8 de out. de 2012

Ary Graça, presidente da CBV e agora da FIVB, Federação Internacional de Vôlei

Primeiro brasileiro a ser eleito presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), Ary Graça vem recebendo várias mensagens de congratulação pela vitória. O dirigente venceu o americano Doug Beal e o australiano Chris Schacht no pleito realizado em 21 de setembro, em Anaheim, nos Estados Unidos.
Êle declarou recentemente que irá exigir que Bernardinho e José Roberto Guimarães sejam exclusivos a partir de 2013.
Ary entende que o tempo deve ser dedicado inteiramente e exclusivamente a seleção brasileira,portanto Bernardinho e Zé Roberto permanecem no cargo.
O dirigente quer os dois somente na seleção brasileira. Nesse caso, os técnicos teriam que optar clube ou seleção.
Ary Graça terá que fazer ajustes nos contratos com a seleção e nos contratos com os clubes para equilibrar salarios.
A entidade não tem como bancar os salários pagos nos clubes. Bernardinho e José Roberto Guimarães ganham bem mais na Unilever e no Amil/Campinas. Mesmo fora da temporada de competições pela seleção, recebem da CBV.
O mesmo se aplica aos jogadores. A maioria recebe uma quantia ‘irrisória’ da confederação e na verdade são sustentados pelos clubes. Aliás, briga antiga essa, uma vez que as empresas, como toda razão, reclamam de não poderem usar os jogadores durante a temporada. Isso sem falar quando ganham de presente problemas físicos e médicos em função dos desgaste na seleção. Dante é apenas um exemplo entre tantos.
Pressionado, Ary deve mudar em breve o calendário e tentar administrar a insatisfação dos patrocinadores.
Ainda sobre Bernardinho e José Roberto Guimarães, Ary pressiona, dá declarações, mas não terá coragem de mexer no masculino e feminino.
Não existem substitutos à altura. Giovane Gávio e Luizomar de Moura são promessas e as primeiras opções de Ary Graça.
Experiente, o dirigente sabe que a pressão por resultados na olimpíada de 2016 será ainda maior pelo fato do Brasil atuar em casa. Falta coragem e seria comprar uma briga desnecessária com a mídia. Político, Ary bate de um lado, mas faz carinho do outro.
A única chance de Bernardinho e José Roberto Guimarães saírem da seleção, é se algum deles não quiser continuar, o que não é o caso.
Competentes e vaidosos ao extremo, eles não vão largar o osso. Não agora e fazem muito bem.
Mesmo mantendo os dois no cargo, Ary não deixará de opiniar. O dirigente é a favor de uma renovação drástica na masculina e Bernardinho está ciente de que será obrigado a formar uma nova geração visando 2016.

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