei feminino na temporada 2016. Para algumas atletas que estarão em quadra, porém, a taça da Superliga não é o único sonho extremamente próximo.
Na segunda-feira (04), pouco mais de 24 horas depois da decisão, o técnico José Roberto Guimarães divulgará convocação para a temporada 2016 da seleção brasileira e vai encaminhar a montagem do grupo que representará o país nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.
A composição da lista final para os Jogos tem apenas três grandes incógnitas, e a expectativa criada em torno disso terá reflexo direto no duelo previsto para o ginásio Nilson Nelson.

Do time que o Rexona deve mandar à quadra no domingo, a líbero Fabi, 36, é a única que não vive tensão sobre a lista de segunda-feira. Titular da seleção em dois ciclos olímpicos vitoriosos (2008 e 2012), a jogadora se despediu da equipe nacional em 2013. As outras titulares da equipe carioca (Gabi, Natália, Carol, Juciely, Monique e Roberta) sonham com uma lembrança de Zé Roberto.

"Ano olímpico é especial. Quem já figura na lista há algum tempo, como a [ponteira] Natália ou a [ponteira] Gabi, já tem uma coisa diferente. Imagina então para quem pode viver esse momento pela primeira vez. É a temporada em que todo mundo quer dar trabalho para o Zé Roberto", disse Fabi.

Roberta talvez seja representação mais clara dessa dupla ansiedade. A levantadora de 26 anos já foi reserva de nomes como Dani Lins, Fernanda Venturini e Fofão no Rio de Janeiro e passou grande parte da atual temporada no banco da norte-americana Courtney Thompson. Entrou no lugar dela no segundo confronto da semifinal contra o Vôlei Nestlé/Osasco, mudou o andamento do duelo e ascendeu à formação titular na partida seguinte.

A reserva da levantadora Dani Lins é uma das lacunas na seleção brasileira para a Rio-2016. Fabíola, favorita a essa vaga, está grávida e terá pouquíssimo tempo para se recondicionar até os Jogos. Roberta desponta hoje como maior candidata a alternativa. "Lógico que eu penso e que espero ansiosamente por essa lista, para ver meu nome lá, mas agora é um momento de final. Preciso estar focada", ponderou a atleta da equipe carioca.

Internamente, Roberta e Monique são as jogadoras do Rio de Janeiro que mais falam sobre a convocação de segunda-feira. "Por ser novidade, acho que eu converso um pouco mais. Ela também está bem apreensiva", entregou a levantadora.
O futuro de Monique nos Jogos Olímpicos, curiosamente, passa por uma companheira dela no Rexona. Natália é nome certo na lista de José Roberto Guimarães para a Rio-2016, mas é versátil e pode ocupar vaga de ponteira ou oposta.

"A ansiedade é mais para domingo. Segunda a gente vai estar de férias e pensa na lista. Um passo de cada vez", comentou Monique. A oposto fará em 2016 a primeira decisão como titular do Rio de Janeiro e enfrentará Michele, sua irmã gêmea, ponteira titular do Praia Clube.

A outra interrogação sobre a seleção para os Jogos é a terceira central. Fabiana e Thaísa, titulares da posição, serão chamadas. Carol e Juciely, ambas do Rio de Janeiro, são candidatas.
"Uma coisa que contribui muito é que a lista só sai na segunda. Ninguém vai estar animado ou frustrado no domingo. Outra questão é ter a cabeça tranquila. Tenho certeza que o Zé não vai observar só esse jogo. Ele está estudando as meninas há algum tempo", finalizou Fabi.

Tamanho da lista de segunda-feira também é um mistério

A próxima convocação da seleção ainda não é a definitiva para os Jogos Olímpicos. A lista terá as atletas que disputarão o Grand Prix de 2016 e ainda pode sofrer mutações, mas a tendência é que isso aconteça pouco.
Nos dois últimos ciclos, Zé Roberto fez convocações enxutas nessa época e mudou pouco o grupo até os Jogos. A lista desta segunda não deve ter a ponteira Fernanda Garay ou a oposto Sheilla, que estão em meio de temporada na Europa, e isso pode causar um alargamento do grupo inicial.

Guilherme Costa e Leandro Carneiro(Uol)

http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/2016/04/02/rio-2016-vira-sombra-na-decisao-do-principal-torneio-de-volei-do-pais.htm

10 de mar. de 2016

Versão pornô do UFC leva lutas a sério e tem suas próprias regras

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Uma plateia de cerca de 50 pessoas assiste à apresentação das lutadoras: a própria árbitra descreve o cartel, a posição no ranking, o nome e o apelido de cada uma. Um placar eletrônico marca o tempo de cada um dos três assaltos  e a pontuação.

Até aí, parece um combate normal de wrestling feminino. Mas, ao invés daquele macacão apertado que vemos nas Olimpíadas, elas estão de biquíni. E as diferenças para a luta tradicional estão apenas começando.
Os biquínis são arrancados logo nos primeiros minutos. Nesta luta, não são golpes que marcam pontos, mas sim carícias sexuais. A mais eficiente segundo o regulamento é o sexo oral: cinco pontos a cada 10 segundos. “A maneira mais rápida de vencer é fazer a oponente ter um orgasmo totalmente contra sua vontade”, explica a descrição do Ultimate Surrender, uma espécie de versão pornô do UFC.

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Apesar de ser um site com o objetivo de vender assinaturas para exibir conteúdo pornográfico, o Ultimate Surrender leva a sério o lado esportivo da coisa. As regras são rígidas e as garotas treinam de verdade, tanto que não são chamadas de atrizes, mas de lutadoras. O diferencial, segundo a própria página, é oferecer três rounds de luta de verdade e um de sexo explícito entre mulheres. Elas lutam para valer, por dinheiro e pontos no ranking. A vencedora ganha o direito de dominar sexualmente a perdedora, geralmente usando cintas penianas.
A fórmula vem dando certo há 11 anos. O site foi fundado por Matt Williams, que era lutador na faculdade e virou diretor de filmes pornográficos focados em bondage, fetiche em que o parceiro sexual é imobilizado. No começo, foi difícil encontrar atrizes dispostas a encarar uma luta de wrestling. Uma delas, Ariel X, começou a treinar especificamente para este tipo de combate sexual. Hoje, ela é a diretora do Ultimate Surrender.

03Ariel X é a chefona do Ultimate Surrender e também uma das lutadoras

Ariel é faixa roxa de jiu-jitsu e também pratica muay thai e sambo. Ela treina, em média, 18 horas por semana. “As lutas são extremamente reais! Nenhum vencedor é pré-determinado; todas estão lutando por orgulho, honra e, claro, mais dinheiro. Houve momentos em que lutadoras pediram para sair no meio do combate, porque não aguentaram”, vangloria-se o site.
Para tentar dar credibilidade às lutas, há regras bem específicas, seja de pontuação ou sobre o que se pode ou não fazer. Ficar em pé, dar socos ou puxar os cabelos é expressamente proibido. Uma das regras ainda reforça: “Mantenha suas risadas no mínimo. Esta é uma competição séria”. Há três divisões de peso, e os combates são divididos em três rounds de 8 minutos, sendo que o quarto round, em que a vencedora “humilha” sexualmente a perdedora, pode ter até 10 minutos.

04Divulgação de um dos torneios realizados pelo Ultimate Surrender

As melhores lutadoras não ganham cinturões, mas são declaradas campeãs da temporada. Recentemente, o Ultimate Surrender completou sua 12ª. As principais lutas são transmitidas ao vivo e têm a presença de uma plateia selecionada, composta por convidados e figurões da indústria pornográfica. Todos assinam um termo de autorização para aparecer nos vídeos, e vibram como se estivessem vendo uma luta normal. Só os gritos de motivação mudam um pouquinho. “Enfia o dedo! Pega os seios! Beija os seios!”. A seguir, o vídeo de um duelo de equipes (com trechos que podemos mostrar) dá uma ideia de como são as lutas:


Rochinha Calistênico 67 na area -Meus primeiros 10 meses na Calistenia.