4 de set. de 2013

Serginho crê que campeão italiano sofreria se jogasse a Superliga

Uma das competições mais disputadas do vôlei nacional, a Superliga vem formando estrelas do esporte há 20 anos e transformando o Brasil em uma potência no esporte. Neste sábado, começam as disputas da temporada 2013/2014 da competição com transmissão do SporTV, e o "SporTV News" traz uma série de reportagens especiais sobre as duas décadas do evento, que serão completadas ao final da temporada. Se no início os jogadores não recebiam nem salário, atualmente a liga está no nível de campeonatos internacionais e Serginho, dono de três medalhas olímpicas, ouro em 2004, e duas pratas, em 2008 e 2012, crê que o campeão italiano teria problemas para jogar o torneio nacional .
- Acho que, se pegarmos hoje um time da Itália para vir jogar a Superliga, pode pegar até o atual campeão da Itália, vai sofrer aqui dentro da competição - afirmou o líbero.
Mas, antes de se tornar referência, a atual competição foi formada por dois torneios, como explica Montanaro, vice-campeão mundial em 1982 e prata nas Olimpíadas de 1984.
- Os brasileiros eram feitos pelos estados. Então, era a seleção paulista representando São Paulo, a seleção carioca, o Rio de Janeiro, e assim por diante. O campeonato brasileiro ocorria estado contra estado e não um clube contra outro - disse o ex-jogador.
Antes de ser disputada entre clubes, a competição nacional era representada por estados (Foto: Reprodução SporTV)Antes de ser disputada entre clubes, a competição era
representada por estados 
De lá para cá, muita coisa mudou. Em 1976 nasceu a primeira disputa nacional entre clubes do país, reconhecida pela confederação. Essa competição era o embrião do torneio atual e até a forma de manter os jogadores atuando foi alterada.
- Tive a honra de participar com o Paulistano no primeiro campeonato brasileiro de clubes, que aconteceu em Poços de Caldas, e nós ficamos em segundo lugar. Naquela época, a gente falar profissional é complicado porque a gente não tinha uma legislação específica, não recebíamos para jogar e treinar. Lembro que os treinos eram somente as terças e quintas-feiras de noite, dois períodos somente na semana.
Na época, as duas forças da competição eram o Atlântica Boavista, do Rio de Janeiro, e o Pirelli, time de São Paulo. E, além de se revezarem no pódio, os clubes também cediam a maioria de seus atletas para a seleção brasileira.
- Você tinha por parte da Pirelli o William, Montanaro, Xandó, aquela coisa toda. No Rio, tinha o Bernard, o próprio Bernardinho, Renan. Eram jogadores idolatrados. Tinha que revistar os quartos para ver se não tinham meninas dentro do quarto porque elas compravam os porteiros e se enfiavam dentro do quarto - relembrou José Carlos Brunoro, quatro vezes campeão brasileiro como técnico em 1981, 1982, 1983 e 1988.

Por São Paulo

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