4 de set. de 2013

Musinha' da seleção, Gabi revela trabalhos de novata rumo ao título

Na chegada, os apelidos. Logo, Gabi se acostumou a ser chamada de “Gabizinha”, “Bebezinho” e “Musinha”, entre tantos outros. Mais jovem da equipe do Brasil, a ponteira de 19 anos não demorou a se entrosar com as companheiras. Em quadra, também ganhou a confiança de Zé Roberto e se transformou em um dos destaques na conquista do eneacampeonato do Grand Prix. Mas, antes de iniciar seus passos na seleção, a nova estrela precisou passar pelo mesmo processo de qualquer novata.
- Não teve trote, mas tive de recolher a roupa, levar as bolas. Isso eu não consegui fugir, mesmo fazendo amizade com as mais experientes. Não me livraram dessa, não - brincou.
Gabi, seleção feminina vôlei de quadra (Foto: João Gabriel Rodrigues)Gabi exibe medalha de campeã do Grand Prix de Vôlei feminino (Foto: João Gabriel Rodrigues)
Com o primeiro título na equipe adulta, porém, Gabi deve ganhar um novo status na seleção. A ponteira, que já havia conquistado o bronze no Mundial Juvenil, chegou ao time como uma das apostas do técnico José Roberto Guimarães para a renovação rumo aos Jogos de 2016. Com personalidade, se firmou como titular e foi uma das peças fundamentais até a conquista do Grand Prix. Ela diz, no entanto, que ainda precisa melhorar para garantir seu lugar no grupo.
- É a realização de um sonho. Sempre foi meu sonho estar aqui. Queria agarrar a oportunidade, ganhar experiência com as meninas mais velhas. Jogar com meus grandes ídolos é muito importante. Estou jogando com as melhores do mundo, ganho uma experiência importante. É outro ritmo de jogo. Espero conseguir trazer isso para mim cada vez mais. Foi uma coisa atrás da outra. Tive a oportunidade de jogar a Superliga, de ser campeã da Superliga e chegar à seleção. Está tudo muito rápido. Preciso ter a cabeça boa e não achar que está demais. Tenho de ter o pezinho no chão e buscar o meu lugar – afirmou.
vôlei gabi brasil e japão grand prix (Foto: FIVB)vôlei gabi brasil e japão grand prix (Foto: FIVB)
Nesse processo de amadurecimento, Gabi destaca a importância de José Roberto Guimarães. A ponteira afirma que o treinador mostrou paciência em seu início na seleção.
- Ele me passou muita confiança, disse para acreditar, para focar nos treinamentos. A partir do momento que tenho essa confiança dele e das meninas fica muito mais fácil.
Com o bom rendimento, Gabi sabe que terá mais dificuldades nas próximas competições. Visada pelas rivais, a ponteira encara o novo status com naturalidade. E diz que saberá passar por mais uma etapa para se firmar no grupo até 2016.
- A gente acredita, mas não espera um início tão bom. Claro que a gente sonha. Mas a gente só espera, não acredita que vá acontecer tão rápido. Vão começar a estudar mais, vou ter mais trabalho. Mas é uma coisa que está na cabeça. O importante é manter o foco.
Por São Paulo

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