29 de jan. de 2016

Brasil é favorito ao ouro e tem enormes vantagens', diz rival no vôlei Karch Kiraly

Vítima do Brasil na final das duas últimas Olimpíadas, mas algoz na semifinal do Mundial de 2014, na decisão do Pan de Toronto e na fase final do Grand Prix de 2015, os Estados Unidos são apontados pelo técnico da seleção feminina de vôlei José Roberto Guimarães como o time mais forte do mundo na atualidade e favorito para estar na final nos Jogos do Rio e beliscar o ouro.

A visão, porém, não é compartilhada por Karch Kiraly, o técnico da seleção americana. Dono de três medalhas olímpicas de ouro (duas no vôlei de quadra e uma na praia) e integrante do Hall da Fama, a lenda da modalidade é categórica em afirmar que a seleção brasileira é sim favorita a levar o tricampeonato olímpico.

"Eu vejo o Brasil como favorito. A seleção ganhou as duas últimas Olimpíadas, segue com a mesma base de jogadoras e o mesmo corpo técnico. Claro que não é o único time com capacidade. Estados Unidos, China e Rússia são muito bons. Será o melhor torneio de vôlei da história. Mas o Brasil tem vantagens enormes", disse Kiraly, de 55 anos, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, por telefone.

Kiraly, que foi assistente técnico da seleção americana nos Jogos de Londres-2012, terá a missão de levar os Estados Unidos ao primeiro ouro olímpico de sua história no vôlei feminino. Mas ele não vê um sabor de revanche em uma eventual final contra o Brasil no Maracanãzinho lotado, no dia 20 de agosto.

"O que posso dizer é que os Estados Unidos nunca ganharam ouro olímpico, e é meu trabalho é fazer isso acontecer o mais cedo possível. Vai ser incrivelmente difícil no Brasil, com muitos times capazes de ganhar, e que têm esta fome e desejo que temos. Mas uma certeza eu tenho: quem quer que ganhe, terá de derrotar o Brasil, e isso será uma tarefa difícil", afirmou o técnico que em 2014 conduziu as americanas ao inédito título mundial.

Ele, porém, não quis dizer se vê a atual seleção brasileira mais forte ou fraca do que venceu a medalha de ouro há quatro anos.

"No último ano, jogadoras como Thaísa, Fabiana e Sheilla não jogaram. Novas jogadoras deram as caras enquanto estas mais experientes descansavam. Então, não aprendemos muito sobre o Brasil em 2015", avaliou.
Em que pese os últimos embates entre Brasil e Estados Unidos nas grandes competições mundiais, Kiraly não vê esta como a maior rivalidade no vôlei mundial.
"Não tenho certeza disso (maior rivalidade). Não creio que os dois países jogaram tanto para dizer que é a maior rivalidade. Mas claro, Brasil x Estados é uma rivalidade muito boa, assim como Brasil x Rússia. A China também é muito forte atualmente. Não sei se há uma só rivalidade que possa se focar", afirmou.

Admirador do vôlei do Brasil e capaz de lembrar o nome de quase todos os brasileiros que foram seus rivais na final da Olimpíada de Los Angeles-1984 (quando os americanos venceram por 3 a 0), Kiraly exalta o poder do país na modalidade e acredita que será possível como anfitrião no Rio de Janeiro atingir a meta de 100% de medalhas (duas nas quadras e quatro na praia) estabelecidas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) em conjunto com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).
"Eu penso que isso é totalmente possível não apenas para o Brasil mas para os Estados Unidos também. Mas o Brasil tem grande vantagens sediando a olimpíada. Os atletas não precisam viajar a outro país, jogam na própria quadra e areia. Será uma batalha dura bater o Brasil", insiste Kiraly.

Esforço árduo para fazer o vôlei popular Apesar de os Estados Unidos terem ganho oito medalhas na história do vôlei na Olimpíada (três ouros, três pratas e dois bronzes) e de todo sucesso recente das seleções masculina e feminina, Kiraly mostra frustração ao comentar o status da modalidade dentro do país.

"Não temos muita publicidade para o vôlei nos Estados Unidos como temos em outros esportes. Também somos o único país forte no vôlei internacional que não tem a própria liga profissional. O Brasil tem, assim como a Rússia, Itália, Turquia, Japão, China, Porto Rico, Alemanha, Áustria, França. Isso para falar só alguns. Espero que isso ocorra um dia", disse.
"Estamos trabalhando duro para mudar a cultura do vôlei em nosso país, mas sabemos que é um longo processo. Em 2015, recebemos a maior competição da nossa história que foi a fase final do Grand Prix, neste ano já tivemos o Pré-Olímpico da Norceca e teremos um fim de semana do Grand Prix. O vôlei universitário está crescendo cada vez mais. Para você ter uma ideia, 17.561 viram a final do último campeonato", prosseguiu.
Questionado se seria mais difícil ganhar o ouro olímpico ou fazer o vôlei popular, Kiraly ficou em dúvida.

"É uma boa pergunta. Não sei se tenho uma resposta. Se fizermos o vôlei mais popular, a medalha de ouro será mais possível. Se ganharmos medalha de ouro, o vôlei poderá mais popular. Um feito pode ajudar o outro, e ambos são bem difíceis", concluiu.

Fábio Aleixo(Olimpíadas Uol)

19 de jan. de 2016

Tandara desequilibra e Minas vence Brasília pela Superliga

No treino que antecedeu a partida diante do Minas, a ponteira do Brasília, Paula Pequeno alertou que a torcida podia esperar por "um jogaço". A capitã do time candango estava certa. Em um jogo recheado de alternativas para as duas equipes e, sobretudo, de reviravoltas, a torcida que foi ao Ginásio do Sesi de Taguatinga presenciou uma partida eletrizante, que terminou com vitória das visitantes por 3 x 1 (22/25, 25/22, 25/22 e 25/17). 
Eleita a melhor jogadora da partida, a oposta Tandara enalteceu o trabalho dos treinos, mas admitiu a grande emoção ao voltar à cidade onde nasceu e sair de quadra com um importante triunfo.
- O Paulinho (Coco, treinador do Minas), nos cobrou bastante durante os treinos e conseguimos esse importante resultado. Pra mim, é um misto de sensações. Fico muito feliz de estar aqui, de ver toda a minha família nas arquibancadas. Mas também é uma sensação de dever cumprido por poder vencer a partida - afirmou.
Brasília x Minas, Superliga, Tandara (Foto: Lucas Magalhães)
O primeiro set teve dois momentos distintos. O Brasília começou o jogo a todo o vapor, imprimindo um ritmo veloz em quadra e não teve dificuldades para abrir 5/2 na parcial, obrigando o técnico do Minas, Paulo Coco, a parar o jogo. Na volta, as donas da casa não mudaram a postura. Com a tática bem definida, de forçar os saques na ponteira Mari Paraíba, o Brasília comandou o marcador até o segundo tempo técnico, quando vencia por cinco pontos. Nesse momento, o técnico minastenista lançou à quadra Tandara, jogadora brasiliense que integra o elenco do time mineiro. A entrada da oposta prata da casa deu ânimo novo às visitantes, que passaram a complicar a vida das brasilienses. Foi também depois do segundo tempo técnico que rallies intensos incendiaram a torcida no Ginásio do Sesi de Taguatinga. No ponto derradeiro, inclusive, foram várias defesas improváveis, que terminaram com a bola no lado brasiliense e deu às visitantes o primeiro set por 25/22. 
Na segunda parcial, quem teve início animador foi o Minas, que chegou a liderar o placar momentaneamente. A reação do Brasília não tardou e antes mesmo do primeiro tempo técnico as donas da casa já ditavam o ritmo de jogo novamente. Sem maiores problemas, as brasilienses chegaram a ter 15/11 a seu favor, quando o Minas, mais uma vez, esboçou uma reação na partida. As visitantes conseguiram, por mais de uma vez, anotar pontos seguidos, diminuindo o prejuízo no placar. O Minas chegou a ter 22/21 a favor, mas foi a vez do Brasília mostrar poder de reação e, com quatro pontos seguidos, incluindo um saque fulminante de Paula Pequeno no set point, fechar a parcial em 25/22, deixando o jogo em aberto. 
O Brasília teve mais um início promissor no terceiro set. Com autoridade, as donas da casa abriram 3/0 e fizeram com que Paulo Coco pedisse tempo e parasse o jogo. A pausa não alterou em nada o ímpeto do Brasília, que seguia firme nos ataques e na defesa. A equipe do Distrito Federal chegou a estar à frente por 10/5, mas viu o trio composto por Tandara, Carol Gattaz e Carla se tornarem protagonistas no set. As três jogadoras do Minas foram as principais responsáveis pela incrível virada na terceira parcial, quando as mineiras anotaram quatro pontos seguidos e viraram o marcador para 13/12. A partir daí, o embate ganhou muito em emoção. As duas equipes praticamente trocaram pontos até o fim do set. A exceção foi quando o Minas chegou a 24/21 e teve três set points à disposição. Com insistência, Paula Pequeno virou uma bola importante evitando o fim da parcial, o que não foi possível no ponto seguinte, vencido pelas mineiras, que fecharam o set novamente por 25/22. 
O quarto set teve um início bastante equilibrado. As duas equipes alternaram pontos na parte inicial da parcial, mas o Minas começou a deslanchar ainda antes do primeiro tempo técnico. Mesmo atrás no placar, o Brasília tentou de todas as formas lutar por uma recuperação. O Minas, entretanto, parecia não se incomodar com as investidas das donas da casa. Com uma vantagem consolidada no placar, o técnico Paulo Coco optou por promover um rodízio de suas atletas, mas manteve Tandara em quadra. Inspirada, a brasiliense continuou com um bom aproveitamento nos ataques, tendo participação decisiva na vitória por 25/17, que sacramentou a vitória do Minas por 3 sets a 1.
As duas equipes têm compromissos em São Paulo na próxima rodada da Superliga feminina. Na sexta-feira, o Minas enfrenta o Pinheiros, às 19h30, enquanto o Brasília mede forças com o Sesi, às 20h.

3 de set. de 2015

Brasil bate Canadá de virada em mais um amistoso antes do Sul-Americano

O ponteiro Lipe foi titular da seleção brasileiro no jogo desta noite, contra os canadenses
A seleção Brasileira masculina de vôlei segue firme em sua preparação para o Sul-Americano, que acontecerá em Maceió (AL), entre os dias 29 de setembro e 4 de outubro. 

Após vencer três de quatro amistosos contra os Estados Unidos, na última semana, o time verde e amarelo voltou à quadra, mas desta vez para enfrentar o Canadá, em Edmonton. 

De virada, os comandados de Bernardinho derrotaram os anfitriões por 3 sets a 1, com parciais de 23/25, 25/19, 25/16 e 25/19.

A equipe nacional começou a partida com o levantador Bruninho, o oposto Renan, os ponteiros Lucarelli e Maurício, os centrais Otávio e Isac, além do líbero Serginho. 
O Brasil volta a enfrentar o Canadá em mais um amistoso nesta quarta-feira, às 22 horas (de Brasília). A partida poderá ser assistida ao vivo no site http://www.volleyball.ca/node/4011.

O Sul-Americano que acontecerá em Maceió é a última oportunidade no ano para a Seleção masculina conquistar um título. Na Liga Mundial, o time de Bernardinho parou na primeira etapa da fase final, disputada no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho. 

Já nos Jogos Pan-Americano de Toronto, a equipe nacional, sob o comando de Rubinho, ficou com a prata ao perder para a Argentina na decisão.

25 de jul. de 2015

Brasil com os grandões passam pelos baixinhos de Porto Rico



O Brasil passou por cima de Porto Rico na semifinal do Pan-Americano de Toronto e graças a uma diferença de altura considerável entre os atleta nacionais e os rivais porto-riquenhos. A seleção brasileira, mais entrosada e confiante em quadra, venceu o jogo na altura e fez 3 a 0, parciais de 25-16, 25-17 e 25-23. Agora, o time comandado por Rubinho terá pela frente a Argentina na decisão no domingo (26), no último evento dos Jogos, às 16h, horário de Brasília.  
Com três atletas acima de 2 metros de altura no time titular - Renan, Maurício de Souza e Otávio com 2,12, 2,07 e 2,01, respectivamente - a seleção não teve dificuldades para passar pelo bloqueio adversário. Nenhum "baixinho" de Porto Rico tem mais de 2 metros de altura.
"Eles são baixo mas têm muita impulsão. Mas é o seguinte como eles têm essa impulsão, o bloqueio sempre deixava a diagonal livre. Sempre falava para eles atacarem na diagonal. Não precisava inventar na paralela", disse o levantador Murilo. "Eles saltam muito. Mas, apesar da nossa altura, foi o entrosamento e a confiança nosso com time e com levantador", completou Otávio.
E foi assim que os brasileiros abriram ampla vantagem nos primeiros sets. Na parcial inicial, Maurício, mesmo que não tenha os 2 metros, foi o maior responsável pela ampla vantagem. No seguinte, foi Renan, maior jogador de todo torneio, quem decidiu. Não por acaso, o jogador terminou a partida como o maior pontuador em quadra com 16 pontos.
O Brasil só encontrou dificuldade no terceiro set, a equipe se viu em desvantagem no placar até metade da parcial. O técnico Rubinho, que substitui Bernardinho na função, salientou na saída do jogo que previa um endurecimento da partida na terceira parcial. Não só por causa da desatenção brasileira, mas porque Porto Rico já havia feito a mesma coisa contra a Cuba. A virada veio justamente com outro gigante, Rafael, de 2,06 metros, e daí para frente foi administrar a vitória.
A seleção brasileira busca o seu terceiro título consecutivo nos Jogos Pan-Americanos. Se vencer, igualará os cinco ouros de Cuba, mas leva vantagem no número de pratas, seis a quatro.

21 de jul. de 2015

DE VIRADA, BRASIL VENCE OS ESTADOS UNIDOS E GARANTE PRIMEIRO LUGAR NO GRUPO


A seleção brasileira feminina de vôlei está na semifinal dos Jogos Pan-Americanos. Nesta segunda-feira (20.07), o Brasil venceu, de virada, os Estados Unidos por 3 sets a 2 (22/25, 25/21, 18/25, 25/22 e 15/11), em 2h19 de jogo, em Toronto, no Canada. Com o resultado, o time verde e amarelo garantiu o primeiro lugar no grupo B e a passagem direta para a fase decisiva.

O Brasil disputará a semifinal da competição na próxima quinta-feira (23.07), às 20h (Horário do Brasil), com adversário que ainda será definido. A outra semifinal já tem a República Dominicana garantida, pois terminou em primeiro no grupo A. Estados Unidos, Cuba, Argentina e Porto Rico duelarão pelas duas últimas vagas para a fase decisiva.

A central Adenízia foi a maior pontuadora entre as brasileiras, com 19 acertos. A ponteira Fernanda Garay também teve uma boa pontuação, com 17. Apesar da derrota, os Estados Unidos tiveram a maior pontuadora do confronto, a atacante Krista Vansant, com 20 acertos.

A ponteira Fernanda Garay comemorou o resultado e a classificação antecipada para a semifinal.

“Foi uma partida difícil e os dois times jogaram bem. Tivemos momentos muito bons na partida, mas sabemos que ainda precisamos evoluir. Estamos no caminho certo e agora vamos seguir trabalhando duro já pensando na semifinal. O Zé Roberto está dando oportunidade para todo o grupo e isso é muito importante”, afirmou Fernanda Garay.

O JOGO

Os Estados Unidos começaram melhor e foram para a primeira parada técnica com dois de vantagem (8/6). Com velocidade e liderados pela oposto Fawcett, as norte-americanas abriram três pontos (16/13). Os Estados Unidos seguraram uma reação das brasileiras no final da parcial e venceram o primeiro set por 25/22.

O segundo set começou equilibrado (8/8). O Brasil cresceu de produção e abriu dois pontos (10/8). Numa boa sequência de saques da ponteira Fê Garay, a diferença no marcador subiu para cinco (13/8). Os Estados Unidos voltaram a sacar e contra-atacar com eficiência e viraram o marcador (16/15). O time verde e amarelo dominou a parte final da parcial e venceu o segundo set por 25/21 em uma bola de segunda da levantadora Macris.

Os Estados Unidos dominaram o início da terceira parcial e fizeram 8/2. Com três pontos seguidos da central Adenízia, o Brasil diminuiu a vantagem no marcador (13/9). As norte-americanas se aproveitaram dos erros do time verde e amarelo e sob a liderança da ponteira Richards venceram o terceiro set por 25/18.

O quarto set começou equilibrado (6/6). Com Fernanda Garay bem nos ataques, o Brasil abriu quatro pontos (13/9). Se aproveitando dos erros das brasileiras, os Estados Unidos igualaram o marcador (14/14) e foram para a segunda parada técnica com dois de vantagem (16/14). A reta final da parcial foi marcada pelo equilíbrio e o Brasil foi melhor nos momentos decisivos vencendo o set por 25/22.

Com um ponto de bloqueio da central Bárbara, o Brasil deixou tudo igual no início do tie-break (4/4). O set decisivo seguiu equilibrado até o final quando a oposto Joycinha conseguiu dois pontos seguidos de bloqueio e o time verde e amarelo abriu dois (11/9). As brasileiras seguiram melhores até o final e venceram o set por 15/11 e o jogo por 3 sets a 2.

EQUIPES

Brasil – Macris, Joycinha, Fê Garay, Mari Paraíba, Angélica e Adenízia. Líbero – Camila Brait

Entraram – Rosamaria, Ana Tiemi, Bárbara e Michelle

Técnico – José Roberto Guimarães

GALERIA DE FOTOS:

http://2015.cbv.com.br/midia/galeria-de-imagens/item/21905-toronto-canada-19-07-2015-jogos-pan-americanos
JOGOS PAN-AMERICANOS TORONTO 2015
1ª Fase
16.07 (Quinta-Feira) - BRASIL 3 x 2 Porto Rico (23/25, 28/26, 25/17, 24/26 e 15/10)
18.07 (Sábado) - BRASIL 3 x 1 Peru (25/27, 25/5, 25/17 e 25/16)
20.07 (Segunda-feira) – BRASIL 3 x 2 Estados Unidos – (22/25, 25/21, 18/25, 25/22 e 15/11)

17 de jul. de 2015

EUA batem França, e Brasil está fora da semifinal da Liga Mundial de vôlei

Francês vibra com ponto contra os Estados Unidos

Os Estados Unidos bateram a França por 3 sets a 1 (25/21, 25/22, 24/26 e 25/20) nesta sexta-feira (17), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro (RJ). No entanto, o único time que lamentou não estava em quadra. Com o resultado, o Brasil está fora das semifinais da Liga Mundial de vôlei masculino.
A seleção comandada por Bernardinho havia perdido para a França e batido os Estados Unidos. Como todos os jogos do grupo terminaram com vitórias por 3 sets a 1, a decisão dos classificados aconteceu no ponto average (pontos conquistados divididos por pontos sofridos). Pior para os donos da casa, que fecharam a fase com 0,97, contra 1,00 da França e 1,03 dos EUA..
A maior prova do equilíbrio da chave é que a torcida brasileira mudou diversas vezes durante o jogo entre Estados Unidos e França. O público presente no Maracanãzinho era amplamente favorável aos europeus nos dois primeiros sets, passou a entoar um "USA" seguido de palmas na terceira parcial e vaiou os norte-americanos a partir disso.
A despeito de terem feito jogo equilibrado até a segunda parada técnica dos dois primeiros sets, Estados Unidos e França tiveram propostas bem diferentes. Os norte-americanos apostaram desde o início em uma combinação de saque forçado e bloqueio, e os europeus priorizaram o volume defensivo.
A escolha dos Estados Unidos mostrou-se mais eficaz no primeiro set, e os norte-americanos deslancharam depois que o central Lee entrou para sacar – vitória por 25 a 21. Na segunda parcial, o jogador voltou a ser colocado em quadra no serviço e foi fundamental para sua seleção abrir vantagem de três pontos em 20 a 17 e fechar com triunfo por 25 a 22.
Depois das vitórias dos Estados Unidos nas duas primeiras parciais, o sistema de som do Maracanãzinho anunciou a situação do grupo e as combinações favoráveis à seleção brasileira. Foi o suficiente para a torcida, que até então era majoritariamente pró-França, passar a vibrar mais com os pontos norte-americanos.
Os gritos de "USA" chegaram a contagiar jogadores que estavam no banco dos Estados Unidos. Quando uma parte do público no Maracanãzinho tentou incentivar a França, os brasileiros vaiaram.
Ainda assim, mesmo contra o clima do ginásio e diante de um saque bem mais encaixado, os franceses venceram por 26 a 24 e levaram o duelo para o quarto set. Aí, só uma vitória dos norte-americanos por larga vantagem classificaria o Brasil, o que fez o público "adotar" novamente os europeus. Não foi suficiente, contudo: vitória dos Estados Unidos por 25 a 20 e eliminação dos donos da casa.
A França era a única invicta da Liga Mundial – na história, apenas o Brasil de 2004 conquistou o título sem sofrer uma derrota sequer. Com a vitória desta sexta-feira, os norte-americanos seguem tentando igualar outro recorde da seleção comandada por Bernardinho, a última bicampeã do torneio (em 2009 e 2010).

Seleção supera ausência de titulares e bate a Bélgica no Grand Prix3

Seleção venceu os 2 primeiros sets com facilidade no triunfo contra a Bélgica

Já classificada para a fase final do Grand Prix, a seleção feminina usou formação reserva para o duelo desta sexta-feira, contra a Bélgica. As titulares foram para o Pan Americano. Mesmo com apenas uma considerada titular, a levantadora Dani Lins, o Brasil venceu por 3 sets a 0 (25/14, 25/17 e 25/23).

O duelo pelo Grand Prix aconteceu na cidade de Catania, Itália. A seleção busca seu 12º título no torneio.

Com esse novo triunfo, o time dirigido por Paulo Coco (José Roberto Guimarães acompanhou o time no Pan Americano) alcançou a oitava vitória na fase classificatória do Grand Prix.

Com duas competições simultâneas, José Roberto Guimarães dividiu o grupo para competir no Grand Prix e Jogos Pan-Americanos. A vaga garantida no Grand Prix deu tranquilidade para o técnico seguir com as principais jogadoras rumo a Toronto.

A seleção volta a atuar pelo Grand Prix neste sábado, desta vez contra a Itália, às 15h10 (horário de Brasília). No mesmo dia, a seleção feminina usará sua outra equipe para enfrentar o Peru (às 14h30, horário de Brasília) pelo Pan.

O jogo

Não bastasse o grupo enviado para o Canadá, a seleção que jogou nesta sexta não contou com Fabíola (que pediu dispensa), Thaísa (lesionada) e Tandara (grávida). O técnico Paulo Coco levou à quadra a seguinte formação: Dani Lins, Monique, Natália, Gabi, Juciely e Carol, com a líbero Sassá.

O Brasil venceu com facilidade o primeiro set: 25/14. Natália se destacou nos ataques. O time explorou jogadas de meio de rede com Carol e também contou com erros das belgas (seis erros que resultaram em pontos para as brasileiras).

A Bélgica chegou a equilibrar no começo do 2º set, mas parou de pontuar quando o Brasil vencia por 12 a 9. A seleção abriu 17 a 9, fechando sem dificuldades por 25/17.

O último set foi o mais complicado para as jovens atletas brasileiras. As belgas ficaram à frente no marcador a partir do sétimo ponto. Monique perdeu seguidos ataques. Com o bloqueio funcionando, a Bélgica fez 20 a 15. Mas a vantagem belga virou 20-20, com destaques para Gabi e Natália. Carol virou série sacando, o Brasil empatou em 23-23 e pouco depois fechou em 25 a 23 após bloqueio.